Apre e ACR discutem ações para resolver a presença de pinus em áreas não comerciais

A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) realizou, em conjunto com a Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR), a reunião com as associadas das duas entidades, que acontece uma vez por ano. Nesta edição, representantes da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor) também estiveram presentes. Mais de 60 pessoas participaram do encontro na sede da WestRock, em Três Barras (SC).

O tema principal da reunião foi a presença de pinus em áreas não comerciais e a experiência das empresas com relação ao tema. Álvaro Scheffer, vice-presidente da Apre e diretor da Águia Florestal, Jacson Guimarães, gerente de Meio Ambiente da WestRock, e Maria Harumi, gerente de responsabilidade socioambiental da Arauco, palestraram sobre o tema.

Segundo Scheffer, é de conhecimento do setor florestal que o pinus invade áreas abertas sem cobertura vegetal e que tem uma ótima fertilidade, nascendo em uma grande diversidade de  terreno. Por isso, é importante fazer o controle fora das plantações florestais, para que a população não seja contrária à espécie. A experiência apresentada por ele vem de um trabalho de retirada das plantas de pinus no Parque Estadual de Vila Velha, realizado pela Águia Florestal e pela Arauco entre 2008 e 2009, por intermédio da Apre.

“Temos profundo conhecimento da área ambiental. Produzimos uma árvore que reduz violentamente o impacto de outro ativo florestal de ciclo mais longo. Somos o lixeiro do mundo, tiramos o CO2 da atmosfera. Mas quando uma pessoa vai ao Parque Estadual de Vila Velha, por exemplo, o impacto do pinus é gritante, e o visitante não pensa na importância da madeira e nos benefícios dela. Por esse motivo aceitamos o desafio de fazer o controle e acabamos provando que erradicar, combater ou controlar o pinus é muito barato”, ressaltou.

Scheffer afirmou, ainda, que o setor florestal precisa dar respostas para que não seja refratário. A sugestão dele é que as empresas prestem mais atenção em Área de Preservação Permanente (APP). “Teremos menos problema com a opinião pública. O custo de controle do pinus é baixo, é rápido e é constante. Precisamos criar parcerias para fazer esse trabalho nas unidades de conservação. Quando andamos na estrada de Ponta Grossa a Curitiba, por exemplo, e vemos proliferação de pinus na beira da estrada, sabemos que isso afeta a paisagem. Por isso devemos manter e trabalhar a imagem da nossa árvore e valorizar produto de floresta plantada”, garantiu.

No caso da WestRock, as ações para resolver a questão surgiram por conta de questionamentos frequentes da comunidade e de audiências públicas sobre o tema, que buscavam saber o que a empresa faz com a dispersão do pinus. Para isso a WestRock criou o Programa de Controle de Regeneração e Dispersão de Pinus em Áreas de Conservação, e eventualmente o eucalipto. “O foco era primeiramente adequar plantios em áreas de APP´s. Na época, identificamos 421 hectares com essa situação. O plano foi estabelecido entre 2009 e 2017. Primeiramente, fizemos a colheita dessas áreas e iniciamos a recuperação da área, dando condições pra que a área se restabeleça. Tais procedimentos são auditados regularmente”, comentou Jacson Guimarães.

Ainda segundo Guimarães, à medida que se trabalha no campo e faz a colheita, ainda é possível perceber algumas áreas com regenerações, às vezes em pontas de APP´s ou margens de reservas legais. Por isso, a empresa decidiu manter uma equipe fixa que, a cada dois ou três anos, passa em cada talhão para fazer o corte das invasoras como parte do controle de regeneração.

“Temos uma planilha de controle que é chave neste trabalho para que possamos saber onde a equipe passou, em que data e em qual talhão. Definimos por região e por talhões, incluindo as diárias. É algo simples, mas extremamente necessário, porque são muitas áreas. Hoje temos uma movimentação de 600 hectares por ano de controle, com uma equipe de 15 a 20 pessoas. A tendência é que se diminua o número de áreas, mas dependemos da restauração da área de conservação. Este período de regeneração normalmente leva de cinco a seis anos”, destacou.

Outra sugestão simples apresentada pelo gerente de Meio Ambiente da WestRock são auditorias de terceira parte, com equipe independente para avaliar, e ele cita que todas as comarcas em que a empresa está envolvida passaram por este tipo de auditoria.

Para fechar a parte de experiência das empresas, Maria Harumi lembrou que existem diversos marcos legais, como decretos e Leis, que abordam a questão de exótica invasora. Segundo ela, tudo é muito amplo e não fala somente da espécie de pinus. A Arauco conta com um plano de controle de pinus e eucalipto em áreas de conservação, e a prioridade dos controles e planejamento é feita da seguinte forma: proximidade com unidades de conversação (parques estaduais, APAs etc); áreas de alto valor de conservação, levando em conta que o pinus é uma espécie que tem alto potencial invasor de áreas abertas, campos, cerrado, afloramentos rochosos e solos pobres ou degradados.

Com relação à frequência de monitoramento, a empresa estabeleceu um critério. “Colocamos para fazer o repasse acompanhando a colheita. Quando vai colher eucalipto aos sete anos e pinus aos 15 anos, fazemos o repasse. Não temos uma equipe exclusiva, e no período de inverno a equipe de silvicultura é deslocada para esse trabalho. Em algumas situações temos locais com controle eficiente, recuperação da vegetação nativa e ausência de novos regenerantes. Em outras, temos locais com necessidade de repasse de controle na área, com risco de reentrada”, disse.

Maria citou, ainda, alguns desafios do trabalho, como custos, já que a operação corresponde a cerca de 10% dos custos totais das operações de silvicultura; questões de segurança no trabalho, pois as operações utilizam ferramentas de corte e há o risco de se encontrar animais peçonhentos etc; riscos nos repasses nos locais em que o controle já aconteceu, pois as ponteiras oferecem riscos de quedas nos trabalhadores; riscos de controle nas áreas de escarpas e locais declivosos, como topos de morro, com acidentes de alto potencial; anelamento convencional, que agrava o problema da dispersão de sementes; dúvida quanto a anelar ou derrubar; e morosidade do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em emitir as autorizações ambientais para reversão de áreas; e “limbo legal”, com ausência de normativa ou autorização do IAP.

Como oportunidades, a gerente de responsabilidade socioambiental da Arauco destacou a busca por regulamentação e segurança no uso de herbicidas para acelerar a morte do pinus e evitar rebrota no eucalipto em áreas de conservação; e a automatização, com o avanço nas técnicas de mapeamento e monitoramento de áreas nativas com pinus/eucalipto através de drone/vant.

Importância do tema e das associações estaduais

Heuzer Guimarães, diretor da WestRock, afirmou que o tema é extremamente importante e, nesse sentido, o trabalho das associações é fundamental, “porque são elas que envolvem a massa crítica que precisa forçar a um novo patamar de discussão”.

“Por isso, receber a Apre e a ACR é muito relevante para a WestRock. Definitivamente as associações passaram a ter mais responsabilidade e uma importância ainda maior. Esse é o momento de pensarmos estrategicamente. Precisamos reconhecer que o setor está mudando e terá ainda mais mudanças significativas daqui para frente. Nesse cenário, as associações são fundamentais. Foram até aqui e serão ainda mais. A grande conquista que tivemos nos últimos 50 anos foi essa maior participação. Cabe a nós nos mostrarmos. Precisamos pensar diferente, precisamos gerar percepção. Que essa reunião de hoje promova uma interação ainda maior para que possamos alcançar os avanços que necessitamos”, completou.

Legislação

A reunião contou, ainda, com a participação de Marcilio Caron, presidente da Associação Sul Brasileira de Empresas Florestais (ASBR). Na ocasião, ele falou sobre os projetos de Lei no Legislativo que impactam diretamente o setor e as resoluções supervenientes.

“Estamos fazendo uma revisão de todas as resoluções do Conama que têm alguma interface com leis promulgadas. Para que possam ser revogadas, elas precisam passar pelo mesmo processo de discussão que aconteceu durante a criação delas. Diversas resoluções têm efeito no nosso setor, muitas diretamente. Se não trabalharmos para que essas resoluções sejam revogadas, elas ficam circulando, e temos informações de que o Ministério Público, dentro de suas ações e suas intervenções, tem usado essas resoluções como base de fundamentação. Isso quer dizer que o processo todo é judicializado, porque é preciso discutir na justiça o fato de determinada resolução se sobrepor à Lei ordinária”, afirmou.

Por conta das eleições de outubro, Caron lembrou que a Câmara de Deputados tem se reunido menos. Além disso, a relação de medidas provisórias acaba sendo antecipada e, assim, tranca a pauta de discussão. Neste cenário, o setor florestal elencou alguns projetos como prioridade para dar mais atenção e conseguir movimentar. Um deles é o Projeto de Lei (PL) 3729, de 2004, que trata do licenciamento. Segundo o presidente da ASBR, as normas que existem hoje para regulamentar o licenciamento seguem resoluções do Conama, mas a Lei ordinária vem para dar as diretrizes e regularizar. O PL está em fase final na Câmara, mas precisa ser votada no plenário para ir para a revisão do Senado.

O segundo tema de grande importância para o setor é o projeto 2289, um projeto que altera a Lei que regulamenta as regras para que pessoas estrangeiras comprem ou arrendem terra no Brasil. Por fim, o segmento tem dado atenção, ainda, à Lei de defensivos agrícolas, que foi discutida e aprovada em comissão especial e vai ao plenário para ser votada. De acordo com Caron, os projetos referentes ao licenciamento e aos defensivos agrícolas só serão discutidos depois das eleições. Já o relacionado à aquisição de terras por estrangeiros deve ficar para o próximo ano.

Associações do Paraná e Santa Catarina discutem presença do pinus fora dos plantios florestais

Para tratar de temas importantes para o setor florestal e discutir os avanços necessários, a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) e a Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR) vão realizar, no dia 17 de agosto, uma reunião conjunta com as associadas das duas entidades. O encontro, que acontece a partir das 09h na sede da Rigesa, em Três Barras (SC), terá a palestra de Marcilio Caron, presidente da Associação Sul Brasileira de Empresas Florestais (ASBR), e do vice-presidente da Apre, Álvaro Scheffer; além do diretor da WestRock, Heuzer Guimarães; Jacson Guimarães, gerente de Meio Ambiente da WestRock, abordando o tema “Relações com a comunidade”; e Maria Harumi, gerente de responsabilidade socioambiental da Arauco, que vai fechar o evento com a palestra “Operação de controle de dispersão de pinus”. A Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor) também  estará presente.

Um dos temas a ser abordado na reunião será “A presença de pinus em áreas não comerciais e a experiência da Apre na retirada de pinus no Parque Estadual de Vila Velha (PR)”. Segundo Álvaro Scheffer, entre 2008 e 2009 a Apre realizou, em parceria com as empresas Águia Florestal e Arauco, um trabalho intenso para acabar com o problema de pinus na área de campo do parque. A proposta da palestra é mostrar a experiência e como a ação foi feita.

“O pinus deve estar em povoamentos que têm uso específico para produção. Fora dessas áreas, ele é um problema, pois gera muita semente e, assim, tem grande dispersão. Por isso, precisamos discutir ideias de como promover um trabalho de retirada de pinus nativos das Áreas de Preservação Permanente (APPs), de reserva legal e, principalmente, de beira de estrada. Nossa experiência no Parque Estadual de Vila Velha pode ajudar nestas ações”, destacou.

Outro assunto que também merece destaque e atenção das empresas florestais, principalmente em um ano de eleição, são os projetos de Lei no legislativo que impactam diretamente o setor. Marcilio Caron vai falar a respeito do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e das resoluções supervenientes.

“Estamos fazendo uma revisão de todas as resoluções do Conama que têm alguma interface com leis promulgadas. Para que possam ser revogadas, elas precisam passar pelo mesmo processo de discussão que aconteceu durante a criação delas. Diversas resoluções têm efeito no nosso setor, muitas diretamente. Se não trabalharmos para que essas resoluções sejam revogadas, elas ficam circulando, e temos informações de que o Ministério Público, dentro de suas ações e suas intervenções, tem usado essas resoluções como base de fundamentação. Isso quer dizer que o processo todo é judicializado, porque é preciso discutir na justiça o fato de determinada resolução se sobrepor à Lei ordinária”, afirmou.

Por conta das eleições de outubro, Caron lembrou que a Câmara de Deputados tem se reunido menos. Além disso, a relação de medidas provisórias acaba sendo antecipada e, assim, tranca a pauta de discussão. Neste cenário, o setor florestal elencou alguns projetos como prioridade para dar mais atenção e conseguir movimentar. Um deles é o Projeto de Lei (PL) 3729, de 2004, que trata do licenciamento. Segundo o presidente da ASBR, as normas que existem hoje para regulamentar o licenciamento seguem resoluções do Conama, mas a Lei ordinária vem para dar as diretrizes e regularizar. O PL está em fase final na Câmara, mas precisa ser votada no plenário para ir para a revisão do Senado.

O segundo tema de grande importância para o setor é o projeto 2289, um projeto que altera a Lei que regulamenta as regras para que pessoas estrangeiras comprem ou arrendem terra no Brasil. Por fim, o segmento tem dado atenção, ainda, à Lei de defensivos agrícolas, que foi discutida e aprovada em comissão especial e vai ao plenário para ser votada. De acordo com Caron, os projetos referentes ao licenciamento e aos defensivos agrícolas só serão discutidos depois das eleições. Já o relacionado à aquisição de terras por estrangeiros deve ficar para o próximo ano.

Importância da discussão conjunta – para Marcílio Caron, esses encontros realizados em parcerias entre a Associação do Paraná e a de Santa Catarina são fundamentais para a evolução do setor florestal. “Existe similaridade de bioma e inclusive de atividade. No Sul, o cultivo de pinus é predominantes, então essa congregação e troca de sinergia entre as empresas associadas são muito importantes. É uma oportunidade ímpar de estarmos reunidos e trocarmos experiências valiosas”, completou.

Serviço
Reunião conjunta entre Apre e ACR

Data: 17 de agosto

Horário: 09h

Local: Sede da RIGESA – Av. Rigesa – entrada da fábrica Salão de Eventos – ADCR – Três Barras (SC)

Instituto de Engenharia do Paraná promove palestra sobre perspectivas para o setor florestal

O diretor executivo da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), Carlos Mendes, participa, no dia 21 de agosto, de um evento organizado pelo Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), para falar sobre o “Setor florestal do Paraná – situação atual e perspectivas”. Na palestra, Mendes vai apresentar aos engenheiros o Estudo Setorial de Florestas Plantadas, produzido pela Apre e lançado em 2018. O encontro acontece a partir das 19h, na sede do Instituto, localizada na Rua Emiliano Perneta, 174, em Curitiba (PR). As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo link www.iep.org.br/iep/palestra-setor-florestal-do-parana-situacao-atual-e-perspectivas/.

Serviço

Palestra “Setor florestal do Paraná – situação atual e perspectivas”
Data:
21 de agosto de 2018
Horário: 19h
Local: Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) – Rua Emiliano Perneta, 174 – Curitiba (PR)
Informações: (41) 3068-9850
Inscrições gratuitas pelo link www.iep.org.br/iep/palestra-setor-florestal-do-parana-situacao-atual-e-perspectivas/

Apre promove curso de atualização sobre estradas florestais

Para atualizar gestores, coordenadores, supervisores, planejadores de estradas e operadores de máquinas florestais sobre estradas florestais, a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) está organizando um curso nos dias 01 e 02 agosto. O primeiro dia será teórico em sala de aula, na sede da Emater, em Curitiba, e o segundo dia será no campo, na Fazenda da Berneck. As inscrições custam R$ 300,00 para associados da Apre e R$ 400,00 para não associados.

Na parte da manhã do dia 01 de agosto, Osmar Kretschek, consultor independente de estradas florestais, vai falar sobre “Abordagem econômica, ambiental, social e treinamento de pessoas”. Em seguida, o diretor de negócios da Malinovski Consultoria, Rafael Malinovski, fará a palestra “Planejamento de estradas florestais”. Ainda pela manhã, Osmar Kretschek abordará as “Tecnologias de apoio – mapas (Google, com restituição e com curvas de nível) e geoprocessamento”.

Já na parte da tarde, três palestras estão previstas: “A gestão do valor da madeira em operações florestais”, por Rafael Malinovski; “Construção e manutenção de estradas Florestais”, por Jairo Woruby, coordenador de Logística Florestal da Klabin Telêmaco Borba; e “Estradas florestais: a relação com as comunidades”, por Uilson Paiva, responsável pelas relações com a comunidade da Klabin Telêmaco Borba. Por fim, serão feitas apresentações de empresas associadas da Apre sobre máquinas de estradas florestais.

Para fechar o curso, os participantes sairão para a fazenda da Berneck às 07h30 e farão visitas a estradas florestais, pontes e bueiros das 09h às 16h, com um intervalo para almoço. Eles também poderão acompanhar equipamentos em operação, como trator de esteira, motoniveladora, escavadeira, entre outros.

Os interessados deverão baixar a ficha de inscrição no site da Apre, neste link: http://www.https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg.com.br/evento/2o-curso-de-atualizacao-em-estradas-florestais/

Serviço
2º Curso de Atualização em Estradas Florestais
Data: 01 e 02 de agosto de 2018
Local: 01/08 – Emater-PR- Rua da Bandeira, 500, bairro Cabral- Curitiba (PR)
02/08: Em campo – Fazenda da Berneck
Público-alvo: gestores, coordenadores/supervisores, planejadores de estradas, operadores de máquinas de estradas florestais
Inscrições: R$300,00 para associados à Apre e R$ 400,00 para não associados
Informações: (41) 3233-7856 |https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg@https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg.com.br | http://www.https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg.com.br/evento/2o-curso-de-atualizacao-em-estradas-florestais/

Estudo reconhece a importância do setor florestal para a economia paranaense

A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) lançou, na última quarta-feira (21), o Estudo Setorial de Florestas Plantadas, que traz um panorama do segmento no Brasil e no Paraná e a expansão alcançada nas áreas com florestas plantadas, bem como na produção e consumo de produtos florestais, que atende à crescente demanda mundial. O evento reuniu autoridades e empresários do setor, entre eles o presidente da Federação das Indústrias do Paraná, Edson Campagnolo, que destacou a importância do segmento para o Paraná e para o Brasil.

“O setor florestal é um dos mais ativos da economia. Aqui no Paraná, é protagonista. Todo esse movimento é muito importante e nos faz perceber que estamos no caminho certo. Precisamos continuar caminhando lado a lado, já que esse vai ser um ano importante para o Brasil. Além disso, o Paraná é um setor diferenciado, importante para o país. Por isso, devemos continuar unidos para fazer frente aos desafios e superá-los”, afirmou Campagnolo.

Para o presidente da Apre, Álvaro Scheffer Junior, lançar o Estudo Setorial no ano em que a Associação completa 50 anos é uma ótima conquista, porque é a forma de coroar o trabalho que vem sendo feito em prol do desenvolvimento do setor florestal do Estado.

“O Estudo é o mais completo sobre o setor florestal do Paraná e mostra toda a força e potencial do segmento. É um documento que traz tudo o que vivenciamos no dia a dia e mostra a importância do nosso segmento, principalmente os impactos positivos que o setor causa na economia, no desenvolvimento social e no meio ambiente”, destacou.

Segundo Scheffer Junior, o Paraná tem a cadeia de silvicultura mais completa do país, com um dos parques industriais mais diversificados e modernos. Ele lembrou, ainda, que 10% das empresas florestais estão instaladas no Estado. Além disso, o presidente da Apre ressaltou que o segmento florestal foi um dos únicos que conseguiu manter seus postos de trabalho, mesmo na crise que o Brasil enfrentou, e salientou que o Paraná correspondeu, em 2016, a 16% de todo o emprego gerado no setor florestal brasileiro, ficando em segundo lugar na geração de emprego dentro do segmento.

“Por tudo isso, nossa obrigação é mostrar essa importância para a sociedade, apresentar o que o setor florestal faz no âmbito econômico, social e ambiental. Temos a convicção de que este Estudo Setorial vai ajudar na divulgação de tudo o que o setor traz de bom, e vai ajudar a defender todos os interesses do nosso segmento”, garantiu.

Durante a cerimônia de lançamento, o diretor executivo da Apre, Carlos Mendes, apresentou aos convidados os principais dados apontados na publicação. A área com florestas plantadas no Paraná é de 967,0 mil hectares, segundo informações da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). Desse total, 70% são de pinus e 30% de eucalipto. O Estado lidera o ranking do maior detentor de área com pinus do Brasil e está em terceiro lugar na classificação geral de pinus e eucalipto do país. Somente as associadas da Apre detêm aproximadamente 434 mil hectares com florestas plantadas.

Mendes ressaltou também que grande parte dos plantios comerciais do Paraná está concentrada da região Centro-Sul do Estado, e o município de Telêmaco Borba detém a maior área florestal plantada. Com relação aos investimentos, o diretor executivo da Apre apontou que as empresas associadas investiram R$ 12 milhões em pesquisa e inovação florestal e estimam investir mais de R$ 64 milhões entre 2017 e 2021. Sobre a certificação, ele destacou que pelo menos 18 associadas têm certificação CERFLOR e/ou FSC, e 65% da base florestal das associadas é certificada. “Todos esses dados demonstram a importância do setor florestal paranaense. Além disso, servem para mostrar a representatividade da Apre, que atua em defesa dos interesses das empresas florestais do Estado. O Estudo Setorial é uma forma de perceber que estamos no caminho certo”, disse Carlos Mendes.

Natalia Canova, gerente florestal da Ibá, também participou do evento, representando a presidente da entidade, Elizabeth de Carvalhaes. Na ocasião, ela afirmou que a indústria de árvores plantadas, hoje, é um vetor de produção e desenvolvimento econômico, social e ambiental. Segundo ela, as florestas plantadas no mundo têm um papel muito importante e, aqui, o setor participa com 6,2% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial. Ela avaliou que o Brasil é um grande modelo de gestão, porque tem grande potencial e produtividade, e destacou que o Paraná ainda apresenta uma produtividade acima da média nacional. No país há grande investimento em tecnologia e em melhoramento, o que ajudou a fazer do Brasil um destaque mundial. “O modelo de negócio que temos aqui é um modelo bastante positivo e visto como potencial para superar os desafios”, afirmou.

Importância do Estudo Setorial

Outras associações ligadas ao setor florestal participaram do evento de lançamento para parabenizar a Apre pela ação. Paulo Roberto Pupo, superintendente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), afirmou que o trabalho “é fantástico, um banco de dados fundamental para o setor”. Ele destacou, ainda, que a Apre é uma associação muito atuante e participativa, com um posicionamento firme. “A cadeia produtiva da madeira só tem sentido com entidades fortes. A soma de entidades regionais é que vai fortalecer o setor”, garantiu.

Edson Tadeu Iede, chefe-geral da Embrapa Florestas, lembrou que, antes do Estudo Setorial produzido pela Apre, não se tinha referência do setor florestal. Ele destacou a iniciativa de uma entidade privada, que decidiu buscar as informações para dar o embasamento que o Estado e os empresários precisavam, sobre como estão os negócios, qual a situação do setor, quais os desafios e as oportunidades de crescimento.

“Estamos, hoje, numa situação de recuperação econômica mundial. Temos uma inserção muito grande do produto florestal nas exportações. Por isso, o estudo dá uma importante base para que os empresários possam tomar decisões e enxergar as oportunidades. Somos um estado forte, muito bem organizado, com uma cadeia produtiva das mais bem estruturadas entre os Estados brasileiros. O associativismo que existe entre nossos empresários florestais é ótimo. O Estudo serve para mostrar tudo isso”, reconheceu.

Mauro Murara, diretor executivo da Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR), avaliou que os estudos setoriais servem para fortalecer o setor, pois dão ferramentas tanto de negociação, como de demonstração do potencial do Estado. Além disso, é muito importante para consolidar as estatísticas.

“O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por exemplo, busca informações no anuário da ACR. Agora, a Apre vai se tornar referência também. Além disso, o estudo é uma importante ferramenta para o planejamento estratégico, porque as empresas conseguem olhar para trás e fazer simulações para futuro. Dessa forma, as portas se abrem e o mercado passa a enxergar realmente o que é o setor”, disse.

Rui Gerson Brandt,presidente do Sindicato das Indústrias de Papel e Celulose do Paraná (Sinpacel), ressaltou que o Estado e as empresas precisam ter informações consolidadas para auxiliar na tomada de decisões. “A informação é base para tudo que se propõe a fazer. Não podemos fazer vôos cegos com expectativa de ter sucesso. Todo trabalho que é feito para um setor que é tão fundamental para a economia o Paraná é muito importante. Dessa forma é possível propor políticas e ações para se chegar ao sucesso esperado”, completou.

Apre passa a integrar Conselho Econômico do Centro de Inovação do Agronegócio da UFPR

A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) está participando do Conselho Econômico Consultivo (CEC) do Centro de Economia Aplicada, Cooperação e Inovação no Agronegócio (CEA), que foi criado pelo setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná (UFPR) para facilitar a interação com o setor produtivo no desenvolvimento do agronegócio brasileiro. Um dos propósitos do CEA é direcionar pesquisa, extensão e eventos e promover a inovação dentro da universidade para atender às demandas da sociedade e do setor produtivo.

Segundo Gilson Martins, coordenador do CEA e professor da UFPR, a colaboração é a essência do projeto, seja na cooperação interna e com entidades representativas e empresas, seja em parcerias com associações, cooperativas e outras formas de cooperação.

“Queremos garantir que os envolvidos atuem de forma alinhada com as necessidades do mercado, em especial com a crescente demanda de conhecimentos específicos, agregação de valor, sem perder de vista o rigor científico. Para isso, estamos trazendo as organizações representativas para dar voz ao setor produtivo. Nosso intuito é que essas entidades ajudem a construir e ampliar o conceito desse centro de economia aplicada, também dando publicidade aos nossos trabalhos”, explicou.

Fazem parte do conselho, além da Apre, o Sistema Ocepar e a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). Na avaliação do gerente executivo da Apre, Ailson Loper, essa aproximação do setor produtivo com as universidades é muito importante, porque leva aos estudantes de maneira mais assertiva o que o mercado está buscando.

“A Apre, como entidade representativa, sempre trabalha para unir os diversos atores envolvidos no setor florestal, e participar do conselho é importante para seguir essa linha de trabalho. Além disso, possibilitar aos estudantes maior contato com o setor produtivo certamente vai ajuda-los a conhecer melhor o segmento florestal e suas particularidades e isso vai contribuir para a formação deles, tornando-os ainda mais capacitados para o mercado de trabalho”, concluiu Loper.

Apre leva orientação sobre benefícios da floresta para estudantes do interior do Paraná

O presidente da Apre, Álvaro Luís Scheffer Junior, participou, na última quinta-feira (28), do lançamento do programa Força Verde Mirim, que tem por objetivo estimular a educação ambiental nas escolas públicas e é organizado pela Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a Polícia Ambiental – Força Verde – e a empresa Águia Florestal. O termo de compromisso foi assinado na Escola Municipal Eloy Avrechack, na comunidade de Cerrado Grande, em Itaiacoca, e cerca de 30 crianças, do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental, serão atendidas. Scheffer Junior foi responsável também por ministrar a aula inaugural do curso, que terá aulas semanais.

“Este é um grande projeto, muito bem estruturado pela Polícia Militar Ambiental. Queremos ajudar a desenvolver uma consciência ambiental com os alunos, mostrando a importância de plantar espécies nativas e exóticas em prol da conservação do meio ambiente.  Na aula inaugural pude falar sobre a importância da floresta plantada para a conservação da natureza e os produtos gerados pela floresta plantada. Foi uma grande oportunidade, pois os pais e professores ficaram tão animados e surpreendidos quanto as crianças. Esse foi um pequeno passo para começarmos a mostrar para a sociedade o valor do nosso setor e seus benefícios no âmbito ambiental, econômico e social”, destacou o presidente da Apre.

As atividades incluem aulas teóricas em sala de aula, realizadas pelos policiais da Força Verde, com o apoio dos professores, além de saídas de campo e visitas a indústrias e outros espaços, sempre explorando o tema sustentabilidade por meio de aspectos técnicos, do manejo e respeito ao meio ambiente, valorizando a cultura ambiental e cívica dos alunos, passando por vários aspectos do tema – especialmente a importância da preservação. Todos receberão materiais para as aulas, além de um uniforme similar ao da Força Verde.

“É um projeto que irá contribuir muito para os conhecimentos dos nossos alunos sobre a Educação Ambiental. Acreditamos que irá muito além da nossa escola e que renderá muitos frutos”, comenta a diretora Sueli Mika Antunes, lembrando que aproximadamente 80% dos alunos possuem familiares que trabalham na empresa patrocinadora do programa, a Águia Florestal. A Educação Ambiental já é trabalhada no currículo das escolas e a parceria fortalece o tema, segundo a coordenadora da área dentro da SME, Aparecida Castanho. “É muito relevante, pois questões ambientais que são discutidas nos currículos serão trabalhadas de maneira muito interessante por meio das atividades teóricas e práticas”, comenta a professora.

Conforme o capitão  Marcelo Veigantes, da Força Verde, o curso é desenvolvido diretamente para as crianças, que farão coletivamente atividades de plantio de mudas, limpeza de matas e córregos e uma série de visitas. “É um contato com a polícia florestal de uma forma intimista. Esse contato modifica a forma como eles assimilam os conhecimentos, o que é um diferencial. Os encontros oferecem atividades que não são oferecidas na escola. Visitamos os quarteis, apresentamos os Bombeiros, Defesa Civil, todas as forças de segurança. No final eles também terão uma viagem de estudos como encerramento das atividades”, conta Veigantes.

Para o diretor da Águia Florestal, Alvaro Scheffer, que também faz parte do conselho diretor da Apre, o programa apoia o desenvolvimento da comunidade. No programa, um dos objetivos será demonstrar a convivência possível entre a floresta plantada, com seus benefícios sociais e ambientais, com a floresta nativa, que deve ser preservada e também fortalecida. “A área ambiental é uma área técnica e apaixonante, envolve o sentimento. Queremos despertar isso nas crianças, aguçar o sentimento pela área ambiental, mas, ao mesmo tempo, oferecendo também conhecimento técnico”, comenta.02

Setor de florestas plantadas está entre os que mais conservam florestas nativas no país

As empresas com florestas plantadas estão entre as que mais conservam áreas nativas no país, seja por meio de iniciativas voluntárias de conservação ambiental ou pelo cumprimento da legislação. A constatação apareceno Estudo Setorial de Florestas Plantadas, produzido pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre).

Para o presidente da Apre, Álvaro Scheffer Junior, o setor de base florestal plantada no Paraná trabalha diariamente para ajudar a proteger a biodiversidade, o solo, os mananciais e demais recursos hídricos a partir da preservação de recursos florestais nativos, o que faz com que os processos ecológicos essenciais dos ecossistemas existentes no Estado sejam mantidos. As empresas que possuem plantios florestais mantêm, atualmente, entre 700 e 750 mil hectares com ecossistemas florestais nativos no Estado, e somente as associadas à Apre contribuem com aproximadamente 390 mil hectares, pouco acima de 50% do totalem terras sob sua propriedade e 90% em relação à área plantada. Nessas empresas, para cada 100 hectares de florestas plantadas, mais 90 hectares são de áreas de conversação.

“A participação das nossas associadas na manutenção dos recursos florestais nativos e de sua biodiversidade no Paraná é bastante significativa. Por isso, é importante evidenciar a contribuição ambiental das associadas à Apre, principalmente por APP (Área de Preservação Permanente) e RL (Reserva Legal), o que configura um dos maiores ativos de conservação privados do Estado do Paraná”, destaca Scheffer Junior.

Dentre as formas de preservação e proteção ambiental estão as Áreas de Preservação Permanente (APP), as Reservas Legais (RL) e as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), que estão regulamentadas pelas Leis federais 12.651, de 2012, e 9.985, de 2000. No Paraná, as RPPNs somam 259 unidades cadastradas e averbadas, o que representa 54 mil hectares de área sob conservação, distribuídas em 98 municípios. Desse total, 88%são de âmbito estadual, com 46,1 mil hectares. Os outros 6% são RPPN federais e mais 6% estão no âmbito municipal. As associadas da Apre contam com três áreas em RPPN, totalizando cerca de quatro mil hectares, ou seja, 8% do total do Estado.

Com relação às unidades de conservação, o Paraná possui 178 unidades estaduais e municipais. Segundo dados do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), as unidades estaduais somam 1,2 milhão de hectares, compreendendo áreas de proteção ambiental (APA) estaduais, estações ecológicas, florestas e parques estaduais, entre outras. Ainda de acordo com o IAP, as Unidades de Conservação federais localizadas no Estado somam 10 unidades com 1,6 milhão de hectares, entre APA, estação ecológica, florestas e parques nacionais.

Vantagens das árvores plantadas

Segundo o Estudo publicado pela APRE, o uso e o consumo sustentável de produtos florestais plantados oferecem inúmeras vantagens à sociedade. As árvores plantadas, por exemplo, ajudam a proteger os habitats e os ecossistemas naturais; reduzem a pressão sobre as florestas nativas; protegem e mantém a biodiversidade; fixam e sequestram carbono, contribuindo para a redução e mitigação do efeito estufa e regulação climática; protegem e regularizam o regime hídrico pela conservação de mananciais e de bacias hidrográficas, com melhoria da qualidade da água;mantêm a fertilidade do solo e reciclagem de nutrientes; entre outros.

Com relação ao uso de produtos provenientes de florestas plantadas, o Estudo Setorial aponta os seguintes benefícios:

– Madeira de origem responsável e renovável, associada ao apelo ambiental, pois as árvores ao crescerem fornecem ampla gama de outros benefícios, como o armazenamento de carbono, a geração de oxigênio e a proteção de habitats naturais;

– Conceito sustentável, principalmente de produtos certificados que atendem aos componentes e exigências dos componentes econômico, ambiental e social dos selos de certificação;

– Madeira de floresta plantada é de rápido crescimento, comparativamente às espécies nativas, o que possibilita produção em larga escala e em tempo reduzido, com menor ocupação de área cultivada e impacto ambiental;

– Madeira como material é durável, quando devidamente cuidada e tratada, apresentando grande longevidade;

– Reuso e reciclagem, em função de seu potencial de reutilização, seja para produtos de maior valor agregado, como móveis de madeira de demolição, ou geração de energia;

– Mitigação de mudanças climáticas ao remover o carbono da atmosfera e reduzir novas emissões;

– Produção e processamento utilizam muito menos energia do que a maioria dos outros materiais de construção, proporcionando aos produtos de madeira uma pegada de carbono (carbonfootprint) significativamente menor;

– Produto substituto de menor consumo de combustíveis fósseis na sua produção e, portanto, com geração de menos dióxido de carbono comparativamente a outros materiais;

– Madeira de plantios florestais é estruturalmente muito forte, e a madeira de diversas espécies plantadas se mostra mais resistente comparativamente ao aço (20% a mais) e a certos tipos de concreto (quatro a cinco vezes mais);

– Madeira é um isolante natural, devido aos espaços com ar na sua estrutura celular, e, por esse motivo, é considerada até 15 vezes melhor do que a alvenaria e o concreto, 400 vezes melhor do que o aço e 1.770 vezes melhor do que o alumínio, o que ajuda a reduzir o custo de aquecimento e resfriamento de um edifício.

Mudanças climáticas

Para ajudar na mitigação das mudanças climáticas, o Paraná tem atuado em conjunto com o governo federal na formulação e detalhamento de estratégias e ações para implementar o compromisso assumido pelo Brasil na Conferência Internacional do Clima (COP21), que aconteceu em Paris,em 2015. Para isso, o Estado desenvolveu e implantou uma iniciativa inédita no Brasil, o Selo Clima Paraná, um registro público de adesão voluntária que tem como principal objetivo estimular as empresas a publicarem inventários de emissões de gases de efeito estufa(GEE), que contribuem para mudanças climáticas.

Para a adesão ao Selo Clima, as empresas devem cadastrar-se e enviar à Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA) suas respectivas declarações de emissão de gases de efeito estufa. As empresas que apresentam reduções nas emissões são beneficiadas com o selo, tendo a possibilidade de extensão do prazo de validade de suas Licenças de Operação. Em 2016, 12 empresas receberam o selo, e duas destas são associadas à Apre.

“Isso evidencia o interesse e a preocupação do setor florestal de base plantada do Estado nesta questão. A transição para uma economia de baixo carbono é inevitável e o Paraná, assim como as associadas à Apre, têm demonstrado engajamento na busca pela redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE)”, ressalta o presidente da Apre.

Cadastro Ambiental Rural (CAR)

Um dos mais importantes programas ambientais em nível nacional é o Programa de Regularização Ambiental (PRA), que compreende um conjunto de ações ou iniciativas a serem desenvolvidas para adequar e promover a regularização ambiental. Uma dessas ações é o Cadastro Ambiental Rural (CAR), um registro eletrônico autodeclaratório obrigatório para evidenciar o status da regularização ambiental (APP e RL) das propriedades e posses rurais. A inscrição do imóvel rural objeto de regularização é condição obrigatória para a adesão ao programa. Recentemente, o prazo para realizar o cadastro foi prorrogado para 31 de dezembro.

De acordo com o Estudo Setorial de Florestas Plantadas produzido pela Apre, um importante indicador ambiental é o número de imóveis privados com CAR e sua relação ao número total de imóveis em uma região ou Estado. Até meados de 2016, o Paraná estava posicionado na segunda colocação nacional, com 357 mil imóveis cadastrados (96%) do total de 371 mil propriedades rurais. Em área, os imóveis cadastrados representaram cerca de 14 milhões de hectares.

“Esse resultado é expressivo e indica que os proprietários desses imóveis rurais têm buscado a recuperação de APP, RL e demais ações de restauração. As empresas associadas à Apre, com suas iniciativas de programas ambientais, atenderam mais de 2.400 pessoas em 2016, e os investimentos nessas iniciativas somaram R$ 3,84 milhões. Nos próximos cinco anos, a expectativa das nossas associadas é de atender mais de 3.900 pessoas, com perspectiva de investimento superior a R$ 6,8 milhões em atividades de cunho ambiental. Esses números evidenciam o engajamento e contribuição do setor florestal paranaense, com destaque para as empresas associadas à Apre, que participam ativamente com iniciativas para a preservação e proteção ambiental do Estado”, completa.

Apre e Embrapa promovem curso para supervisores sobre formigas cortadeiras

A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) está organizando, em parceria com a Embrapa Florestas, o curso “Controle de formigas cortadeiras para supervisores”, que vai acontecer no dia 17 de maio, das 09h às 18h, na sede da Embrapa, em Colombo (PR). O objetivo é atender à demanda das empresas para reciclar e treinar os colaboradores que trabalham no controle de formigas cortadeiras como chefes de turma ou supervisores na área de silvicultura. Além disso, o encontro vai servir também para que os profissionais possam discutir as informações do “Comunicado Técnico 354 – Recomendações para o controle químico de formigas cortadeiras em plantios de Pinus e Eucalyptus”, enviado pela Embrapa. As inscrições custam R$ 150,00 para associados da Apre e R$ 200,00 para o público em geral.

Serviço
Curso Controle de Formigas Cortadeiras para Supervisores
Público-alvo: Supervisores de silvicultura e chefes de turma de controle de formigas
Data: 17 de maio de 2018
Horário: 09 às 18h
Local: Embrapa Florestas – Estrada da Ribeira, Km 111, Colombo (PR)
Inscrições: R$150,00 para associados da Apre e R$200,00 para o público em geral (Baixar a ficha de inscrição com as instruções)
Informações: (41) 3233-7856 – https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg@https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg.com.br

Diretor executivo da Apre destaca importância econômica e social do setor florestal para a sociedade

Nesta sexta-feira, 11 de maio, a Embrapa Florestas está organizando o evento “Tendências para a pesquisa florestal: caminhos trilhados e perspectivas”, em comemoração aos 40 anos de fundação da instituição. Diversas palestras estão programadas para o encontro, que acontece das 08h30 às 12h, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba (PR). Um dos palestrantes será o diretor executivo da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), Carlos Mendes, para falar sobre “O setor florestal na sociedade: importância econômica e social”. A palestra faz parte do painel “Florestas, economia e sociedade”, que terá, ainda, a participação de Edson Balloni, diretor da Valor Florestal e ex-presidente da Apre, falando sobre “Silvicultura de produção”, e de Moacir Reis, presidente da Associação Sul-Matogrossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore), abordando o tema “Agrossilvicultura”.

A programação traz também o painel “Florestas e ambiente”, com cinco palestras: “Fauna em plantios florestais”, com Fernanda Góes Braga, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná; “Restauração Florestal”, com Miguel Calmon, da WRI; “Manejo de florestas naturais, o caso da Amazônia”, com Rafael Mason, do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Matogrosso (Cipem); “Impactos de plantios florestais”, com Marcilio Caron, da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá); e “Mudanças climáticas”, com Eduardo Assad, da Embrapa. Para fechar o evento, Celso Moretti, diretor de P&D da Embrapa, vai falar sobre “O futuro da pesquisa florestal”.

Serviço

“Tendências para a pesquisa florestal: caminhos trilhados e perspectivas” – 40 anos da Embrapa Florestas

Data: 11 de maio de 2018
Horário: das 08h30 às 12h

Local: Museu Oscar Niemeyer – Rua Mal. Hermes, 999, Centro – Curitiba (PR)

Informações: (41) 3675-3535 ou cnpf.chgeral@embrapa.br