Dos 500 municípios brasileiros que melhor internalizaram os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), 43 são do Paraná, quase 10% do total. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (08) pelo Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC), ferramenta do Instituto Cidades Sustentáveis.
As cidades estão classificadas por uma pontuação que mede o progresso total para o cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que varia de 0 a 100, e o limite máximo indica um desempenho excelente no cumprimento das metas. O Brasil foi o primeiro país do mundo a mapear o nível de engajamento das suas cidades nos ODS, que avaliam, entre outras coisas, educação, saúde, preservação do meio ambiente e combate à violência.
A cidade com maior destaque na implementação dos ODS foi São Jorge do Ivaí, no Noroeste do Estado, ocupando a 29ª posição no ranking, com 62,23 pontos. As ações mais efetivas foram realizadas nos quesitos Vida na Água, com pontuação máxima; Água Limpa e Saneamento (91,57); e Paz, Justiça e Instituições Eficazes (82,65).
Curitiba atingiu 60,12. A maior pontuação foi na realização de Ações Contra a Mudança Global do Clima (95,45); Água Limpa e Saneamento (92,66); além de Indústria, Inovação e Infraestrutura (90,53).
Maringá (60,21), no Noroeste, e Londrina (59,90), no Norte, obtiveram a maior pontuação no quesito Vida na Água com 92,6 e 87,33 respectivamente. Cascavel, (58,27), no Oeste, se destacou na Ação Contra a Mudança Global do Clima, com 89,42. Municípios menores como Serranópolis do Iguaçu e Vera Cruz do Oeste, ambos na região Oeste, estão no ranking com alta pontuação em áreas como Consumo e Produção Responsáveis, com 84,01 no primeiro e 95,81 no segundo, respectivamente.
Além dos exemplos citados acima, entre as 500 cidades mais sustentáveis do país, estão os municípios paranaenses de Dois Vizinhos (59,72), Quatro Barras (59,41), Pinhais (59,26), São José dos Pinhais (59,15); Pato Branco (59,03); Guaratuba (58,52), Joaquim Távora (58,11), Umuarama (58,11), Palmeira (58,01), Irati (57,96), Capanema (57,94), Carambeí (57,82), Realeza (57,82), Toledo (57,81), Francisco Beltrão (57,81), Ponta Grossa (57,52), Cornélio Procópio (57,46), Rio Negro (57,32), São João (57,21), Porto Amazonas (57,19), Unidão da Vitória (57,13), Carlópolis (56,88), Lapa (56,81), Rio Azul (56,69), Matelândia (56,54), Campo Mourão (56,49), Renascença (56,48), Cambará (56,43), Ribeirão Claro (56,42), Jandaia do Sul (56,41), Santa Terezinha de Itaipu (56,32), Guaraqueçaba (56,31), Foz do Iguaçu (56,30), Mandaguari (56,29), Cianorte (56,17) e Guarapuava (56,13).
ODS – Nos últimos anos, o Estado do Paraná passou a utilizar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável como guia para melhorar as áreas da saúde, educação e segurança, além de diminuir a desigualdade social entre diferentes partes do território. A Estratégia Paraná de Olho nos ODS, que tem como foco o planejamento, a execução e o monitoramento de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável.
O Governo também participa de um estudo com a OCDE, chamado de Abordagem Territorial, que avalia a implementação da Agenda 2030 em regiões específicas do mundo. O primeiro relatório mostra que o Paraná é exemplo mundial no desenvolvimento sustentável. Na parte ambiental, a pesquisa aponta que os pontos fortes do Paraná são a qualidade do ar, a preservação da água e a proteção costeira. Outros destaques em comparação a outros estados estão na educação, no mercado de trabalho e em indicadores econômicos, com uma performance que supera em mais de 70% a média brasileira.
Os ODS compõem a Agenda 2030 – uma agenda de desenvolvimento proposta pela ONU em 2015 para guiar boas práticas dos países para os próximos 15 anos. Ela integra 17 objetivos, entre eles a erradicação da pobreza, igualdade de gênero, energia renovável, educação de qualidade e crescimento econômico. A proposta é que sociedade, empresas e governo atuem juntos para cumprir os objetivos.
ESTUDO – O Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC-Br) avaliou os avanços e desafios de todas as 5.570 cidades do País. Ele é fruto de uma parceria entre o Instituto Cidades Sustentáveis, entidade que estimula a melhoria da qualidade de vida nas cidades brasileiras, e a SDSN (UN Sustainable Development Solution Network), iniciativa que nasceu dentro da própria ONU para mobilizar conhecimentos técnicos e científicos no apoio de soluções em escalas locais, nacionais e globais.
Confira o estudo completo aqui.
Foto: Lucilia Guimarães/SMCS