A pesquisadora da Embrapa Florestas Yeda Maria Malheiros de Oliveira irá receber o Prêmio ANDEF Inovação para Sustentabilidade na Agricultura, na Categoria Personalidade, edição 2019.
Criado com o objetivo de reconhecer profissionais de destaque na criação ou desenvolvimento de soluções inovadoras ou sustentáveis na agricultura, o Prêmio Andef contempla a cada edição três profissionais: uma na área da Inovação, outra na área da Sustentabilidade e ainda uma personalidade com destaque ou na Inovação ou na Sustentabilidade da Agricultura.
A cerimônia de entrega do Prêmio será durante o Fórum Internacional de Inovação para Sustentabilidade na Agricultura, que ocorrerá em Brasília, no Centro de Eventos Brasil 21, no dia 27 de junho, das 9h às 14h. A Embrapa terá ainda, mais um agraciado: o pesquisador da Semiárido, Gherman de Araújo, na Categoria Sustentabilidade.
Yeda de Oliveira possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1975), mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1980) e doutorado em Ciências Florestais – University of Oxford (2000). É pesquisadora da Embrapa Florestas desde 1978. Em 1995 assumiu a Chefia Geral da Unidade.
Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: monitoramento florestal (manejo e inventário), planejamento florestal, sensoriamento remoto, crescimento e produção, simulação de crescimento e produção e levantamentos aéreos. Atua também em articulação e cooperação nacional e internacional. É membro da Câmara Setorial de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. É vice-presidente do Comitê Organizador do XXV Congresso Mundial da IUFRO.
Trajetória profissional
Sua trajetória profissional foi construída com foco em liderar grupos de pesquisa no sentido de elucidar os benefícios dos plantios florestais para a sociedade e o meio-ambiente. Este enfoque foi uma quebra de paradigmas nos estudos que abordavam isoladamente ganhos econômicos das florestas plantadas ou ganhos ambientais somente oriundos de florestas nativas.
Os projetos executados pelo grupo coordenado pela pesquisadora sempre se pautaram em gerar informações sobre os impactos socioeconômicos (área plantada, renda e emprego, geração de divisas e bioeconomia e inovação); impactos ambientais (boas práticas, substituição do uso da terra, mudanças do clima, água, solos, segurança alimentar, biodiversidade e paisagem e serviços ambientais); e a relação das plantações florestais e a sociedade (certificação florestal e diálogos com a sociedade e participação em fóruns representativos). Os dados gerados pelos projetos serviram para subsidiar uma série de políticas públicas nos âmbitos municipais, estaduais e federais. Yeda sempre defendeu que as plantações florestais possuem valor além dos propósitos comerciais a que se destinam, tanto no âmbito econômico, quanto no âmbito ambiental.