O setor industrial madeireiro terminou 2021 com saldo positivo nos índices das exportações, mesmo com o ano ter sido marcado pela pandemia, por imprevisibilidades econômicas mundiais, aumento de custos de produção, e o preocupante caos logístico, especialmente durante o segundo semestre.
“Os resultados positivos foram alcançados porque a produção florestal e industrial de processamento de madeira não foi interrompida, o que permitiu o bom desempenho dos vários segmentos de madeira processada. Além disto, nossos empresários tiveram grande esforço e capacidade de negociação com os mercados compradores”, avalia Paulo Pupo, superintendente da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente)
Internacionalmente, os resultados alcançados pelo setor seguiram a tendência positiva de crescimento da demanda mundial por madeira em geral, evidenciada desde o início da pandemia, com o produto brasileiro atendendo os principais mercados, em especial, o norte-americano, o europeu e o asiático. No mercado interno, a indústria madeireira conseguiu, atender os principais segmentos consumidores como o da construção civil, de embalagens e de móveis.
O setor madeireiro também se manteve forte na geração de empregos e foi na contramão dos índices oficiais de desemprego no Brasil, que no terceiro trimestre de 2021 alcançaram, segundo o IBGE, 12,6% da população. Durante todo o período, o setor manteve sua posição de provedor de empregos e, consequentemente, renda para a população de forma pulverizada pelo país.
O resultados também foram alcançados graças a união do setor. “Durante todo o ano, acompanhamos a dedicação das empresas que participaram ativamente das reuniões dos Comitês de Produtos da Abimci, que foram essenciais para a troca de informações entre os empresários, que tiveram a oportunidade de readequar planejamentos e estratégias comerciais perante diferentes cenários”, destacou o superintendente da Abimci, Paulo Pupo.
As expectativas são positivas também nesse início de ano em relação a retomada do crescimento econômico mundial, dos investimentos em infraestrutura e retomada do consumo. Nossa expectativa também é positiva em relação a consolidação dos índices de construção de novas casas nos principais países importadores, em especial nos USA, dado esse que é tão importante e que oportuniza e baliza as exportações de vários de nossos produtos, assim como é esperada melhora no fluxo da logística marítima, avalia Paulo Pupo.
Foto: Abimci