Nem concreto, nem aço: o futuro da construção civil está na madeira

Setor avança com tecnologias mais limpas e sustentáveis e discute caminhos para ampliar o uso da madeira engenheirada no Brasil

Diante da urgência climática e da necessidade de descarbonizar a economia, a construção civil brasileira volta seus olhos para soluções mais sustentáveis. A madeira engenheirada é a estrela desse processo e vem se consolidando como uma alternativa viável, eficiente e ambientalmente responsável — com potencial para revolucionar o setor. No Brasil, a produção cresceu 160% em cinco anos e a previsão é de que a produção global avance 115% nos próximos dez anos. Leve, versátil e com baixa pegada de carbono, a madeira alia rapidez construtiva, alta precisão nos projetos e menor impacto ambiental, além de contribuir diretamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Com um déficit habitacional de mais de seis milhões de moradias no país, a construção industrializada em madeira se apresenta como uma resposta concreta e escalável, especialmente para projetos habitacionais e reconstrução urbana. Essa tendência ganhou ainda mais força no XVIII Ebramem (Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira), realizado nesta semana em Curitiba. 

Reunindo centenas de empresários, técnicos e pesquisadores do setor, o evento é um marco político e científico na mobilização nacional em torno do enorme potencial construtivo da madeira engenheirada no Brasil. Para os próximos anos, os setores florestal e madeireiro projetam um crescimento exponencial, com a madeira cada vez mais presente no cotidiano da construção civil — de edificações modulares pré-fabricadas a paredes, lajes, vigas e habitações, tanto populares quanto de alto padrão.

Em 2024 o Brasil produziu 10 mil m³ de madeira engenheirada, enquanto a Alemanha e a Áustria produziram 7,4 milhões m³, em um território várias vezes menor do que o do Brasil. Mas a produção brasileira avança. Há cinco anos, o país produziu menos de 4 mil m³. 

Os dados, apresentados pelos especialistas durante o Ebramem, apontam que o crescimento da madeira na construção civil depende da superação de algumas barreiras. “Falta de mão de obra qualificada, de competência técnica, tanto da parte que envolve a arquitetura como a engenharia, e de políticas públicas específicas que incentivem as construções em madeira. São alguns dos gargalos que o setor precisa enfrentar e vencer”, destaca o presidente da Associação Paranaense das Empresas da Base Florestal (APRE Florestas), Fábio Brun.  

Para ele, o exemplo internacional mostra o caminho: “Todos os países que se destacam nesse setor começaram pelo poder público. Seja por legislações específicas, metas em licitações ou benefícios fiscais. Foi sempre o  Estado quem deu o primeiro passo”, completa.

Países que hoje estão à frente do Brasil, como o Canadá, Áustria, Alemanha, Suécia,  Finlândia e França, começaram pelo setor público. “Muitos começaram por obras públicas ou por meio de determinações legais exigindo que parte das construções fosse de madeira ou com a concessão de incentivos fiscais”, afirma Patrick Reydams, engenheiro e consultor técnico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e mediador do painel “Cenário da madeira engenheirada no Brasil”. 

Enquanto isso, no Brasil, a consolidação do setor passa também pelo reconhecimento das vantagens técnicas e produtivas desse modelo. O sistema construtivo com madeira permite obras mais rápidas — com redução de até 40% no tempo de execução — e oferece um controle rigoroso de qualidade, uma vez que as peças saem prontas da fábrica para montagem direta no canteiro. Tecnologias como o CLT (Cross Laminated Timber) e o MLC (Madeira Lamelada Colada) já viabilizam construções seguras, sustentáveis e em larga escala, incluindo edifícios de múltiplos andares, como ocorre em países da Europa e da América do Norte.

Neste cenário de transformação, o Ebramem reforça o protagonismo da madeira na construção civil. O evento realizado em Curitiba se consolidou como espaço de articulação entre empresas, governo, universidades e profissionais da engenharia e arquitetura. Mais de 500 participantes debateram temas como inovação, políticas públicas e o panorama nacional e internacional da madeira engenheirada. 

Durante o encontro, a presidente do Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira (Ibramem), Ângela do Valle, foi enfática: “O futuro da construção civil não será de concreto, nem de aço, se quisermos que ele seja sustentável. Cada metro cúbico de madeira utilizado em substituição a materiais convencionais representa uma oportunidade de reduzir emissões, gerar empregos, estimular inovação e promover inclusão social. A madeira vem como protagonista e as florestas plantadas precisam ser vistas como ativos estratégicos de uma nova economia verde”.

Embora ainda enfrente desafios estruturais e culturais, a construção civil em madeira ganha força no Brasil. A madeira plantada e certificada, além de ser um ativo estratégico da bioeconomia, pode e deve ocupar papel central na construção de cidades mais inteligentes, resilientes e sustentáveis. “O Brasil tem um grande desafio social e ambiental, e a madeira pode ajudar a suprir essa demanda de forma mais eficiente e limpa. Estimamos um crescimento mundial de 115% nos próximos 10 anos”, destaca Calil Neto, CEO da Rewood, empresa que participa da exposição.

Os especialistas do setor deixam claro que o avanço da construção civil em madeira no Brasil depende, sobretudo, de uma mudança de mentalidade. Com incentivos adequados, capacitação técnica e políticas públicas alinhadas à sustentabilidade, o país tem potencial para se tornar referência global em construções mais limpas, rápidas e eficientes. Durante o evento, o diretor executivo da APRE, Ailson Loper, deixou um recado: “A madeira engenheirada não é apenas uma alternativa viável — é uma necessidade diante dos desafios climáticos, sociais e econômicos que se impõem. O momento de agir é agora”.

O Ebramem é organizado pelo Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira (Ibramem), pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) e pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que sediou o evento. A iniciativa uniu teoria e prática, além de apresentar como Canadá, Itália, Portugal, Chile e outros países vêm derrubando mitos sobre construções com madeira e fomentando uma nova mentalidade construtiva envolvendo sustentabilidade, qualidade, alto padrão e conforto.

Crédito das fotos: Fernando Dias.

Duas exposições culturais inéditas acontecem simultaneamente ao Ebramem 

Exposições culturais proporcionam uma imersão na evolução do uso da madeira na construção civil aos participantes do 18º Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira

Fomentar os aspectos culturais que envolvem a utilização e a valorização da madeira em obras de arquitetura e engenharia também estão entre os propósitos do XVIII Ebramem (Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeiras), que acontece em Curitiba, de 05 a 07 de maio, das 9h às 18h30, nas instalações da Fiep, em Curitiba. Duas exposições culturais inéditas, gratuitas e interativas acontecerão simultaneamente ao evento técnico-científico: a “Madeira na arquitetura – ontem, hoje e amanhã” e a “Wood Life Sweden”. 

Ambas prometem apresentar os aspectos positivos relacionados ao uso da madeira na arquitetura que, assim como a cultura, é viva, orgânica e se transforma ao longo do tempo. “As ações culturais, as exposições de arte e as apresentações musicais ativam sensibilidades, ativam a criatividade, que também são formas de refletir mais profundamente sobre questões complexas e universais”, afirma a presidente da Comissão organizadora do XVlll Ebramem Curitiba, Andréa Berriel Mercadante, também professora do Curso de Arquitetura e Urbanismo e atual Pró-Reitora de Extensão e Cultura da UFPR.

Para os organizadores do Ebramem, acrescenta ela, um futuro em que a madeira seja protagonista, será um futuro melhor para todas as formas de vida que habitam hoje o planeta Terra.

Exposições – A “Madeira na arquitetura – ontem, hoje e amanhã” pretende proporcionar aos participantes uma imersão digital na evolução do uso da madeira na construção, revelando como esse material atravessa gerações, ao se reinventar e consolidar seu espaço como protagonista em construções contemporâneas e futuras. A mostra reforça a importância de soluções sustentáveis e renováveis na arquitetura, destacando o papel da madeira como o único material estrutural totalmente renovável. 

Patrocinada exclusivamente pela Itaipu Binacional, a exposição contará com 14 totens digitais e será dividida em três tempos: passado, presente e futuro.  O “ontem” mostrará algumas construções antigas de madeira, no Brasil e no mundo. O “hoje” focará nos trabalhos concorrentes ao Prêmio Ibramem de Arquitetura e Design em Madeira e em pesquisas científicas atuais. Já o “amanhã” apresentará as vantagens de se construir com a madeira, focando nos aspectos ambientais, estruturais e estéticos. Ou seja, todo o ciclo de utilização da madeira ao longo da história até os dias atuais, assim como uma projeção futura, estarão em evidência: de usos ancestrais até as mais avançadas tecnologias com madeira engenheirada.

A segunda exposição será a “Wood Life Sweden”, que mostrará como a Suécia –  referência global em construções sustentáveis – utiliza a madeira para criar edifícios modernos, eficientes e ambientalmente responsáveis. Organizado pela Embaixada da Suécia, a mostra foi desenvolvida como um kit de ferramentas essencial para arquitetos e designers que buscam explorar o potencial da madeira maciça na construção sustentável. De forma simplificada, o Woodlife Sweden é um chamado para arquitetos adotarem a madeira maciça como material sustentável e inovador. Ao todo serão nove totens com projetos suecos que demonstram a versatilidade da madeira.

Além das mostras culturais, os participantes também tiveram acesso à apresentação musical do Duo Santana-Ribeiro ViolaCello, composto por Guilherme Santana Bacharel formado em viola pela Universidade Estadual Paulista e por Marcus Ribeiro, formado na Unirio e componente efetivo da Orquestra Filarmônica da UFPR. A apresentação aconteceu no dia 05 de maio, no encerramento do primeiro dia do Ebramem, às 18h30. O repertório inclui desde Bach, Bartók, Braguinha/Pixinguinha, Beethoven, A. Piazzolla até Beatles. Vale lembrar, pontua a presidente da Comissão organizadora do XVlll Ebramem Curitiba, que um concerto de cordas também apresenta um dos potenciais da madeira que, nos instrumentos como no violoncelo e na viola, demonstra toda sua beleza plástica, sua eficiência estrutural e acústica.

Outro momento do Ebramem que também pode ser considerado cultural será o Prêmio Ibramem, que tem o objetivo de estimular e promover a utilização da madeira na arquitetura e no design entre profissionais e estudantes de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e Design. Na categoria profissional serão premiados produções contemporâneas de excelência realizadas nos últimos anos. Já a categoria voltada aos estudantes apresentará uma proposta para a arquitetura e o mobiliário do Canteiro Experimental do Curso de Arquitetura e Urbanismo.

Ebramem – O Ebramem é organizado pelo Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira (IBRAMEM), pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) e pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que sediará o evento. A iniciativa pretende unir teoria e prática, além de apresentar como países como Canadá, Itália, Portugal, Áustria, Alemanha, Chile, entre outros, vêm desmistificando conceitos ultrapassados e fomentando uma nova mentalidade construtiva.

Apoiadores – O Ebramem acontece com o apoio de Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep); PUCPR; FAE Centro Universitário; Núcleo da Madeira; Unibrasil; Uninter; Napi WoodTech; Embrapa Florestas; Birka; Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente); IAB-PR (Instituto de Arquitetos do Brasil ); CAU-PR (Conselho de Arquitetura e Urbanismo); Núcleo da Madeira; UTFPR – Campus Curitiba e Guarapuava; UFPR – direção do setor de Tecnologia e de Ciências Agrárias; Birka; Woodflow; IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas); Mais Floresta / My Wood Home; SBCTEM (Sociedade Brasileira de Ciências e Tecnologia da Madeira), AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura) Brasil, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul e Espírito Santo; ACR; AGEFLOR (Associação Gaúcha de Empresas Florestais); APEF (Associação Paranaense de Engenheiros Florestais); IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores); IEP (Instituto de Engenharia do Paraná); Noah Tech Brasil; Grupo Index, STCP Engenharia de Projetos.

Maior evento de construção em madeira chega a Curitiba

Banco de imagens: Pexels.

O 18º Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira (Ebramem) vem aí com um formato inovador, incluindo exposições técnicas e culturais; Paraná é um dos maiores produtores de madeira do Brasil

Apresentação de trabalhos científicos, palestras internacionais, exposição técnica, painéis de debates, mostras culturais, prêmios e o hackathon da madeira serão algumas das pautas presentes no mais completo e robusto evento que desvenda o amplo potencial construtivo da madeira engenheirada no Brasil. Trata-se do XVIII Ebramem (Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeiras) que reunirá em Curitiba, de 05 a 09 de maio, mais de 500 participantes entre acadêmicos, pesquisadores, profissionais da engenharia, da arquitetura e do design, além de empresas do segmento apresentando o que há de mais novo e moderno na área da construção civil com madeira. 

Cada vez mais presente no dia a dia da construção civil, a madeira já pode ser encontrada em construções modulares pré-fabricadas, paredes, lajes, vigas, habitações residenciais, entre muitas outras possibilidades. Uma das principais palestras sobre o tema, trazendo as novidades mundiais do setor, será do engenheiro estrutural canadense Eric Karsh, um dos maiores especialistas do planeta em madeira engenheirada.

O Ebramem é organizado pelo Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira (Ibramem), pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) e pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que sediará o evento. A iniciativa, que também conta com o patrocínio da Itaipu Binacional, pretende unir teoria e prática, além de apresentar como Canadá, Itália, Portugal, Chile e outros países vêm desmistificando falácias sobre construções com madeira e fomentando uma nova mentalidade construtiva envolvendo sustentabilidade, qualidade, alto padrão e conforto.

O Paraná ocupa o 4º lugar do Brasil em área de florestas plantadas e possui a segunda maior área plantada de pinus, sendo responsável pela produção de 35,81 milhões de m³ de madeira em tora – o que representa mais de 20% do desempenho nacional. Além disso, o estado é o segundo com o maior Valor Bruto da Produção da Silvicultura (VBP) no segmento de lenha e o terceiro maior no segmento de madeira processada. 

“Lideramos também a produção nacional de madeira em tora para outras finalidades, representando 38,1% do total. Fatores mais do que suficientes para evidenciar o peso do Paraná quando o tema envolve a produção e o uso sustentável da madeira – que deve ser cada vez mais incentivado”, diz Fábio Brun, presidente da APRE. Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram compilados no Estudo Setorial 2024, organizado pela APRE Florestas, constituindo-se no mais atualizado inventário sobre dados do setor, disponível no site da instituição

Ebramem – A abertura oficial do evento científico, da Ebramem Expo e das exposições “Wood Life Sweden” e “A madeira na Arquitetura – ontem, hoje e amanhã” está prevista para a próxima segunda-feira, às 14h, após o credenciamento dos participantes. Na ocasião, também serão apresentados os trabalhos finalistas do Prêmio Ibramem. A Ebramem Expo, que acontecerá concomitantemente ao evento científico, assim como as exposições culturais, serão gratuitas e abertas ao público de 05 a 07 de maio, das 09h às 18h30.

Palestras internacionais – A primeira palestra internacional do Ebramem vem do Canadá e será ministrada pelo engenheiro estrutural Eric Karsh, um dos maiores especialistas em engenharia de madeira do mundo, no dia 05, às 15h30. Na sequência, às 17h, está previsto o painel de debates sobre “O cenário da madeira engenheirada no Brasil”, tendo como moderador o engenheiro Patrick Reydams, também consultor técnico da Fiep. O primeiro dia do Ebramem será encerrado, às 18h30, com a apresentação do concerto Duo Santana-Ribeiro ViolaCello até as 19h.

Na terça-feira, 06 de maio, às 10h, a palestra internacional será com o arquiteto chileno, Martin Hurtado, que traz em sua bagagem profissional cerca de 180 projetos realizados em madeira, abrangendo desde residências e escolas até espaços culturais e urbanizações. O tema de sua fala será “Vivienda social en madera”. Às 10h30 será a vez do engenheiro Tobias Ott, também chileno, falar sobre “Wood frame – a tendência da construção industrializada no mundo”. Já o painel de debates está previsto para às 11h com a temática “Arquitetura em madeira e habitação social”, com o arquiteto Ricardo Dias Silva,  mestre e doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP), como moderador. 

No período da tarde, às 14h30, o palestrante internacional Luís Jorge, engenheiro civil, desembarca de Portugal para dialogar com os participantes do Ebramem sobre “Retrofit de edifícios antigos com estrutura de madeira em painéis CLT (paineis de madeira lamelada cruzada)”. Além de engenheiro civil, ele é também professor no Instituto Politécnico de Castelo Branco, onde coordena a Licenciatura em Engenharia Civil e sócio-gerente da empresa TISEM, que desenvolve projetos de edifícios em CLT em parceria com a KLH (Áustria). O último painel do dia será sobre “Norma de wood frame”, com o presidente da Associação Brasileira de Wood Frame, o engenheiro Euclesio Finatti atuando como moderador. 

Na quarta-feira, 7 de maio, o 3º dia do Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeiras trará experiências do Canadá, às 10h30, com o engenheiro Gustavo Lozano Côrtese, e da Itália, às 14h30, com o engenheiro estrutural Franco Piva. Os painéis de debates serão sobre “Políticas públicas do setor”, com o engenheiro Erich Schaitza moderando os debates; e “Edifícios em madeira”, com o engenheiro Alan Dias como moderador. Às 17h30 está prevista a cerimônia de premiação dos vencedores dos Prêmios IBRAMEM de Arquitetura e de Design em madeira.

Trabalhos científicos – Durante os três dias do Ebramem haverá a apresentação de trabalhos acadêmicos pelas manhãs. Entre os temas, os destaques ficam com “Construções e sistemas construtivos: práticas nacionais e internacionais”; “Arquitetura em madeira”; “Projetos estruturais e de ligações em madeira (maciça, engenheirada, LWF)”; “Industrialização da madeira”; “Segurança contra incêndio nas edificações em madeira”; “Conservação de edificações históricas em madeira”; “Recuperação de estruturas de madeira”; “Habitações em madeira”; “Normas técnicas para estruturas de madeira”; e “Sustentabilidade e assuntos complementares”. 

Hackathon da Madeira – Já nos dias 08 e 09 de maio será o “Hackathon da Madeira” que entrará em cena. Uma competição arquitetônica inédita no Brasil, o Hackthon promete focar em problemas e apresentar soluções em madeira como um material estrutural e construtivo. Oficinas sobre temas relacionados às construções em madeira, mentorias com profissionais respeitados no mercado, além de visitas e viagens técnicas estão previstas para estes dias. No dia 08 os participantes poderão escolher entre visitar as empresas Águia Florestal, em Ponta Grossa, a Urbem, em Almirante Tamandaré, ou a Embrapa Florestas, em Colombo, além dos galpões históricos de madeira, no Centro Politécnico da UFPR.    

Serviço Ebramem

XVIII Ebramem – Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira
05 a 09 de maio
8h às 18h
Fiep/PR – Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Av. Com. Franco, 1341 – Jardim Botânico, Curitiba – PR).
Programação completa aqui.

Apoiadores – Além do patrocínio da Itaipu Binacional, o Ebramem acontece com o apoio de Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep); PUCPR; FAE Centro Universitário; Núcleo da Madeira; Unibrasil; Uninter; Napi WoodTech; Embrapa Florestas; Birka; Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente); IAB-PR (Instituto de Arquitetos do Brasil ); CAU-PR (Conselho de Arquitetura e Urbanismo); Núcleo da Madeira; UTFPR – Campus Curitiba e Guarapuava; UFPR – direção do setor de Tecnologia e de Ciências Agrárias; Birka; Woodflow; IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas); Mais Floresta / My Wood Home; SBCTEM (Sociedade Brasileira de Ciências e Tecnologia da Madeira), AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura) Brasil, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul e Espírito Santo; ACR; AGEFLOR (Associação Gaúcha de Empresas Florestais); APEF (Associação Paranaense de Engenheiros Florestais); IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores); IEP (Instituto de Engenharia do Paraná); Noah Tech Brasil; Grupo Index, STCP Engenharia de Projetos.

Curitiba celebra o Dia Mundial do Livro com cultura, economia circular e sustentabilidade

Crédito da Foto: Embrapa Florestas/2024.

Cerca de dois mil livros serão distribuídos gratuitamente na tenda do projeto #CirculeUmLivro, que estará instalada em frente ao Palácio Avenida

Curitiba será palco de uma grande ação cultural, durante quatro dias, em comemoração ao Dia Mundial do Livro, celebrado em 23 de abril, com a troca gratuita de cerca de dois mil livros. Estimular a economia circular e a leitura em pleno coração da cidade, na Rua XV de Novembro e no Palácio Belvedere, de 22 a 25 de abril, é o propósito do projeto #CirculeUmLivro.

Mais do que uma ação cultural, a iniciativa, que está em seu terceiro ano consecutivo, é um convite à troca, à criatividade, à interação e também à reflexão sobre a característica sustentável do livro impresso, já que é feito de papel obtido de florestas plantadas. Além de escolher livros, o público poderá participar de atividades culturais e lúdicas como contação de histórias e poesias.

Presente em livros, cadernos, envelopes, embalagens, canudos, copos, itens de higiene e mais em uma infinidade de outros produtos do dia a dia, o papel é um material totalmente biodegradável e reciclável, o que contribui para a conservação do meio ambiente e da biodiversidade. “Ao optarmos por produtos sustentáveis, como por exemplo um livro que tem origem em árvores cultivadas para esse fim, auxiliamos na construção de uma economia verde, além de proteger as florestas nativas e a biodiversidade”, analisa Fábio Brun, presidente da Associação Paranaense de Empresas da Base Florestal (APRE), entidade que coordena o projeto no Paraná.

Desenvolver pesquisas sem comprometer ecossistemas naturais, mostra como a ciência e o manejo florestal podem aliar produção e conservação ambiental. Edina Moresco, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Florestas, lembra: o livro é feito de papel, que vem da celulose, que por sua vez vem de florestas cultivadas justamente para esta finalidade. “O projeto tem uma relação direta com os propósitos da Embrapa, que atua no desenvolvimento de pesquisas visando a um futuro mais verde e economicamente viável”.

Na esfera nacional o #CirculeUmLivro é uma iniciativa da Indústria Brasileiras de Árvores (Ibá), em parceria com a Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica). No Paraná, a ação é uma realização da APRE e da Embrapa Florestas, com o apoio  da Academia Paranaense de Letras (APL), da Biblioteca Pública do Paraná, do Colégio Marista Paranaense, da UniOpet, do Colégio Sesi, da Sanepar e do Laboratório de Benefício das Florestas (UFPR).

As tendas para as trocas de  livros estarão instaladas na sede da APL, nos dias 22 e 23 de abril, e em frente ao Palácio Avenida, de 23 a 25 de abril. Lá poderão ser encontrados desde clássicos da literatura até livros de culinária, biografias, romances, ficção e gibis. Basta levar um livro usado e pegar outro gratuitamente. 

Programação
Além da troca de livros, a programação também contará com atividades culturais e lúdicas para crianças. Após a abertura oficial, que acontece no dia 22 de abril, às 14h, no Palácio Belvedere, cerca de 30 crianças serão imersas no universo do teatro, da música e da literatura. Vivências teatrais, leituras e criação de histórias serão alguns dos momentos vivenciados pelas crianças participantes nesta tarde especial proporcionada pela Academia Paranaense de Letras.

Já no dia 23 de abril a oficina cultural será “Uma conversa colorida”, conduzida pela escritora Adélia Maria Woellner, integrante da APL e do Centro de Letras do Paraná. Após uma apresentação inicial de variadas histórias que abordam situações reais e ficcionais, a atividade estimula o registro de eventos corriqueiros do dia a dia que podem ser transformados em histórias. Além disso, permite que a criança reconheça suas preferências entre o ler, escrever, pintar e interpretar. 

No dia seguinte, será a vez do escritor e jornalista Paulo Venturelli, também integrante da Academia Paranaense de Letras, realizar a oficina embasada no poema “Infância”, de Carlos Drummond de Andrade. Os participantes serão convidados a ler e a discutir o poema. Ao final será proposto que cada um produza um texto com a temática. Ambas as atividades acontecem na Biblioteca Pública do Paraná. São esperadas cerca de 100 crianças por dia.

Por fim, na sexta-feira (dia 24), às 14h, o Coletivo de Mulheres Ecos da Alma Feminina fará uma leitura de poesias de autoria do grupo na Rua XV de Novembro para quem estiver passando pela tenda do projeto. 

Como surgiu o projeto? 

O #CirculeUmLivro surgiu inicialmente na esfera nacional, em 2022, sendo encabeçado pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), entidade que representa o setor de árvores cultivadas para fins industriais no país, e pela Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), entidade que representa a indústria brasileira de impressão.

A partir daí, a proposta de expandir o projeto surgiu e algumas associações de empresas da base florestal do Brasil – como foi o caso da APRE – foram convidadas pela IBÁ para organizar o #CirculeUmLivro também nos estados. Foi assim que, em 2023, o Paraná realizou a primeira edição sob a coordenação da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal, em parceria com a Embrapa Florestas. 

Serviço

Dia 22/04 – Terça-feira
14h – Abertura na Academia Paranaense de Letras (APL) – Palácio Belvedere.}
14h30 às 17h – Atividade Cultural. Público esperado: 30 crianças, na APL.
14h às 17h – Circule Um Livro – Palácio Belvedere.

Dia 23/04 – Quarta-feira
9h às 17h – Circule Um Livro – Rua XV de Novembro.
9h às 16h – Circule Um Livro – Palácio Belvedere.
14h às 16h – Atividade Cultural – “Uma conversa colorida”, com Adélia Woellner, na Biblioteca Pública do Paraná. Público esperado: 100 crianças.

Dia 24/04 – Quinta-feira
9h às 17h – Circule Um Livro – Rua XV de Novembro.
14h às 16h – Atividade Cultural – “Poema infância”, com Paulo Venturelli, na Biblioteca Pública do Paraná. Público esperado: 100 crianças.

Dia 25/04 – Sexta-feira
9h às 16h – Circule Um Livro – Rua XV de Novembro.
14h às 16h – Atividade Cultural – Coletivo de Mulheres Ecos da Alma Feminina, na Rua XV de Novembro.

Sobre a APRE – A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) representa aproximadamente metade da área total de plantios comerciais no estado. As principais organizações de ensino e pesquisa formam o conselho científico da APRE, conferindo à entidade representatividade e embasamento técnico para o desenvolvimento das ações em prol do setor florestal. Desde 1968, a atuação política, apartidária, faz da APRE a porta-voz do setor no diálogo com as esferas públicas, organizações setoriais, formadores de opinião e sociedade no desafio de promover e fortalecer ações produtivas do setor florestal paranaense.

Uso da madeira na construção civil é seguro, rápido e sustentável

Sistemas construtivos industrializados em madeira serão um dos temas do XVIII Ebramem – Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeiras

Para além de conforto e beleza, o uso da madeira na construção civil  vem rompendo barreiras culturais no Brasil à medida que se tornam conhecidos seus benefícios desde a origem da matéria-prima, passando pelo processo construtivo até os efeitos no dia a dia das pessoas. Com sistemas produtivos industrializados modernos e tecnologia de ponta, construções com madeira têm conquistado o gosto do consumidor brasileiro, tornando-se alternativa crescente ao concreto e ao aço.

Construções mais rápidas, seguras, resistentes, com preços mais acessíveis, sustentáveis e, ainda por cima, seguras em casos de incêndios, são apenas algumas das vantagens que a matéria-prima oferece. Na construção civil, a madeira já está presente em projetos construtivos de pontes, estruturas de cobertura em edifícios, construções modulares pré-fabricadas, paredes, lajes, vigas, cabeceiras de grande envergadura, habitações residenciais e muito mais.

Tudo isso graças a sistemas produtivos industriais modernos e que poderão ser conhecidos durante o XVIII Ebramem (Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeiras), que acontecerá em Curitiba, de 05 a 09 de maio, no campus da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). 

Além de reunir acadêmicos, pesquisadores e profissionais da engenharia, arquitetura e design, o Ebramem contará com a presença de 38 expositores da área da madeira engenheirada que trarão o que há de mais moderno em produtos, serviços e tecnologias.

Sistemas como o MLC (madeira laminada colada ou lamelada colada, também conhecida como glulam), CLT (painéis de madeira lamelada cruzada), LVL (Laminated Veneer Lumber – madeira laminada folheada), e light wood frame estarão à disposição dos visitantes que passarem pela feira Ebramem Expo – Madeira Industrializada na Construção – que acontecerá paralelamente ao Ebramem e será aberta ao público.

Especialistas do setor florestal vão mostrar, durante o evento, que optar pela madeira significa mais do que escolher um material de construção. “É uma decisão que valoriza as florestas e o meio ambiente, por conta do sequestro de CO2 e por ser um produto 100% renovável”, pontua o presidente da Associação Paranaense de Empresas da Base Florestal (APRE), Fabio Brun.

Ele observa que a adesão brasileira à madeira ainda é pequena se comparada a países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França e Suécia, entre outros. “Por isso, iniciativas como o Ebramem são tão necessárias. Unir o conhecimento científico ao prático é fundamental para desmistificar conceitos ultrapassados e fomentar uma nova mentalidade construtiva”, destaca Brun.

Além de segura em caso de incêndios e contra os ataques de animais xilófagos, como cupins, vespas e algumas espécies de besouros, o uso da madeira engenheirada possibilita maior precisão nas dimensões durante a fabricação dos elementos construtivos. 

Ângela do Valle, presidente do Ibramem (Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira), membro da Comissão Organizadora do XVIII Ebramem e professora da Universidade Federal de Santa Catarina, observa que a madeira permite maior confiabilidade no desempenho estrutural, na eficiência e no melhor aproveitamento do material. “Com uma precisão de décimos de milímetros, e com os valores de propriedades mecânicas de menor variabilidade.” 

Atualmente, para que o uso da madeira avance no Brasil, considerando que as barreiras culturais já vêm sendo trabalhadas pelas entidades do setor como a APRE, a Fiep, o Ibramem, a Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente), entre outras, é preciso que sejam adotadas políticas públicas específicas que incentivem as construções em madeira. “Todos os países começaram pelo setor público que, por meio de legislação específica, exigiram que parte das construções fossem em madeira, ou por meio de isenções fiscais que estimularam o setor privado e a sociedade”, comenta Patrick Reydams, consultor técnico da Fiep.

XVIII Ebramem
O Ebramem é organizado pelo Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira (IBRAMEM), pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) e pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que sediará o evento. As inscrições seguem abertas. Mais informações no site do Ebramem. 

Principais sistemas construtivos industrializados com madeira

Conheça um pouco mais sobre os atuais e mais modernos sistemas construtivos industrializados que utilizam a madeira engenheirada. 

1. Madeira laminada colada (MLC ou glulam)

Foto: Buckland Timber

Foto: Buckland Timber

O que é:
O MLC consiste em tábuas de madeira maciça (lamelas) coladas com adesivos ao longo de seu comprimento. Estas são coladas, uma em cima da outra, formando vigas e pilares fortes. Elas podem formar elementos padronizados, ou peças individuais de grande porte. Também podem ser coladas em curva, o que torna o produto ideal para projetos arquitetônicos expressivos.

Onde utilizar:
– Vigas e pilares expostos realçando o look da madeira natural.
– Pontes e estruturas com vãos livres muito grandes (até 50 m).
– Estruturas de cobertura em edifícios comerciais.

Vantagens para os arquitetos:
– Elevada capacidade de carga com atrativo estético.
– Podem ser curvadas para criar designs extremamente originais.
– Resistente ao fogo devido ao seu comportamento de carbonização.

2. Painéis de madeira lamelada cruzada (CLT)

Edifício Mjøstårnet
Edifício Mjøstårnet

O que é:
O CLT é feito de várias camadas de painéis de lamelas coladas posicionadas de forma perpendicular entre si, criando um painel de madeira maciço e sólido que pode ser utilizado em paredes, lajes e telhados. O sistema de construção é feito por montagem dos painéis já usinados, parecido com um lego!

Onde utilizar:
– Edifícios residenciais e comerciais de médio porte; ou de 20+ andares!
– Construção modular pré-fabricada.
– Paredes, lajes e coberturas para edifícios de elevado desempenho.

Vantagens para os arquitetos:
– Forte e estável, permitindo painéis pré-fabricados de grandes dimensões.
– Excelente desempenho térmico e acústico.
– Alternativa sustentável ao concreto para uma construção com baixo teor de carbono.

3. LVL (Laminated Veneer Lumber)

DFoto: DBR | Design Build Research
Foto: DBR | Design Build Research

O que é:
O LVL é um painel estrutural composto de lâminas finas de madeira (3 mm) coladas entre si e prensado sob calor. Tem uma resistência mecânica fenomenal com um peso baixo, e é utilizado como vigas, testeiras ou painéis. O painel também pode ser serrado em tiras, para produzir vigas e montantes.

Onde o utilizar:
– Vigas e cabeceiras de grande envergadura.
– Telhados e lajes.
– Painéis estruturais de parede.

Vantagens para arquitetos:
– Elevada relação resistência/peso, permitindo grandes vãos.
– Qualidade consistente com menos defeitos naturais do que a madeira maciça.
– Funciona bem com aço e concreto em projetos híbridos.

4. Light Wood Frame (LWF)

Foto: Pexels

O que é:
O light wood frame tradicional envolve a montagem de vigas, montantes e painéis para criar paredes, entrepisos e telhados. As paredes são fechadas com vários tipos de painéis (compensado, painéis de OSB, gesso e fibrocimento) e podem ser termicamente isoladas. Os avanços modernos melhoraram a sua precisão e o seu potencial de pré-fabricação.

Onde utilizar:
– Habitação unifamiliar e multifamiliar.
– Edifícios comerciais de montagem rápida.
– Construção pré-fabricada e modular.

Vantagens para os arquitetos:
– Econômica e facilmente disponível.
– Construção rápida com opções de pré-fabricação.

Fonte: Ebramem Expo.

Setor florestal se organiza para entender e enfrentar a taxação norte-americana sobre a madeira

“Ainda é cedo para comemorar”, diz presidente da APRE, que representa as  empresas de base florestal no Paraná, um dos maiores exportadores de madeira brasileira para os Estados Unidos

O setor da indústria de base florestal ainda está estudando os possíveis desdobramentos da nova política comercial anunciada pelo pelo governo dos Estados Unidos, taxando em pelo menos 10% os produtos brasileiros. “Mesmo não chegando aos 25% esperados, ainda é cedo para comemorar”, pontua o presidente da Associação Paranaense de Empresas da Base Florestal (APRE), Fábio Brun.

Os impactos – como perda de mercado e aumento dos custos de produção – serão, a partir de agora, analisados de forma mais apurada, conforme a disponibilização progressiva de documentação oficial norte-americana. “Vamos nos debruçar sobre o tema buscando entender inclusive sua aplicação e prazos”, diz.  

A APRE acompanha o assunto desde o início a fim de auxiliar os  associados que têm relação comercial direta e indiretamente com os Estados Unidos. “Aqueles que se relacionam de forma direta são os que produzem no Brasil e enviam os seus produtos à base de madeira para lá. Na relação indireta estão os que produzem madeira para o mercado nacional, abastecendo indústrias que exportam produto acabado para os Estados Unidos”, diz o presidente. 

A APRE teme que – mesmo com a taxação de 10% – os custos acabem recaindo sobre a produção, tornando os produtos mais caros. “O que, no final das contas, é ruim para todos os envolvidos. Com o aumento dos valores do produto final, os importadores norte-americanos podem reduzir  a compra de madeira oriunda do Brasil, com risco de recessão e postergando investimentos”, salienta Brun.

O setor florestal seguirá atento, portanto, a três pontos cruciais para avaliar o momento: cotação do dólar, logística e custos de produção. “Caso o dólar se mantenha em torno dos R$6 (o dólar intraday nesta quinta-feira chegou a cair para R$ 5,60), conforme alguns especialistas estimam, temos chances de nos manter aquecidos e nos prepararmos melhor para o que virá. Incluindo tempo para buscar novos mercados”, diz. 

Dados do setor – Grande parte da madeira que vai para a construção civil norte-americana – entre elas compensado, madeira serrada e molduras de pinus – sai do Brasil e o Paraná é um dos maiores fornecedores. 

Segundo dados divulgados pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), cerca de 40% dessa madeira é proveniente do Paraná e 40% de Santa Catarina. Dados da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) indicam que os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul representaram 86,5% do total exportado pelo Brasil, no último ano, aos Estados Unidos. 

Juntos, os três estados do Sul exportaram US$ 1,37 bilhão em produtos de madeira para os EUA. A APRE – do total de área plantada no Paraná – representa cerca de 50% das empresas do setor.

Doe um livro e ajude a espalhar o conhecimento

Livros para o projeto #CirculeUmLivro já estão sendo arrecadados em vários pontos de Curitiba.

Quem é apaixonado por livros e leitura e acredita na importância da economia circular, pode dar uma nova vida às obras paradas que tem em casa. Essa é a proposta do projeto #CirculeUmLivro que, em comemoração ao Dia Mundial do Livro (23 de abril), vai promover uma grande troca literária em plena Rua XV de Novembro, no centro de Curitiba.

O evento será realizado em abril, mas é possível contribuir desde agora – ajudando a enriquecer o acervo e a proporcionar novas leituras a mais pessoas. Em sua 3ª edição, o #CirculeUmLivro é uma iniciativa da Indústria Brasileiras de Árvores (Ibá) e no Paraná é coordenada pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), com o apoio da Embrapa Florestas, do Grupo Marista, da Academia Paranaense de Letras (APL) e da Biblioteca Pública do Paraná.

Até o momento, os pontos de arrecadação estão dispostos na APRE (Al. Dr. Muricy, 474 – sala 51 – Centro, Curitiba), na Academia Paranaense de Letras (Belvedere do Alto do São Francisco, Praça Doutor João Cândido, Rua Jaime Reis, s/ n.º, Alto do São Francisco, Curitiba) e na UFPR (Campus Botânico, Centro Politécnico, Reitoria e Santos Andrade).

“Além de promover o hábito da leitura e a economia circular, o #CirculeUmLivro também traz para o debate a importância das florestas plantadas ao fornecerem uma matéria-prima renovável, de baixo impacto ambiental, utilizada na produção de diversos produtos sustentáveis, incluindo o papel dos livros”, pontua o presidente da APRE, Fábio Brun. Em consonância com os propósitos da APRE e das empresas florestais, continua Brun, o projeto mostra o papel fundamental do segmento florestal em defesa da sustentabilidade ambiental e social.

A abertura oficial da campanha será no dia 22 de abril, na sede da Academia Paranaense de Letras. Em breve mais informações.

#CirculeUmLivro – Edição 2024 (crédito das fotos: APRE Divulgação)

Ação nacional
O #CirculeUmLivro não se trata apenas de uma ação local, mas sim nacional. Durante todo o mês de abril outras cidades do país também estarão com pontos para troca de livros e atividades culturais de graça para todas as idades. Além de Curitiba, as cidades de São Paulo (SP), Vitória (ES) e Salvador (BA) também convidarão as pessoas a refletirem sobre a importância da leitura e a sustentabilidade do papel – que é produzido a partir de árvores que são plantadas, colhidas e replantadas para esse fim, comumente em áreas antes degradadas. Na esfera nacional o projeto é encabeçado pela Ibá.

Serviço – Pontos de arrecadação do #CirculeUmLivro:

  1. Academia Paranaense de Letras (dos dias 28/03 a 16/04)
    Palácio Belvedere
    📍Praça João Cândido – São Francisco
    Terça a sexta das 11h30 às 18h30
    Sábado e domingo das 09h às 15h

  2. Universidade Federal do Paraná (dos dias 24/03 a 16/04)
    📍 Campus Botânico – Prédios CIFLOMA, Sociais aplicadas, Enfermagem e Odontologia.
    📍 Campus Politécnico – Prédios Ciências Biológicas e Química.
    📍 Reitoria
    📍 Santos Andrade
    Segunda a sexta das 7h00 às 22h00.

  3. Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (dos dias 28/03 a 16/04)
    📍 Al. Dr. Muricy, 474 – sala 51, Centro
    Segunda a quinta das 8h30 às 17h
    Sexta das 8h30 às 16h

Sustentabilidade e inovação na área da madeira chegam a Curitiba

Crédito da Foto – Shutterstock.

O 18º Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira (Ebramem) está com as inscrições abertas. Exposição técnica acontece paralelamente ao evento.


Teoria e prática unirão acadêmicos, pesquisadores e profissionais da engenharia e arquitetura durante o mais importante fórum de discussão, atualização e divulgação de informações da área técnica-científica da madeira: o Ebramem (Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeiras). As experiências práticas e as palestras internacionais do evento terão como foco o uso da madeira na construção civil em países como Canadá, Itália, Portugal, Áustria, Chile e também Brasil. 

Em sua 18ª edição, o encontro – que acontece de 05 a 09 de maio, em Curitiba –  é organizado pelo Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira (IBRAMEM), pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) e pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que sediará o evento.

Nesta edição, o encontro vem com um formato inovador, não se restringindo apenas aos debates acadêmicos. Pela primeira vez, paralelamente ao Ebramem, acontecerá a Ebramem Expo – Madeira Industrializada na Construção, com a presença de 38 expositores da área da madeira engenheirada, que trarão o que há de mais moderno em produtos, serviços e tecnologias.

A presidente da Comissão organizadora do XVlll Ebramem Curitiba, Andréa Berriel Mercadante, também professora do Curso de Arquitetura e Urbanismo e atual Pró-Reitora de Extensão e Cultura da UFPR, pontua que estarão reunidos em um mesmo espaço profissionais que trabalham há décadas com a madeira, na academia, na indústria e no mercado. “Sendo, portanto, um evento essencial para todas e todos que desejam adquirir conhecimento, trocar experiências e empreender na área com a finalidade de construir edificações e cidades mais sustentáveis”, destaca. 

Por ser um material de construção renovável, a madeira constitui a matéria-prima mais promissora para o futuro da arquitetura e da engenharia civil. Utilizar a madeira, destaca Andréa, significa valorizar as florestas (plantadas e nativas) e melhorar a qualidade de vida no planeta, já que seu cultivo proporciona o sequestro do CO2 da atmosfera. Porém, as vantagens não param por aí.

Ebramem Expo – O diretor comercial da Ebramem Expo, Martin Kemmsies, acrescenta que a madeira também traz beleza, aconchego e calor aos ambientes por conta de sua biofilia. “Sem contar a praticidade que seu uso traz para a construção civil por ser um material rápido de se trabalhar, ao contrário da construção molhada, que envolve cimento”, diz. Pode-se inclusive, exemplifica ele, levantar um andar por dia da parte estrutural ao se utilizar a madeira.

Ele já vislumbra o sucesso da exposição, que está com praticamente todos os estandes ocupados. “Em sua primeira edição, o evento já nasceu grande e forte, com a presença de representantes de peso da indústria nacional e internacional. Apresentaremos o que há de mais novo e moderno na área da construção civil, com pequenas e grandes soluções em madeira.” 

Entre os principais atrativos, Kemmsies destaca que os participantes terão acesso ao futuro da construção em madeira, como estandes com usinagem robotizada; braços robóticos; tecnologia de produção de telhados em tesouras (Geilne); além dos principais produtores de vigas laminadas do Brasil. “Mostraremos que a inteligência artificial também se aproxima desse segmento.” Portanto, inovação, tecnologia, sustentabilidade e oportunidades de negócio não faltarão. 

Parceria Fiep
A Fiep, que sempre apoiou e é uma entusiasta das construções utilizando a madeira, será o grande palco de tudo isso. Desde 2024 que a Fiep, provocada pelo governo do Estado, começou um movimento dentro do Conselho da Madeira visando reunir a cadeia produtiva e os envolvidos nas construções em madeira. “Como fruto disso surgiram vários grupos de trabalho focados em apoiar o poder público no desenvolvimento de políticas públicas direcionadas às questões da madeira como material construtivo”, comenta o consultor técnico da Fiep, Patrick Reydams. 

A partir daí, continua Reydams, indústria e academia se aproximaram e a Fiep percebeu a importância de apoiar esse movimento técnico-científico que o Ebramem representa. “E nada melhor para começar essa parceria do que esse evento acontecer dentro do espaço Fiep, dialogando também com os integrantes dos grupos de trabalho do Conselho da Madeira, da cadeia produtiva e das indústrias, além de arquitetos, engenheiros e estudantes”, destaca.   

Trabalhos científicos
Os principais temas dos trabalhos acadêmicos apresentados durante o Ebramem serão “Construções e sistemas construtivos: práticas nacionais e internacionais”; “Arquitetura em madeira”; “Projetos estruturais e de ligações em madeira (maciça, engenheirada, LWF)”; “Industrialização da madeira”; “Segurança contra incêndio nas edificações em madeira”; “Conservação de edificações históricas em madeira”; “Recuperação de estruturas de madeira”; “Habitações em madeira”; “Normas técnicas para estruturas de madeira”; e “Sustentabilidade e assuntos complementares”. 

Já as experiências práticas e as palestras internacionais ficarão em torno do uso da madeira na construção civil em países como Canadá, Itália, Portugal, Áustria, Chile e também Brasil. A programação completa pode ser encontrada no site do evento.

Além das palestras e dos trabalhos científicos, ainda ocorrerão os Prêmios IBRAMEM destinados a profissionais e estudantes de arquitetura e design, além do “Hackathon da Madeira”, uma competição arquitetônica  inédita que focará em problemas e soluções em madeira como material estrutural e construtivo.  

Inscrições
As inscrições para o Ebramem devem ser feitas por meio do site até o final de março para garantir os valores do 2º lote. Vale lembrar que estudantes e associados ao Ibramem poderão garantir os ingressos a preços promocionais. Os pagamentos poderão ser parcelados até a data do evento. Já a EBRAMEM EXPO será aberta ao público em geral e gratuita.

Serviço:

XVIII Ebramem – Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira
05 a 09 de maio
8h às 18h
Fiep/PR – Federação das Indústrias do Estado do Paraná
Inscrições aqui.

Apoiadores

O Ebramem acontece com o apoio de Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep); PUCPR; FAE Centro Universitário; Núcleo da Madeira; Unibrasil; Uninter; Napi WoodTech; Embrapa Florestas; Birka; Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente); IAB-PR (Instituto de Arquitetos do Brasil ); CAU-PR (Conselho de Arquitetura e Urbanismo); Núcleo da Madeira; UTFPR – Campus Curitiba e Guarapuava; UFPR – direção do setor de Tecnologia e de Ciências Agrárias; Birka; Woodflow; IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas); Mais Floresta / My Wood Home; SBCTEM (Sociedade Brasileira de Ciências e Tecnologia da Madeira), AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura) Brasil, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul e Espírito Santo; ACR; AGEFLOR (Associação Gaúcha de Empresas Florestais); APEF (Associação Paranaense de Engenheiros Florestais); IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores); IEP (Instituto de Engenharia do Paraná); Noah Tech Brasil; Grupo Index, STCP Engenharia de Projetos.

Com novo mascote, Paraná inicia campanha de prevenção de incêndios florestais

Representantes de diversas instituições participaram, nesta terça-feira (04), do lançamento da Campanha Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais 2024, na sede do IDR-Paraná, em Curitiba. Neste ano, ela prevê distribuição de material gráfico e digital para disseminar informações e conscientizar as pessoas sobre os danos causados por um incêndio florestal. Também são indicadas as ações que podem provocar um incêndio e o que deve ser feito quando uma pessoa avistar um foco.

O slogan “Unidos na prevenção aos incêndios florestais-Somos guardiões da floresta” reforça a mensagem que esse assunto é um problema de todos e, por isso, precisa ser trabalhado em conjunto. De acordo com o Corpo de Bombeiros, no ano passado, foram identificados e controlados 5.597 focos de incêndio no Estado. A campanha pretende atuar na conscientização da população, sobretudo porque existe a previsão de um inverno mais seco este ano, aumentando os riscos de incêndio.

Além do novo slogan, neste ano a campanha tem uma nova mascote, a Curi, uma curicaca vigilante do ecossistema que, como guardiã na natureza, vai ajudar a trazer dicas vitais para a prevenção de incêndios florestais. Ela se junta a outros mascotes: Labareda, o tamanduá brigadista florestal do Ibama-Prevfogo; Quati João, do Corpo de Bombeiros Militar; e Mandinha, a abelha mandaçaia. Eles formam a Turma dos Guardiões da Floresta.

Uma cartilha educativa foi criada especialmente para as crianças e adolescentes, com o objetivo de investir também na conscientização desse público e para que eles ajudem sendo os Guardiões da Floresta. Veja AQUI .

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, ressaltou a importância do esforço conjunto de diversas instituições nessa campanha. “Essa capacidade de união faz o Paraná ser diferenciado. Nós praticamos, talvez, a melhor agricultura do País graças a essa capacidade de unir forças. Nessa campanha, são 16 instituições atuando juntas. Essa união é pela defesa do nosso patrimônio, de uma atividade econômica importante para o Estado. É pela defesa da vida”, disse.

O diretor-presidente do IDR-Paraná, Richard Golba, destacou que a campanha de prevenção faz muito sentido, sobretudo com a proximidade do inverno. “Esse esforço que o Paraná faz é importante, porque há uma previsão de que este ano o clima seja mais seco, aumentando o risco de ocorrência de incêndios florestais. Vivemos um período já conhecido como Antropocêntrico, em que a ação do homem determina mudanças no ambiente. Temos que aprender a gerenciar o impacto da ação humana para que as próximas gerações tenham uma vida melhor”, observou.

Neste ano, o IDR-Paraná passa a contar também com um conjunto de dados fornecidos pela Nasa, em tempo real, que mostram o risco de incêndios no Estado. Esses dados devem contribuir para elaborar ações de prevenção mais eficientes e ficarão disponíveis no site do Instituto. O IDR-Paraná também é alimentado por previsões do Simepar.

Aílson Loper, diretor-executivo da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), que organiza a campanha, lembrou que os prejuízos dos incêndios não se limitam às áreas florestais. “O fogo degrada o solo, diminui a produtividade, chega às cidades e causa diversas doenças respiratórias entre a população. Nosso objetivo é levar informação, cada vez mais longe, para proteger a população e a natureza”, afirmou.

Loper acrescentou, ainda, que há cerca de dois anos vem sendo feito um trabalho de prevenção mais intenso nas áreas vizinhas das florestas, estabelecendo parcerias e uma rede de informações sobre o risco de incêndios. “É preciso avisar os vizinhos para que um foco não se transforme em um sinistro maior, além de alertar sobre os prejuízos dos incêndios”, destacou.

O subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, coronel Antonio Geraldo Hiller Lino, informou que, entre 2019 e 2023, foram registrados mais de 50 mil atendimentos no Paraná. Segundo ele, o maior número de ocorrências é registrado nas regiões Norte, Noroeste e Central. “Muitas vezes, o fogo é usado em alguma prática na propriedade, mas foge do controle. Há também os casos de restos de fogo em acampamentos, que dão início a um incêndio”, ressaltou. “De cada dez incêndios florestais, nove são causados pela ação humana”.

CAMPANHA – A campanha é uma ação da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMCI), Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Embrapa Florestas, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-PR), Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef), Ibama/Prevfogo, Instituto Água e Terra (IAT), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), Rede Nacional de Brigadas Voluntárias (RNBV), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Paraná, Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) e Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Para saber mais sobre o trabalho acesse: www.paranacontraincendioflorestal.com.

Foto: IDR

Aviso de pauta: Lançamento da Campanha Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais 2024

Incêndio florestal é todo o fogo que se propaga livremente, respondendo às variações do ambiente. A cada 10 incêndios florestais, 9 são causados pelo ser humano. As consequências são mais numerosas e graves do que se imagina, e eles representam um grande desafio e uma ameaça ao meio ambiente, à agricultura, ao setor florestal e à população. Para atuar na conscientização e evitar que problemas mais graves aconteçam, a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) vai lançar, em parceria com diversos órgãos e instituições do estado, a campanha de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais 2024. O evento acontece nesta terça-feira, 04 de junho, às 08h30, no Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná). O secretário da Agricultura, Natalino Avance De Souza, e representantes das entidades participantes já confirmaram presença.

De acordo com o corpo de bombeiros, em 2023, foram identificados 5.597 incêndios durante todo o ano no estado. Até maio de 2024, já foram identificados 3.685 focos de incêndios. Como existe a previsão de influência da La Ninha para o próximo inverno, os índices deste ano tendem a ser ainda maiores.

Na estação mais fria do ano, os riscos aumentam, já que a vegetação seca, a baixa umidade do ar e a estiagem facilitam a propagação das chamas. Por isso, a campanha vai trazer novamente materiais gráficos, digitais e audiovisuais para disseminar a informação e conscientizar as pessoas, apontando os danos causados por um incêndio florestal, quais ações podem provocar um evento e o que fazer ao avistar um foco. Neste ano, o slogan escolhido foi “Unidos na prevenção aos incêndios florestais – Somos guardiões da floresta”, para reforçar a mensagem que esse assunto é um problema de todos nós e, por isso, precisamos trabalhar em conjunto.

São duas grandes novidades este ano. A primeira é a chegada de uma nova mascote: a CURI, uma Curicaca vigilante do ecossistema que, como guardiã na natureza, vai ajudar a trazer dicas vitais sobre a prevenção aos incêndios florestais. Ela se junta a outros mascotes – Labareda, brigadista florestal do Ibama-Prevfogo; Quati João, do Corpo de Bombeiros Militar; e Mandinha, a abelha mandaçaia – para formar a Turma dos Guardiões da Floresta. E a segunda é a criação de uma cartilha educativa voltada a crianças e adolescentes, com o objetivo de investir também na conscientização desse público, para que eles ajudem sendo os “Guardiões da Floresta”.

Para saber mais sobre o trabalho, acesse www.paranacontraincendioflorestal.com

Esta é uma campanha de Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMCI), Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Embrapa Florestas, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-PR), Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef), Ibama/Prevfogo, Instituto Água e Terra (IAT), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), Rede Nacional de Brigadas Voluntárias (RNBV), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (SEAB), Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Paraná (SEDEST), Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) e Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Serviço
Lançamento da Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais 2024
Data: 04 de junho de 2024
Horário: 08h30
Local: R. da Bandeira, 500, bairro Cabral – Curitiba (PR) Mais informações: APRE – (41) 4042-7572 | apreflorestas@apreflorestas.com.br