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Setor madeireiro debate novas oportunidades em construções sustentáveis no Paraná

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Nesta terça-feira, a APRE participou de uma importante reunião promovida pela Associação brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci) e pelo Conselho Setorial da Indústria da Madeira da Fiep para debater novas oportunidades em construções sustentáveis no Paraná. Essa é uma das principais bandeiras defendidas pela APRE, e o encontro é um grande avanço para que essa discussão avance no estado.

Durante a reunião, os participantes aprofundaram o debate sobre as oportunidades do sistema construtivo sustentável de madeira em edificações e como o Paraná pode explorar este mercado. Na sequência, foram definidos quatro grupos de trabalho (pesquisa, desenvolvimento e inovação; política pública; mercado, promoção e divulgação; e qualificação de mão de obra). Ailson Loper participou do GT Mercado, promoção e divulgação, enquanto Álvaro Scheffer ficou no grupo sobre Política pública . Agora, três agendas de reuniões mensais acontecerão para que, até março, ações concretas já sejam apresentadas a todos os presentes.

Reunião

Na abertura, o coordenador Conselho Setorial da Indústria da Madeira, Roni Junior Marini reforçou o compromissos da reunião em fechar a agenda com ações concretas. “A Fiep é protagonista em inciativas inovadoras e sustentáveis no setor industrial. E falando em construção, não há como tratar do tema sem olhar os avanços das construções de madeira”. “Nosso objetivo hoje é difundir essa tecnologia. Por isso criamos aqui grupos de trabalho permanentes que vão atuar em frentes distintas, mas todas interligadas, para que possamos promover o uso da construção sustentável em madeira no Paraná e no Brasil”.

Juliano Vieira de Araújo, da Abimci, destacou que, embora o tema esteja avançando, a construção em madeira no Brasil está atrasada e há um longo caminho a ser percorrido. “No mundo todo esse é um grande negócio e aqui temos uma questão cultural envolvida. Precisamos desenvolver e melhorar a demanda e a oferta do produto ao mercado. Os métodos para trabalhar nós temos”, enfatizou. “Estamos falando de matéria-prima sustentável. De reutilização, redução de carbono, enfim. Este é um assunto vital para nosso setor e para o mundo e podemos evoluir com ações concretas aqui no Brasil”, resumiu.

O ex-presidente da CBIC, José Carlos Martins, também falou sobre a relevância dos projetos de construções sustentáveis em madeira no Brasil. “É importante avançarmos nos projetos dessa área porque inevitavelmente, no curto prazo, todos construirão com uso da madeira. Os países desenvolvidos já utilizam em larga escala o produto, seja por tecnologia, agilidade e conforto. Mas, principalmente, pela questão da sustentabilidade. Hoje reduzir as emissões e reaproveitar matéria-prima são necessidades urgentes”, enfatizou.

Superintendente da Abimci e diretor da Fiep, Paulo Roberto Pupo, apresentou um resumo das atividades já realizadas pelo conselho, mas reforçou que agora as ideias precisam ser tiradas do papel e evoluírem para ações concretas. “Precisamos de resultados práticos que avancem rápido. Já fizemos missões, visitas técnicas, recebemos feiras e conhecemos projetos que confirmam as tendências de qualidade e eficiência das construções sustentáveis em madeira”, disse. “Mas, boa vontade apenas não basta. É preciso ter estrutura técnica para avançar ainda mais. E a Abimci faz um trabalho importantíssimo neste sentido. É uma grande parceira do setor para que possamos crescer juntos”, concluiu.

Os secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, e do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge, sinalizaram que é interesse do Governo do Estado conhecer mais e difundir o uso da madeira na construção. “Importante este compartilhamento de informações para compreendermos os ativos que temos aqui, a matéria-prima disponível e o potencial desta cadeira produtiva. Se temos algo que agrega valor aos nossos produtos, gera emprego e renda, não podemos desperdiçar oportunidades. Agradeço o conhecimento adquirido aqui e vamos com certeza apoiar essas iniciativas”, disse Guto Silva.

“Vim aqui para aprender e fiquei impressionado com o grau de maturidade do setor. Poderemos ajudar em vários temas como a outorga verde de potencial construtivo, definir políticas públicas de gestão de resíduos em madeira, na desburocratização e regulamentação para a produção florestal e para fomentar concursos arquitetônicos de obras públicas”, resumiu Valdemar Bernardo Jorge.

Confira a galeria completa de fotos o evento aqui.

Fotos: Davi Bortolossi