
Após anos de articulação técnica e política, o setor madeireiro paranaense celebra uma conquista inédita: a inclusão do sistema wood frame – tecnologia construtiva industrializada em madeira — entre as reconhecidas para financiamento pelo programa Minha Casa, Minha Vida, com recursos do FGTS e OGU.
A medida, comemorada pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e pelo Conselho Setorial da Indústria da Madeira, representa um avanço significativo para a industrialização da construção civil, impulsionando o uso de soluções sustentáveis, limpas e de alto desempenho em empreendimentos habitacionais no Brasil.
Esse avanço é considerado fundamental para o crescimento do setor madeireiro estadual. A decisão do Ministério das Cidades, publicada na última semana, atualiza as regras de desembolso de recursos do FGTS e do Orçamento Geral da União (OGU), viabilizando o financiamento de moradias sustentáveis construídas com tecnologias limpas e inovadoras. Entre elas, o wood frame se destaca por permitir obras mais rápidas, com menos desperdício, menor impacto ambiental e alta eficiência energética.
Essa conquista é resultado de anos de mobilização estratégica conduzida pelo Conselho Setorial da Indústria da Madeira da Fiep, que vem atuando de forma técnica e articulada junto com entidades do setor. A medida marca um novo capítulo para a construção civil brasileira, abrindo espaço para sistemas construtivos mais modernos e alinhados às metas ambientais nacionais.
“A aprovação do wood frame no Minha Casa, Minha Vida é uma vitória de todo o setor. Demonstra que é possível inovar com sustentabilidade e competitividade. O Paraná, com sua forte base florestal e industrial, sai na frente nessa transformação. Essa conquista amplia mercados, gera empregos e valoriza toda a cadeia produtiva da madeira”, destacou Roni Marini, coordenador do Conselho.
Com a nova regulamentação, empreendimentos habitacionais construídos em wood frame poderão ser financiados oficialmente por programas federais, impulsionando o setor madeireiro e posicionando o Paraná como referência em construções de baixo carbono.
Além de gerar novas oportunidades de negócio, a decisão estimula a modernização da construção civil brasileira, promovendo o uso de tecnologias com menor impacto ambiental, maior produtividade e melhor qualidade habitacional.
Essa é mais uma prova do papel estratégico da Fiep na defesa dos interesses da indústria paranaense, reforçando seu compromisso com a inovação, a sustentabilidade e o fortalecimento dos setores produtivos do estado.