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Ministro do Meio Ambiente conhece iniciativas sustentáveis da indústria do Paraná

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O presidente da APRE, Zaid Ahmad Nasser, e o diretor executivo da Associação, Ailson Loper, participaram, na noite desta segunda-feira, 23 de agosto, de um encontro promovido pelo Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) com o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. A visita faz parte de um processo de aproximação do ministério com o setor industrial, com o objetivo de conhecer as iniciativas das empresas na área de descarbonização e industrialização verde. Estiveram no evento industriais e executivos ligados à área ambiental de organizações paranaenses.

Segundo Joaquim Leite, uma das áreas em que o Ministério tem atuado é a da regulamentação do mercado de créditos de carbono, uma tendência global considerada essencial para a redução e equilíbrio das emissões de gases de efeito estufa. “O governo editou um decreto que criou a certidão de nascimento do mercado de carbono regulado brasileiro. Criamos um mercado que tem uma plataforma única de registro para garantir transparência e não dupla contagem”, explicou.

Para ele, o mercado do país tem alguns componentes inovadores. “O primeiro mercado regulado do mundo que tem o agro dentro é o mercado brasileiro, porque nós temos oportunidade de ser exportadores de créditos de diversas fontes, como energias renováveis, indústria de baixa emissão e agricultura, em diversas formas”, relatou, acrescentando, ainda, que o Brasil já assinou um acordo bilateral com o Japão para exportação de créditos de carbono, além de negociar com outros três países.

Aproveitando a fala do ministro sobre o mercado de carbono, o presidente da APRE lembrou que o setor florestal está alinhado com o tema e tem muito a contribuir, pela experiência adquirida ao longo dos anos. “No setor florestal, temos essa pegada de carbono, o que pode agregar muito ao país, já que diversas empresas têm desenvolvido técnicas e apostado em novas tecnologias para contribuir. Essa visão, alinhada ao governo, pode gerar bons frutos. Inclusive, o ministro Joaquim Leite reconheceu a experiência do nosso segmento florestal nesse sentido e reforçou que é um setor que tem muito a agregar na discussão”, destacou.

Além desse tema, Nasser também falou sobre o debate em torno da substituição de combustíveis fósseis por combustíveis renováveis, algo que é apontado como o caminho do futuro. Para ele, o encontro foi bastante produtivo para a APRE e para as empresas as quais ela representa, porque foi uma oportunidade de mostrar os diferenciais do setor florestal dentro dessas discussões ambientais mais recentes e também de conhecer a realidade de diferentes setores do Paraná.

“O ministro tem uma postura de diálogo aberto e transparente, e essa ligação com o setor privado possibilita que participemos das discussões práticas. Assim, acredito que teremos espaço para buscarmos implementar políticas que estimulem um ambiente mais comercial e economicamente aberto para o mercado como um todo. Inclusive, aproveitei a oportunidade de diálogo aberto para falar sobre o PL 1366, que trata da exclusão da silvicultura do rol de atividades potencialmente poluidoras. O ministro pontuou que está acompanhando de perto esse projeto e discutindo internamente as possibilidades”, citou.

Carlos Valter Martins Pedro, presidente do Sistema Fiep, também avaliou que o encontro com o ministro foi muito importante para o setor industrial paranaense. “Nós, da Fiep, temos a honra de receber o ministro com uma pauta tão importante e de tanto interesse de avanço para a indústria do Paraná”, disse, destacando principalmente a necessidade de políticas voltadas para a geração de energia limpa. “O ministro diz que é parceiro do setor privado e, se tem uma coisa que a indústria brasileira precisa, é uma questão de energia mais barata, mais disponível e, inclusive, zerando impostos sobre energias renováveis. Isso, para nós, é fundamental. No Paraná, temos características que são muito importantes para avanço nessa pauta, e o metano é uma delas”, concluiu.

Foto: Gelson Bampi