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Setor madeireiro gera 12 mil vagas de trabalho na região de Telêmaco Borba

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A região de Telêmaco Borba abriga a maior área de cultivos florestais do Paraná. Os municípios abrangidos pela Cadeia da Madeira do Médio Rio Tibagi possui 313 empresas florestais, as quais empregam 12.724 pessoas. Os dados fazem parte do Estudo Setorial realizado pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), publicado recentemente. Entre essas empresas, a maioria (36%) atua no segmento de produção de florestas plantadas, e a maior parte dos trabalhadores (71%) estão no município de Telêmaco Borba. Contudo, é o município de Reserva que lidera o ranking do maior número de empresas do segmento, com 84 estabelecimentos.

A produção de madeira também é forte junto a esses municípios (Ortigueira, Reserva, Tibagi, Ibaiti, São Jerônimo da Serra, Sapopema, Figueira, Curiúva, Imbaú, Ivaí, Cândido de Abreu e Ventania). Em Telêmaco Borba, por exemplo, segundo dos dados do Valor Bruto de Produção (VBP), mais de 90% das riquezas geradas no campo foram originadas do setor madeireiro. Dos R$ 220 milhões movimentados por todo agronegócio em 2019, mais de R$ 200 milhões foram da silvicultura: R$ 179,4 milhões foram de madeira em tora para papel e celulose; R$ 14,4 milhões em madeira para lenha; R$ 5,8 milhões em mudas de pinus; R$ 3 milhões em tora para serraria, e mais R$ 1,9 milhão em mudas de eucalipto.

Além desses 12,7 mil colaboradores diretos, a quantidade de trabalhadores impactados de forma indireta é muito maior. “Se pensarmos no número de empregos indiretos, podemos dizer que aproximadamente 400 mil pessoas são beneficiadas pelo setor. Pela característica do segmento no Estado e pela localização geográfica, de terrenos mais íngremes e de acesso mais difícil, o uso de mão de obra ainda é muito grande, pois há a dificuldade de mecanização em algumas áreas”, avalia o engenheiro florestal e presidente da Apre, Álvaro Scheffer Junior, destacando que setor florestal traz o benefício ao Estado de diminuir o desemprego e, consequentemente, o êxodo rural.

Nessas áreas mais remotas, segundo Scheffer Junior, muitas vezes não há pavimentação, e o acesso a diversos serviços, como saúde e educação, é mais difícil, por isso, as empresas florestais mantêm inúmeros programas para oferecer qualidade de vida à população. Além disso, ele ressalta o cuidado e valorização com a natureza, preservando as florestas nativas destinadas à conservação “Os números mostram que, mais do que cumprir o que a legislação exige, as empresas associadas à Apre estão alinhadas com o que se espera de empresas éticas e comprometidas com a sociedade. Por isso, tenho convicção de falar que o setor florestal paranaense, dentro do agronegócio do Estado, é o que mais preserva o meio ambiente”, conclui.

Paraná é um dos líderes nacionais

Mesmo ocupando apenas 5% da área territorial do Paraná, as florestas plantadas fazem do Estado um dos líderes nacionais em cultivo, produção, industrialização e exportação, com a cadeia mais completa do país. São mais de seis mil empresas florestais, que representam 10% do total brasileiro, segundo o levantamento da (Apre). Em 2018, o Brasil apresentou mais de 600 mil empregos no segmento, um aumento de 0,5% em relação ao ano anterior, e o Paraná respondeu por 16,5% desse total, com 98.782 empregos diretos, número 2,9% maior do que em 2017. Já quando se fala em empregos indiretos e efeito-renda, o Estado chega a 400 mil empregos.

Foto: Divulgação Jornal da Manhã