Setor florestal paranaense terá mapeamento detalhado das áreas plantadas do Estado

Em breve, a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) vai lançar a terceira edição do estudo setorial. Este ano, o mapeamento das áreas plantadas está sendo realizado pela startup Canopy Remote Sensing Solutions, uma empresa que combina ciência e tecnologia de sensoriamento remoto (satélites, aviões ou drones) para entregar soluções inovadoras em mapeamento, inventário e monitoramento florestal. Assim, o Estudo Setorial APRE 2022 trará o mais recente levantamento com imagens de satélite, com alta precisão e caracterização das florestas plantadas no Estado.

“Esse será o estudo mais detalhado já realizado no setor florestal paranaense. E o mais interessante é que Canopy está levantando dados em todo o território nacional, então a precisão de informações será excelente não só para o Paraná, mas para o Brasil todo. Conseguiremos ter um mapeamento real e seguro da área ocupada pela silvicultura”, destaca Zaid Ahmad Nasser, presidente da APRE.

Segundo Fabio Gonçalves, cofundador e CEO da Canopy, a empresa realizou um levantamento inédito das florestas plantadas no país, incluindo mapeamento detalhado em escala de talhão; identificação do gênero plantado; determinação da data de plantio; estimativas da produtividade e do estoque de madeira; e informações de solo, clima, relevo e outras bases de interesse. As imagens obtidas trazem dados de áreas com a partir de 0,25 hectare cultivado, mostrando expansão ou retração da base. Tudo isso, na avalição do CEO, é estratégico para a tomada de decisões.

“O Plano Nacional de Florestas Plantadas estabeleceu como meta ampliar a área de produção em dois milhões de hectares até 2030 (cerca 20%). A missão que abraçamos na Canopy é a de usar o estado da arte em geotecnologias para entregar não só um raio-x completo das áreas de floresta cultivada no Paraná e no Brasil, mas um sistema de suporte à decisão florestal, com informações sistemáticas, precisas e atualizadas para apoiar a formulação de políticas públicas e o desenvolvimento do setor”, afirma Fabio Gonçalves.

O mapeamento está na última fase e, nos próximos dias, a Canopy entregará o relatório final. Os dados serão divulgados nacionalmente pela Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ) e, regionalmente, pelas Associações, como a APRE. Depois, as informações serão atualizadas continuamente e disponibilizadas na plataforma Canopy Insight, um sistema de inteligência florestal, que possibilita ao usuário explorar mapas, gráficos e estatísticas de florestas plantadas em qualquer área e escala de interesse.

Foto: Banco de imagens APRE – Zig Kock

9º Workshop Embrapa Florestas/APRE: palestras de abertura destacam o perfil multiprodutos do setor florestal paranaense

O setor florestal paranaense tem vivido um bom momento, com a demanda por madeira crescendo nos últimos anos. E, para dar conta desse aumento da procura, é preciso apostar em produtividade florestal para oferecer ao mercado uma matéria-prima com ainda mais qualidade. Para estimular o debate acerca do assunto, a Embrapa Florestas e a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) organizaram a nona edição de seu tradicional workshop. O evento começou na manhã desta quarta-feira, 03 de agosto, em Colombo (PR), com o painel “Setor florestal: posicionamento e geopolíticas”, e segue até quinta-feira (04).   

Para a abertura, foram convidados o chefe-geral da Embrapa Florestas, Erich Schaitza, e o presidente da Apre, Zaid Ahmad Nasser, para falarem sobre o perfil multi-institucional do setor florestal paranaense. Ao dar as boas-vindas aos participantes, Schaitza lembrou que o Workshop Embrapa Florestas/APRE retornou ao modelo presencial depois de dois anos e reforçou que a troca de experiências é uma excelente oportunidade. Segundo ele, o futuro é incerto, mas tudo o que o setor planta hoje vai definir o futuro para os próximos anos. “Temos que oferecer bons empregos, ter gente feliz trabalhando. Mas só vamos conseguir isso se houver um consórcio entre todos nós do segmento florestal – empresas, ciência e tecnologia, academia, sociedade. É assim que conseguiremos entregar produtos que realmente façam diferença”, adiantou.

De acordo com o chefe-geral da Embrapa Florestas, o Paraná tem uma cadeia produtiva diversificada, assim como Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Por conta desse perfil “multimercado”, pesquisadores da Embrapa, em parceria com a APRE, conduziram um estudo para facilitar o acesso e a análise de dados e informações do setor de forma regionalizada. O trabalho está na fase final e deve ser lançado em breve.

Além dessa diversidade, Schaitza também aproveitou o encontro para citar algumas áreas que podem gerar novos produtos e que merecem atenção do segmento:

– Sanidade – segundo ele, o setor florestal tem um amplo conhecimento nessa área. Diversas pragas que surgiram, como a vespa-da-madeira, já estão controladas, justamente pelo trabalho em conjunto entre a iniciativa privada e os centros de pesquisa. “Somos experts nesse assunto, devemos oferecer consultoria em sanidade vegetal, montar uma indústria para isso”, citou.

– Conservação – “quando falamos que o Paraná tem x empresas florestas, x hectares de florestas, podemos transformar esses ativos em informações para trazer um reconhecimento ainda maior para o setor. Até 2050, poderíamos ter projetos interessantes para ajudar outros estados”, lembrou.

– Carbono – de acordo com o chefe-geral da Embrapa Florestas, o mundo todo está falando sobre o mercado de carbono, mas, para avançar nesse tema, é preciso haver métrica do que existe e de como isso será disponibilizado. “Pode ser um mercado financeiro, em que vamos vender crédito de carbono, ou pode ser mercado de imagem. Mas isso só vai seguir se tivermos métricas claras de como estamos hoje, de como vamos em frente na prática. Precisamos pensar na forma que nos organizaremos nesse assunto, para podermos negociar alguma coisa depois, independentemente se será no mercado formal ou no mercado voluntário. Sem isso, não vamos conseguir avançar”, afirmou.

– “Velhos” produtos – Schaitza reforçou que o setor florestal é excelente em diversas áreas, mas não pode deixar de trabalhar para melhorar ainda mais a qualidade dos “velhos” produtos. “Qualidade da madeira tem que ser o nosso foco. Melhorar um recurso leva anos, mas, com tecnologia, genética, pesquisa, podemos encurtar período”, garantiu.

– Novos produtos – o mercado florestal diversificado tem espaço para novos produtos, segundo ele. Diversos materiais têm surgido, como madeira engenheirada, química de celulose ou lignina e muito mais. Portanto, ele sugeriu que o setor aposte nesses produtos. “Um produto interessantíssimo é casca, por exemplo. Todo mundo tem casca, mas, hoje, ela é vendida apenas como energia”, salientou.

Para fechar a apresentação, Erich Schaitza afirmou que o setor florestal tem inúmeras possibilidades e que é preciso olhar para tudo isso para aproveitar as oportunidades. Além disso, ele confirmou que o aumento da demanda por madeira também vem de um potencial gerado por novos tempos. Por isso, essa discussão é bastante atual e relevante. “Precisamos pensar em expansão, em novos produtos, em tecnologia para evoluir”, concluiu.

Em seguida, foi a vez de Zaid Ahmad Nasser, presidente da APRE, falar sobre o setor florestal paranaense sob a perspectiva das empresas. Na avaliação dele, um evento como o workshop, que reúne empresários, profissionais, pesquisadores, professores e estudantes, mostra a preocupação do segmento com a qualidade. E tudo isso reflete em produtividade, melhoria de processos e aumento da oferta de produtos.

“No relatório preliminar do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Paraná, vimos que o setor florestal avançou significativamente, com valorização de 41% em relação ao ano anterior. Com esse número, percebemos quão necessário e importante é o segmento florestal dentro do estado para o desenvolvimento. As empresas florestais conseguem desenvolver não somente o operacional, mas também a questão social dentro da região em que estão inseridas”, avaliou.

Com relação ao mercado, Nasser afirmou que os preços tendem a continuar crescendo nos próximos trimestres, seguindo o aumento da demanda. A diversidade de produtos do setor florestal paranaense é algo que chama a atenção, principalmente para novos investimentos.  Para ele, o Paraná é destaque em desenvolvimento, e a forma como o setor dirige a cadeia produtiva faz com que ele seja atraente tanto para a indústria exportadora de produtos acabados como para os investimentos na produção florestal.

“Temos diferentes plantios, com idades de 7 a 28 anos. Essa possibilidade de diversificar traz ainda mais segurança aos fundos de investimentos. Durante os dois últimos anos, com o coronavírus, comprovamos a nossa capacidade de se adequar a qualquer tipo de crise. Conseguimos converter, reverter, manter e expandir o mercado durante a pandemia. Novos investimentos foram anunciados nos últimos meses. Investir em expansão significa que há mapeamento e segurança de que teremos disponibilidade de madeira. Então, se estamos tendo expansão, é porque a disponibilidade existe”, disse.

Para o futuro, o presidente da APRE reforçou que é preciso olhar para a bioeconomia, pois o consumidor final está cada vez mais buscando a sustentabilidade, e isso é um grande estímulo para o setor.

“São novas oportunidades. O reconhecimento mundial da sociedade, do consumidor na ponta, de que a atividade florestal é sustentável foi o que sempre buscamos, e é o que está acontecendo agora. Precisamos aproveitar esse cenário, estimular as mudanças necessárias e urgentes, começando com a substituição de produtos fósseis por produtos provenientes das florestas plantadas. Temos, ainda, o mercado de carbono, como o Erich bem lembrou. Faltam fórmulas e metodologias de como apresentar essa informação, para trazer segurança jurídica, clareza e transparência. Mas é um mercado extremamente forte em todo o mundo, e o Brasil vai ter grande destaque, convertendo em serviços ambientais. Podemos gerar crédito e colocar o país na ponta nesse assunto”, declarou.

Por fim, Zaid Ahmad Nasser reforçou que o setor florestal está em expansão, com um cenário promissor e, ao mesmo tempo, desafiador.

“Na APRE, sempre citamos que o setor é o protagonista da bioeconomia. Por isso, precisamos assumir esse protagonismo, porque sabemos que temos potencial para fazer a diferença. Um evento como o workshop Embrapa Florestas/APRE é um excelente espaço para esse debate e para que o setor possa seguir nesse caminho, tornando o estado ainda mais florestal”, completou.

O 9º Workshop é uma realização da APRE e da Embrapa Florestas, com patrocínio de Becomex, Lavoro/Florestal, Remsoft e Trimble; e apoio de Abimci, Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR), Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Sistema Fiep, Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef), Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Unicentro Paraná e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Foto: Vitoria Furlan

9º Workshop Embrapa Florestas/APRE vai discutir produtividade florestal

Nesta semana, dias 03 e 04 de agosto, acontece a nona edição do Workshop Embrapa Florestas/APRE, um dos mais tradicionais eventos do setor florestal. Neste ano, o tema principal será “Produtividade florestal: como produzir mais para suprir a demanda crescente por madeira”. As inscrições seguem abertas até o dia 01 de agosto, pelo site www.https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg.com.br.

Para o presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Zaid Ahmad Nasser, o assunto é bastante atual e importante. Ele lembra que o Paraná teve um avanço significativo no relatório preliminar do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Estado, alcançando 41% de valorização e chegando a R$ 6 bilhões. Esse é, segundo ele, um indício de que o consumo de madeira aumentou. Portanto, com o crescimento da demanda, que reflete também em novos investimentos, o foco na produtividade é o caminho para responder a esse cenário.

“O Brasil é líder em produtividade florestal. O Paraná também é referência. No pinus, por exemplo, estamos 10% acima da média nacional. Isso acontece graças aos investimentos dos setores público e privado em pesquisa e tecnologia, que trazem inúmeros benefícios, como avanço no melhoramento genético e no incremento de volume anual. Esse evento reforça a importância dessa parceria público-privada e mostra o quanto nosso setor busca a melhoria contínua. Reunir especialistas, profissionais, professores, pesquisadores e estudantes para falar sobre essa tema é fundamental para que continuemos trabalhando com excelência e oferecendo ao mercado produtos com cada vez mais qualidade”, destaca.

Complementando a fala do presidente da APRE, Erich Schaitza, chefe-geral da Embrapa Florestas, explicou que o aumento da demanda por madeira também vem de um potencial gerado por novos tempos e que essa discussão é bastante atual e relevante.

“A madeira sustentável vai entrar grandemente na pauta da construção civil, pois é eficiente em termos de carbono. Além disso, nos últimos anos, o mercado internacional tem crescido. Devido ao valor do dólar frente ao real, está bom exportar e nossos preços são competitivos. Esse evento é uma oportunidade para discutirmos como está esse cenário e conhecer o que existe de mais atual sobre produtividade florestal. E, mais do que isso, uma chance ímpar de troca de experiências e networking entre os participantes”, afirma.

Programação

O 9º Workshop Embrapa Florestas/APRE será dividido em quatro painéis: Setor florestal – posicionamento e geopolíticas; Planejamento florestal – manejo avançado; Como produzir florestas para atender o mercado de toras; e As florestas e a indústria de transformação. No dia 03, às 09h, a abertura será com Erich Schaitza, chefe-geral da Embrapa Florestas, e Zaid Ahmad Nasser, presidente da APRE. Em seguida, Albino Ramos, da Confal/Grupo Index, vai falar sobre “Produção, escassez e mercados de madeira – uma visão de longo prazo”; e Alan Lessa, do Grupo Index, fará a palestra “Mercado de Pinus: desafios econômicos e ambientais”.

Durante a tarde do dia 03, estão programadas cinco palestras. Uma delas será “Gestão da inovação”, com Mario Sant’anna Jr, da MPR3 Consultoria. O palestrante adiantou que o objetivo é trazer a visão conceitual desse tema, não somente na área florestal, para mostrar que a inovação deve ser entendida como um processo para se manter adaptável às mudanças e transformações. “Um dos primeiros desafios das organizações é conseguir criar um portfólio estrategicamente equilibrado de iniciativas capazes de ampliar a sua oferta de valor e manter ou elevar sua competitividade”, destaca.

Além dessa palestra, o primeiro dia terá também os temas “Logística: o grande desafio no ordenamento das florestas plantadas”, com Julio Eduardo Arce, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR); “Contribuição ao acesso e a análise dos dados do setor florestal”, com José Mauro Moreira, pesquisador da Embrapa Florestas; “Manejo com as novas versões dos softwares da série Sis, SisILPF e Planin da Embrapa”, com Edilson de Oliveira, também pesquisador da Embrapa Florestas; e “Manejo florestal avançado com uso de tecnologias híbridas e unificadas”, com Maurício Tolfo, da Trimble Brasil.

No dia 04, a programação começa às 08h30, com a palestra de Ananda Virginia de Aguiar, pesquisadora da Embrapa Florestas/Funpinus, sobre “Avanços no melhoramento florestal de Pinus no Brasil”. Depois, Sérgio Ricardo Silva, também da Embrapa Florestas, fará a palestra “Adubação de Pinus – avanços mundiais”; Vanderlei Porfirio-da-Silva, da Embrapa Florestas, trabalhará o tema “Diversificação da produção e aumento da rentabilidade – sistemas ILPF”; e Rafael Malinovski, da Golden Forest, vai mostrar “Como ampliar o valor da produção florestal”.

À tarde, para fechar o evento, serão mais quatro palestras. Amantino Ramos de Freitas, presidente da Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS), será um dos palestrantes, falando sobre a “Contribuição para a história do Pinus no Brasil”. Ele cita que fará um contexto histórico, contando um pouco sobre a introdução do Pinus no Brasil e sobre como as duas principais madeiras existentes hoje, pinus e eucalipto, vieram substituir as nativas pinho-do-Paraná e peroba rosa. Depois, o palestrante vai destacar como está o mercado, as novidades e o aumento da demanda.

“Quero esclarecer aos participantes que temos condições privilegiadas para o crescimento de árvores para todas finalidades. Mas há de se ter critério para plantar florestas: material certo – sementes ou clones selecionados, em solos e regiões apropriados para cada espécie. Só poderemos colher o que plantarmos”, adianta.

Após a palestra do presidente da SBS, Renata Vicentim e Alexandre Furman, da Becomex e Deloitte Brasil, falarão sobre “Agro 5.0: estratégias disruptivas no setor florestal”; e Armando Giacomet, diretor da Braspine, palestrará sobre “Mercado mundial para madeira de florestas plantadas”.

Paulo Roberto Pupo, superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), ficará responsável por encerrar o evento, com a palestra “Mercado e tendências para madeira processada”. Durante a apresentação, Pupo vai destacar alguns números de suprimento e da produção de madeira processada para analisar o cenário.

“O Workshop organizado pela Apre e pela Embrapa Florestas já é tradicional e fundamental para o setor madeireiro e florestal, porque une a produção florestal com o mercado, abordando temas científicos e de produtividade florestal. Quero aproveitar esse encontro para trazer questionamentos sobre a nossa autossuficiência no que tange a madeira estrutural e algumas percepções de negócio, baseados no déficit habitacional brasileiro e nas oportunidades para o sistema wood frame”, antecipa.

O 9º Workshop é uma realização da APRE e da Embrapa Florestas, com patrocínio de Becomex, Lavoro/Florestal, Remsoft e Trimble; e apoio de Abimci, Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR), Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Sistema Fiep, Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef), Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Unicentro Paraná e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

Para mais informações e inscrições, acesse www.https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg.com.br/eventos.

Serviço

9º Workshop Embrapa Florestas/APRE

Data: 03 e 04 de agosto de 2022

Horário: 03 de agosto – 09h às 17h30 | 04 de agosto – 08h30 às 17h

Local: Sede da Embrapa Florestas – Estrada da Ribeira, km 111, s/n – Colombo/PR
Inscrições: R$ 300,00 para profissionais de empresas associadas à APRE; R$ 400,00 para profissionais de empresas ligadas a outras associações de base florestal; R$ 500,00 para profissionais de empresas não associadas; R$ 200,00 para professores e pesquisadores; e R$ 100,00 para estudantes.

Mais informações: https://https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg.com.br/evento/9o-workshop-embrapa-florestas-apre/

Lançamento: campanha orienta população sobre como evitar incêndios florestais

Com o slogan “Uma Floresta Segura Depende de Todos Nós”, foi lançada nesta terça-feira, 19, a Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais 2022. A campanha tem a intenção de alertar a população sobre o perigo e as consequências que um incêndio florestal traz para a natureza e também para as comunidades, bem como mostrar quais ações podem causar incêndios e o que fazer ao avistar um foco. O lançamento foi no IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater) e reuniu representantes das 14 entidades que assinam a campanha.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, de janeiro a agosto de 2021, os casos de incêndios florestais aumentaram 24% em comparação com o mesmo período de 2020. Além disso, 9 em cada 10 incêndios são provocados por irresponsabilidade humana. Essas ocorrências são mais comuns neste período de inverno, pois a vegetação mais seca, a baixa humidade do ar e a estiagem facilitam a propagação das chamas, principalmente nos dias após a ocorrência de geada.

Para o presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Zaid Ahmad Nasser, os incêndios florestais representam um grande desafio para o meio ambiente, para a população e para as empresas. Segundo ele, ao longo dos anos, a APRE e suas associadas já vinham fazendo diversas ações para se antecipar ao problema, diminuir os riscos e divulgar informações. Ele destaca o trabalho sólido dessas empresas florestais e cita que todas contam com programas de prevenção e combate a incêndios, que incluem torres, pessoas treinadas, brigadistas, veículos e caminhões, centenas de equipamentos e um importante canal de comunicação com a comunidade do entorno. Além disso, existe uma ampla rede de contatos entre elas para monitoramento, troca de informações, alertas etc. Com base nesses dados, a Apre atualiza, anualmente, as informações dos contatos e gera um mapa, que é compartilhado com as empresas.

Mas apesar de atuarem preventivamente, a crise hídrica agravou a situação, e um trabalho sobre hidrologia conduzido pela Associação apontou que as condições estavam cada vez mais perigosas para incêndios florestais. Foi aí que a entidade entendeu que precisava agir e fazer algo maior, para realmente alertar e conscientizar a população em geral, produtores rurais e empresas, e idealizou a campanha, em parceria com outras instituições.

“Tenho certeza que a união de conhecimento – vindo do governo do Estado, dos diversos órgãos, das entidades representativas e das empresas florestais – vai fortalecer as ações dessa grande campanha estadual de prevenção e combate a incêndios florestais. Esperamos que as informações que serão divulgadas a partir dos materiais possam conscientizar, prevenir e ajudar a proteger a natureza, a biodiversidade e a população”, declara.

Durante o evento de lançamento, o gerente de políticas públicas do IDR-Paraná, Amauri Ferreira, apresentou a campanha e falou sobre as ações planejadas. Ele reforçou, ainda, que, para 2022, há um esforço maior na orientação aos agricultores do Estado. “Precisamos chamar a atenção, também, para os incêndios ambientais que começam numa propriedade e podem tomar uma proporção muito maior. Ainda é cultura para alguns produtores rurais a utilização do fogo para renovação da pastagem e é necessário levar orientação sobre o risco que essa prática pode causar e apresentar opções mais sustentáveis que surtam o mesmo efeito”, afirma.

Para ampliar o alcance e fazer com que a informação chegue ao maior número de pessoas possível, a campanha conta com diversos materiais gráficos, digitais e audiovisuais.

É crime – Atear fogo para limpar a vegetação, jogar lixo na beira de rodovias, acender fogueiras perto das árvores, fumar próximo a plantações e soltar balões são algumas das ações que podem dar início aos incêndios e trazer consequências graves. O diretor-presidente do Instituto Água e Terra (IAT), José Volnei Bisognin, lembrou que quem provoca um incêndio florestal, mesmo que sem intenção, está cometendo um crime e pode ser penalizado com reclusão de dois a quatro anos e multa que varia entre R$ 5 mil e R$ 50 milhões, dependendo do número de hectares afetados pelo fogo e dos danos causados à fauna e à flora.

“O fogo é um agravante do crime de destruição de floresta. Uma queimada não atinge apenas a vegetação, mas todos os seres vivos que habitam aquele local. Portanto, alertas como este são fundamentais para que a população entenda que pequenas atitudes podem ser muito prejudiciais à biodiversidade”, disse ao relatar que o Paraná possui 30 mil hectares de reflorestamento.

Outra prática bastante preocupante, especialmente nesta época do ano, é a soltura de balões e a queima de lixo. Ambas são proibidas e configuram crimes, já que podem causar incêndios. Nesses casos, a pena pode chegar a quatro anos de prisão, além de multa. “Somos um órgão que fiscaliza, licencia, monitora, conserva e recupera. Temos uma ação forte na parte de conservação, com 22 planos de contingência elaborados, além de parcerias com instituições e voluntários para o combate aos incêndios florestais, com a compra de equipamentos, monitoramento das condições climáticas pelo Simepar, entre outras”, destacou Bisognin.

Nas Unidades de Conservação do Estado, são proibidas as práticas de fogueiras pelos frequentadores. Caminhões Pipa destinados aos municípios também reforçam a estrutura de combate a incêndios florestais, especialmente em municípios que não possuem Unidade própria do Corpo de Bombeiros.

O que fazer – Ao avistar um foco de incêndio, a orientação é de nunca tentar combater o fogo sozinho, pois realizar esse processo sem o treinamento adequado pode colocar a pessoa em perigo. A orientação é procurar um local seguro, avisar os vizinhos e acionar o Corpo de Bombeiros através do número 193.

Esta é uma campanha da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná), Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMCI), Defesa Civil, Embrapa Florestas, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef), Instituto Água e Terra (IAT, Rede Nacional de Brigadas Voluntárias (RNBV), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (SEAB), Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo do Paraná (SEDEST), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-PR), Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) e Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Saiba mais sobre a campanha em www.paranacontraincendioflorestal.com

Lançamento oficial – Campanha Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais 2022

Os incêndios florestais representam um grande desafio para o meio ambiente. De janeiro a agosto de 2021, os casos aumentaram 24% em comparação com o mesmo período de 2020. Além disso, segundo o Corpo de Bombeiro, 9 em cada 10 incêndios florestais são provocados por irresponsabilidade humana. Durante o inverno, como a vegetação seca, a baixa umidade do ar e a estiagem facilitam a propagação das chamas, o perigo é ainda maior. Por isso, a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) e diversos órgãos e instituições do Estado desenvolveram uma campanha de conscientização. O lançamento oficial acontece nesta terça-feira, 19 de julho, às 14h, no Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR). Além dos representantes das entidades participantes, já estão confirmados no evento o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, e o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo do Paraná, Everton Luiz da Costa Souza.

A Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais 2022 tem o objetivo de alertar a população sobre o perigo e as consequências que um incêndio florestal traz para a natureza e também para as comunidades, bem como mostrar quais ações podem causar incêndios e o que fazer ao avistar um foco. Para ampliar esse alcance e fazer com que a informação chegue ao maior número de pessoas possível, a campanha conta com diversos materiais gráficos, digitais e audiovisuais. Assim, será possível disseminar o slogan da campanha: “Uma floresta segura depende de todos nós”.

Saiba mais em www.paranacontraincendioflorestal.com. Esta é uma campanha da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMCI), Defesa Civil, Embrapa Florestas, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef), Instituto Água e Terra (IAT), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), Rede Nacional de Brigadas Voluntárias (RNBV), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (SEAB), Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo do Paraná (SEDEST), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-PR), Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) e Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Serviço

Lançamento da Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais 2022

Data: 19 de julho de 2022

Horário: 14h

Local: R. da Bandeira, 500, bairro Cabral – Curitiba (PR)

Mais informações: APRE – (41) 4042-7572 |https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg@https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg.com.br

Divulgada a data do 9º Workshop Embrapa Florestas/APRE

O 9º Workshop Embrapa Florestas/APRE, um dos mais tradicionais eventos do setor florestal, já tem data para acontecer. Nos dias 03 e 04 de agosto de 2022, o encontro retorna ao modelo presencial na sede da Embrapa Florestas, em Colombo (PR), para tratar do tema “Produtividade florestal: como produzir mais para suprir a demanda crescente por madeira”. As inscrições já estão abertas e custam R$ 300,00 para profissionais de empresas associadas à APRE; R$ 400,00 para profissionais de empresas ligadas a outras associações de base florestal; R$ 500,00 para profissionais de empresas não associadas; R$ 200,00 para professores e pesquisadores; e R$ 100,00 para estudantes.

O evento, que vai reunir especialistas, profissionais, professores, pesquisadores e estudantes, será dividido em quatro painéis: O setor florestal – posicionamento e geopolíticas; Planejamento florestal – manejo avançado; Como produzir florestas para atender ao mercado de toras; e As florestas e a indústria de transformação.

A abertura está marcada para as 09h do dia 03, com as apresentações de Erich Schaitza, chefe-geral da Embrapa Florestas, e Zaid Ahmad Nasser, presidente da APRE. Em seguida, Albino Ramos, da Confal/Grupo Index, vai falar sobre “Produção, escassez e mercados de madeira – uma visão de longo praz”. Ainda pela manhã, a programação terá a palestra “Silvicultura do Pinus – desafios geopolíticos, ambientais e econômicos”. Durante a tarde do dia 03, estão previstas mais quatro palestras: “Gestão da inovação”, com Mario Sant’anna Jr, da MPR3 Consultoria; “Logística: o grande desafio no ordenamento das florestas plantadas”, com Julio Eduardo Arce, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR); “Contribuição ao acesso e a análise dos dados do setor florestal, com José Mauro Moreira, pesquisador da Embrapa Florestas; e “Manejo com as novas versões dos softwares da série Sis, SisILPF e Planin da Embrapa”, com Edilson de Oliveira, também pesquisador da Embrapa Florestas.

No dia 04, a programação começa às 08h30, com a palestra de Carlos França, da ArborGen, falando sobre “O uso de material genético de alta qualidade na produção de mudas de pinus”. Depois, Ananda Virginia de Aguiar, pesquisadora da Embrapa Florestas, vai debater os “Avanços no melhoramento florestal de Pinus no Brasil; Sérgio Ricardo Silva, também da Embrapa Florestas, fará a palestra “Adubação de Pinus – avanços mundiais”; Vanderlei Porfirio da Silva, da Embrapa Florestas, trabalhará o tema “Diversificação da produção e aumento da rentabilidade – sistemas ILPF”; e Rafael Malinovski, da Golden Forest, vai mostrar “Como ampliar o valor da produção florestal”.

À tarde, para fechar o evento, mais quatro palestras estão programadas: “Contribuição para a história do Pinus no Brasil”, com Amantino Ramos de Freitas, da Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS); “Evolução, tendências e mercado de toras para madeira sólida”, com Álvaro Luiz Scheffer, diretor da Águia Florestal; “Mercado mundial para madeira de florestas plantadas”, com Armando Giacomet, diretor da Braspine; e “Novos nichos de mercado”, com Paulo Roberto Pupo, superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci).

Para mais informações e inscrições, acesse www.https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg.com.br/eventos.

Serviço

9º Workshop Embrapa Florestas/APRE

Data: 03 e 04 de agosto de 2022

Horário: 03 de agosto – 09h às 17h30 | 04 de agosto – 08h30 às 17h

Local: Sede da Embrapa Florestas – Estrada da Ribeira, km 111, s/n – Colombo/PR

Tema: Produtividade florestal – como produzir mais para suprir a demanda crescente por madeira

Informações: https://https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg.com.br/evento/9o-workshop-embrapa-florestas-apre/

Senado aprova projeto que exclui a silvicultura da lista de atividades poluidoras

O Senado aprovou ontem, 18 de maio, o Projeto de Lei n° 214, de 2015, de autoria do senador Alvaro Dias, que exclui a silvicultura da lista de atividades potencialmente poluidoras. Vale ressaltar que entende-se por silvicultura o cultivo de florestas para extração de matérias-primas. Agora, a proposta segue para a análise da Câmara dos Deputados.  

Durante a reunião da CMA, o senador Alvaro Dias reforçou que a atividade é benéfica ao meio ambiente e gera renda e emprego aos brasileiros. Segundo ele, manter a silvicultura no rol de atividades potencialmente poluidoras atravanca o desenvolvimento econômico e impede a aceleração da atividade. “E obviamente isso significa perder empregos, renda, receita pública. Além do que, a preservação ambiental é essencial também nesse plantio de florestas. O Paraná é um estado que pode ser citado como exemplo. Mas os estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul se destacam como detentores de 80,1% da área total de plantio florestais. O estado do Paraná, por exemplo, lidera o ranking de área plantada de pinus, como 39,7% da área total. Seguido por Santa Catarina, que possui 34,5% de um total de 1.562.783 hectares de plantios florestais de pinos no Brasil”, pontuou o senador. 

Para o presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Zaid Ahmad Nasser, essa era uma pauta antiga do setor e um tema que trazia muita preocupação. Segundo ele, o setor de florestas plantadas movimenta, anualmente, o comércio e os serviços locais dos municípios onde estão instalados os plantios, bem como as indústrias e toda a cadeia de suprimentos que fazem desta uma das atividades de grande contribuição para a transformação social e econômica de diferentes regiões do Estado do Paraná. Além disso, as empresas do setor estão atentas à agenda mundial de sustentabilidade e a cadeia de florestas cultivadas tem sido uma das agentes fundamentais quando o assunto é conservação no Brasil.

“No Paraná, por exemplo, somente com as associadas à Apre, destacamos que para cada hectare de floresta plantada, existe mais um hectare de floresta nativa destinada à conservação. Porém, mesmo importante para a economia do Estado e do Brasil, o setor enfrenta, hoje, muitas burocracias para realizar a atividade, assim como o fato de a silvicultura estar incluída no rol de atividades potencialmente poluidoras, dificuldades que acabam travando o crescimento do segmento como um todo. Por isso, a aprovação do projeto de Lei 214 na Comissão de Meio Ambiente é uma grande vitória, notícia muito comemorada pelo setor de base florestal paranaense. Agradecemos o empenho do senador Álvaro Dias e o apoio dos senadores Flávio Arns e Oriovisto Guimarães”, completou.  

Simpósio vai discutir construção sustentável no Brasil

Nos dias 10 e 11 de maio, a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) vai realizar o 6º Simpósio Madeira & Construção, com o tema “Construções sustentáveis com madeira de floresta plantada”. O objetivo é fomentar o uso da madeira na construção civil, quebrar mitos e divulgar inovações tecnológicas da madeira processada e industrializada. A novidade dessa edição é que ela será on-line, para ampliar o alcance e fazer com que mais pessoas possam participar. As inscrições estão abertas, nos valores de R$ 200,00 para profissionais de empresas associadas à APRE; R$ 300,00 para profissionais de empresas ligadas a outras associações de base florestal; R$ 400,00 para profissionais de empresas não associadas; R$ 100,00 para professores e pesquisadores; e R$ 80,00 para estudantes.

Para Ailson Loper, diretor executivo da Apre, o mundo está buscando cada vez mais produtos sustentáveis, que tragam menos impacto ao meio ambiente, e a madeira é uma excelente opção para isso, inclusive para a construção civil. Porém, no Brasil, segundo ele, ainda existem barreiras para ampliar esse uso, principalmente a falta de informação, e o evento é um importante espaço para esse debate.

“Nosso objetivo é unir, em um mesmo ambiente, todos os atores da cadeia produtiva da construção com madeira para falar sobre os benefícios em termos de desenvolvimento de métodos, técnicas e produtos aplicados à madeira no setor construtivo. O Simpósio vai apresentar o que existe de mais inovador e moderno e o que está sendo utilizado no Brasil com relação à madeira, que é considerada a matéria-prima do futuro”, afirma Loper.

Segundo o diretor executivo da Apre, ao longo dos anos, a organização do evento sempre se questionou se o mundo inteiro está errado em construir com madeira ou se o Brasil precisa trabalhar para popularizar esse material. Para ele, olhando para o mercado, existe um longo caminho a seguir nesse tema.

“A pergunta que procuramos responder é: por que a madeira, conhecida pelos franceses como biomaterial, não é integrante da nossa cultura construtiva? Os imigrantes trouxeram essa cultura, precisamos resgatar isso. A cada evento, encontramos mais e mais pessoas interessadas, e percebemos que o tema está cada vez mais em alta dentro da academia. Precisamos utilizar mais esse material fantástico, que é usado em larga escala no mundo inteiro, e que é excelente para o contexto ambiental que estamos vivendo. Precisamos trocar informações sobre o tema e estimular a troca de ideias”, declara.

Para Ângela do Valle, professora do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), coordenadora do Grupo Interdisciplinar de Estudos da Madeira e atual presidente do Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira (Ibramem), a construção civil é um dos setores que mais gera desperdício e resíduos no Brasil. De acordo com ela, é preciso urgentemente rever a forma como se constrói no país, para que sejam usados mais materiais renováveis, que reduzam o impacto ambiental. “A madeira, em especial a de floresta plantada, é um material que se presta muito bem para esse uso. Se soubermos a aplicação adequada do material, para a madeira na construção, teremos edificações duráveis, que colaboram para a sustentabilidade ambiental”, reforça.

Programação

Na programação, renomados palestrantes, os maiores especialistas sobre o tema no país, vão falar sobre o cenário, as oportunidades e o futuro da construção sustentável no Brasil e no mundo. O evento terá três painéis principais. O primeiro, que vai acontecer no dia 10, das 08h30 às 12h, discutirá o tema “Da floresta à construção com madeira”, com palestras de Alan Dias, da A Carpinteria, sobre “Grandes obras de madeira/design”; Álvaro Scheffer, da Águia Florestal, sobre “Florestas plantadas: o manejo para produção de toras para diversos mercados”; Guilherme Stamato, da Stamade Projetos e Consultoria em Estruturas de madeira, sobre “A indústria de construção civil com madeira: a qualidade da madeira que precisamos (novas normas e especificações)”; e Patrick Reydams, da Urbem – Amata Brasil, sobre “Produção de madeira engenheirada.

Ainda no dia 10, das 14h às 17h, acontece o segundo painel, com o tema “Ensino, pesquisa e divulgação do uso da madeira”. Os palestrantes serão Janice Bernardo da Silva, professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), falando sobre “Histórico do uso da madeira no tempo”; Ângela do Valle, presidente do Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira (Ibramem), abordando o trabalho do Instituto para “Difusão de conhecimento e desenvolvimento de boas práticas da construção com madeira”; Christine Laroca e Isabel Maria de Melo Borba, professoras da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), com o tema “Universidades: o ensino e a grade curricular em relação à madeira para construção”; e Marcelo Aflalo, do Núcleo da Madeira, que vai destacar “O uso intensivo da madeira: como ligar todos os elos envolvidos na construção sustentável”.

Já no dia 11, a programação vai acontecer somente pela manhã, das 08h30 às 11h30, com o terceiro e último painel do evento, que vai tratar das “Novas tecnologias e projetos com madeira na construção civil”. Everaldo Pletz, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), trabalhará o tema “Novas tecnologias e projetos com madeira na construção civil”; João Arlei Eckert, da Pisossul, falará sobre “Novas tecnologias na construção civil”; Bibiane Barp Duarte, da Ekomposit, fará a palestra “Madeira engenheirada a partir de lâminas e seus compósitos”; Ettore Giacomet Basile, da Millpar, fará uma apresentação institucional da empresa; e, por fim, Franco Piva vai destacar “Estrutura de madeira pelo mundo”

Vale destacar que todos os painéis terão espaço para debate entre os participantes e os palestrantes. O Simpósio vai reunir profissionais de empresas florestais, de empresas de serviços e negócios, pesquisadores e estudantes, sendo o encontro uma excelente oportunidade de networking entre os participantes.

O 6º Simpósio Madeira & Construção é uma realização da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), com apoio da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira (Ibramem), Núcleo da Madeira, Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Unila, Carpinteria, Stamade e Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR); e patrocínio da Urbem.

Mais informações e inscrições pelo site da Apre – www.https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg.com.br/eventos.

Serviço
6º Simpósio Madeira & Construção
Data: 10 e 11 de maio de 2022
Transmissão: Ao vivo, pela plataforma Zoom
Informações: https://https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg.com.br/evento/6-simposio-madeira-construcao/
Inscrições: https://forms.gle/qGMmRPqqGgfndQGk6

Apre anuncia novo presidente para biênio 2022-2023

A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) terá um novo conselho diretor para o biênio 2022-2023, com o engenheiro florestal Zaid Ahmad Nasser, da KAA Empreendimentos, empresa do grupo The Forest Company, como presidente. Profissional com mais de 15 anos de experiência no setor, Nasser é formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR); pós-graduado em Engenharia e Segurança do Trabalho e Engenharia de Logística; e possui MBA em Gestão Estratégica de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para ele, estar à frente de uma associação atuante como a Apre é motivo de orgulho, e ele pretende dar continuidade ao trabalho realizado até aqui, pois, nos últimos anos, a Associação vem atuando com excelência, trazendo uma grande visibilidade para o setor florestal não só perante as empresas e os órgãos envolvidos, mas também com a sociedade.

“Agora, precisamos manter e aprimorar essa comunicação, para que vejam o setor florestal com bons olhos, como ele deve ser visto. Também acredito que seja importante discutir as reformas de interesse do segmento, como a tributária, por exemplo, e pensar em ações que ajudem a reduzir os trâmites necessários para realizarmos a atividade florestal. Precisamos fazer o que estiver ao nosso alcance para desenvolver o setor florestal e colocá-lo no escopo de ações do Estado, pela importância que representa para a economia do Paraná”, garante.  

Na avaliação de Zaid Nasser, os próximos anos serão de oportunidades para o segmento florestal, por conta dos altos investimentos que estão previstos na área industrial, novas plantas e inovação dentro das empresas. Para ele, o setor florestal brasileiro tem diferentes polos que atendem à demanda de inúmeros setores, e os investimentos das atuais empresas e de fundos que querem atuar no Brasil mostram uma boa perspectiva.

“Se há investimento, isso significa que, em longo prazo, temos um cenário promissor e positivo. No Paraná, que tem uma diversidade enorme de produtos vindos das florestas plantadas, a expectativa é ainda melhor. Acredito também que temos espaço para aumentar nosso poder de exportação, pois, hoje, temos mercados já consolidados, como Estados Unidos, México e China, mas podemos atuar em novas frentes, em outros países, e aumentar a visibilidade do setor florestal paranaense. É um mercado em expansão. Abrir esse leque de países que possam absorver nossos produtos sem dúvida é uma visão muito positiva que podemos trabalhar dentro da associação”, revela.

Ainda de acordo com o presidente da Apre, a expectativa de boas oportunidades se justifica pela percepção que outras nações têm do Brasil, visto como o país com as melhores produtividades em termos de crescimento dos plantios florestais.

“Temos boas condições para ter uma alta produtividade, tanto para eucalipto como para pinus. Aqui no Paraná, estamos acima da média brasileira. Isso tudo mostra a outros países uma oportunidade de parceria, e os grandes investimentos em novas plantas são justamente reflexo dessa visão positiva que o mercado tem com relação ao setor. Também somos inovadores na parte de ciência e tecnologia, desenvolvimento genético, e tudo isso faz com que o Brasil se destaque como um grande produtor florestal”, afirma.

Outro ponto citado por Nasser que chama a atenção para o setor florestal é com relação à sustentabilidade. Segundo ele, as plantações florestais tiram a pressão das florestas nativas. Portanto, quanto maior for o investimento nesse setor, mais os investidores, o poder público, as empresas e a sociedade estão ajudando a diminuir a pressão sobre as florestas nativas. “Os últimos dados da Apre mostram que, dentre as empresas associadas, para cada um hectare de floresta plantada, há quase um hectare de preservação de nativa. Então, utilizar florestas plantadas para uso comercial é uma excelente alternativa”, complementa.

Porém, apesar do cenário promissor, o presidente da Apre lembra que também existem desafios e obstáculos. Um dos pontos que merece atenção é a questão tributária, indicada por Nasser como a “chave para o desenvolvimento do setor florestal, assim como de qualquer outro setor. Reformas administrativa e tributária são o caminho, assim como segurança jurídica também”.

Além disso, ele citou que o aumento dos custos de produção, que faz os preços subirem, seguirá como uma grande discussão em 2022, e a burocracia que envolve a atividade florestal também continuará sendo um obstáculo.

“Somente com o relatório lançado pela Apre no ano passado – O impacto dos trâmites administrativos no setor florestal do paraná – é que conseguimos ter ideia da dimensão dos entraves para a atividade florestal. Esse desembaraço realmente é necessário, e a comunicação com a sociedade é importante para ajudar nisso, para que entendam a grande dificuldade que temos. Outro ponto importante também é reforçar o entendimento do que são as florestas plantadas, pois nós, do setor, sabemos dos inúmeros benefícios, mas as pessoas que não são da área presumem que é somente ‘corte de árvores’. E não é isso. Nós produzimos florestas plantadas específicas para uso comercial. O aumento do consumo de papel e embalagens e demais insumos para diferentes setores, que são provenientes desses plantios, durante a pandemia mostrou a importância desse setor, que produz madeira para os diversos fins. Então, esse tipo de debate deve ser reforçado, para alcançar o público que desconhece os benefícios das florestas plantadas”, diz.

Associativismo

A Apre é uma instituição que há mais de cinco décadas congrega as empresas da cadeia produtiva de florestas plantadas do Estado do Paraná. Hoje, o quadro de associados conta com 47 empresas – 34 com floresta e as demais ligadas à cadeia produtiva do setor florestal -, e os associados representam aproximadamente 50% da área plantada com floresta do Estado do Paraná. A Associação reúne também 11 instituições de ensino e pesquisa, o que reforça a preocupação da entidade com qualidade, produtividade e melhores práticas, além de conferir à Apre representatividade e embasamento técnico para o desenvolvimento das ações.

Com base nisso, o novo presidente da Associação vê que o grande impacto do trabalho da entidade é justamente reunir diversos atores e, dentro de um único escopo, buscar as melhorias que o setor precisa. Por isso a importância do associativismo.

“O Paraná é um Estado com grande diversidade, e reunir isso dentro de uma associação certamente traz muita força para alcançar avanços nas áreas de silvicultura, colheita e industrial, em pontos como infraestrutura, melhoria da malha viária e logística, entre outros. O trabalho da Apre é encontrar soluções para potencializar a atividade, seja por meio de incentivos políticos, financeiros ou jurídicos. Quando uma associação fala em nome de muitos, quando há uma entidade representando todas as empresas, aumentam as chances de sermos ouvidos. E quanto mais envolvidos tivermos, mais conseguiremos defender de forma ativa e coletiva os direitos e interesses dos associados e de todo o setor florestal”, completa.

Workshop Apre/Embrapa Florestas vai discutir a busca por novos negócios no setor florestal

Começa amanhã o 8º Workshop Embrapa Florestas/Apre. Nos dias 10 e 11 de agosto, das 14h às 18h, o encontro vai reunir renomados palestrantes para tratar do tema central “Florestas plantadas: a busca por novos negócios”. Assim como no ano passado, para garantir a segurança dos participantes por conta da pandemia, o tradicional evento será transmitido pela internet. A abertura oficial está marcada para as 10h30, com as boas-vindas de Erich Schaitza, chefe-geral da Embrapa Florestas, e Álvaro Scheffer Junior, presidente da Apre, falando sobre o perfil multi-instituicional do setor florestal paranaense. Em seguida, Paulo Hartung, presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), fará a palestra magna, com o tema “Expansão de mercados de produtos florestais”.

Na programação, logo após o painel institucional, ainda no dia 10, acontece o painel “Gestão & negócios”, que será moderado pela pesquisadora Edina Moresco. Os temas serão “Mercado de madeira: contexto e tendências”, com Jefferson Bueno Mendes, da BM2C Consultoria; “Manejo para redução do risco no negócio florestal”, com Mario Dobner Jr., da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); “A madeira como material de construção: percepções e expectativas do mercado”, com Paulo Roberto Pupo, da Associação Brasileira de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci); “A Indústria do desdobro”, com Álvaro Luiz Scheffer, da Águia Florestal; e “Case Urbem – Madeira Estrutural”, com Patrick Reydansda AMATA Urbem.

No dia 11, o painel “Além da madeira”, que será moderado pelo pesquisador Edilson Oliveira, vai trazer temas atuais e relevantes para o setor: “Potencial da resinagem no Paraná”, com Mauro Faria Vieira, da ARESB; “Modelo silvipastoril para celulose e ‘carne baixo carbono’”, com Vanderley Porfírio da Silva, da Embrapa Florestas; “Case: sistemas silvipastoris do Grupo Mutum no MS, com Moacir Reis, do Grupo Mutum; “Panorama do mercado de crédito de carbono”, com Bruno Kanieski da Silva, da Mississippi State University; “Oferta e demanda de biomassa de madeira para energia: setor florestal no oeste do Paraná”, com João Bosco Gomes, da Embrapa Florestas; “práticas silviculturais e aptidão das terras”, com Giordano Corradi, do Projeto Bioeste; e “Adaptação das plantações florestais às mudanças climáticas – impactos no balanço de gases de efeito estufa”, com Eduardo Delgado Assad, da Embrapa Informática Agropecuária.  

Vale ressaltar, ainda, que, como o evento será on-line, a interação entre os palestrantes e os participantes acontecerá ao fim de cada bloco, para possibilitar a troca de experiências e também a solução de dúvidas. As inscrições custam R$ 300,00 para profissionais de empresas associadas à Apre; R$ 400,00 para profissionais associados a outras associações de base florestal; R$ 500,00 para profissionais de empresas não associadas; R$ 200,00 para professores e pesquisadores; e R$ 150,00 para estudantes.

Serviço

8º Workshop Apre/Embrapa

Data: 10 e 11 de agosto de 2021

Transmissão via web

Informações e inscrições: https://https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg.com.br/evento/8-workshop-embrapa-florestas-apre/

Dúvidas: https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg@https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg.com.br – (41) 9 9518 2339