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No Dia da Árvore, crianças aprendem mais sobre florestas

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No Dia da Árvore (21/09), a Embrapa Florestas, em parceria com a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), o Laboratório de Sustentabilidade e Benefícios das Florestas e o projeto Madeira Mágica, ambos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), recebeu cerca de 100 crianças e adolescentes para um Dia de Campo em suas instalações, na cidade de Colombo/PR.

O objetivo foi proporcionar às crianças o contato com alguns temas de pesquisas florestais desenvolvidas na empresa, como araucária; erva-mate; relação entre solos e florestas; serviços ambientais, polinização e florestas plantadas e produtos florestais. No período da manhã, estiveram presentes cerca de 80 crianças de 8 e 9 anos e professoras do Colégio Parque Monte Castelo, de Colombo, e, à tarde, 33 participantes, entre adolescentes de 11 a 18 anos e servidores e professores do Clube de Sustentabilidade do Colégio Militar de Curitiba. Os participantes, divididos em grupos, se revezaram entre os diversos assuntos apresentados.

Na estação sobre “Florestas Plantadas”, foram tratados os cultivos florestais e os gêneros mais plantados no Brasil, pinus e eucalipto, e o papel deles como matéria-prima de muitos produtos utilizados no dia a dia. Foram abordados diversos aspectos desses plantios e o papel da pesquisa científica para que esse tipo de produção seja cada vez mais sustentável. Um detalhe que chamou a atenção das crianças foi um disco de árvore de pínus, que permitia contar seus anéis de crescimento e, assim, saber a idade da árvore.

Na Estação “Produtos”, Apre e UFPR apresentaram vários objetos trazidos pelo Laboratório de Sustentabilidade e Benefícios da Floresta e dois painéis interativos do projeto “A Madeira Mágica”. Ailson Loper, diretor executivo da Apre, falou da presença da floresta e seus produtos no cotidiano das crianças e ressaltou a importância da escolha consciente. “Muitas vezes, temos escolhas de consumo sem saber de onde vêm os produtos. Não existe produção sustentável se não houver um consumidor sustentável. E receber crianças, adolescentes e professores é poder mostrar esses aspectos sustentáveis da produção florestal”, conta. Loper enfatizou também o interesse das crianças. “Elas são ávidas em receber esse tipo de informação, que, às vezes, parece muito básico, não só para elas, mas para a maioria das pessoas. A questão da roupa, que vem da árvore, foi bem explorada aqui em um dos grupos, por exemplo”, citou.

Na estação sobre “Solos”, foram mostradas as funções da floresta e das árvores para a vida. Instigadas pelos pesquisadores Marcos Rachwal e Josileia Zannatta, as crianças interagiram e opinaram sobre cada aspecto tratado. Nessa área, por meio de uma trincheira aberta no solo, era possível ver de perto as raízes das árvores e discutir assuntos como ciclagem de nutrientes, tipos de solos e a importância das raízes. “Fizemos uma analogia das árvores com as partes do corpo humano e também as funções da floresta em relação ao solo, ao ar, à água e à biodiversidade. Falamos dos produtos que a floresta produz, seja para conservação, contemplação ou produção. Falamos também da importância da serrapilheira e sua decomposição para o benefício do solo. Na trincheira com as raízes visíveis a todos, tratamos sobre suas densidades e funções e também sobre os solos, suas cores e o fato de isso estar relacionado ao acúmulo de matéria orgânica. E todas as crianças quiseram pegar um pouquinho do solo para avaliar também”, conta Zanatta.

Na estação sobre “Araucária e Erva-mate”, o analista Ives Goulart falou sobre essas espécies muito conhecidas na região Sul. “Busquei fazer uma associação dessas espécies aos joguinhos, como o Minecraft, muito conhecidos das crianças nessa idade. No jogo, entra-se na floresta para pegar alguns produtos que eles precisam e, da mesma forma, a Embrapa faz isso, entra na floresta natural, nativa, pega a erva-mate e a araucária e as trabalha para que possamos consumir produtos melhores, com sabor, precocidade etc. Assim, é mais fácil para eles entenderem o nosso trabalho. E, com certeza, eles vão para casa conversando sobre o que viram”, afirma Goulart.

Na estação sobre “Abelhas e serviços ambientais”, o pesquisador Guilherme Schühli falou sobre a importância da polinização para a agricultura e para a alimentação humana. “Polinização é um conceito que fica afastado da ideia de floresta, mas é ela que mantém o polinizador, que são as abelhas. Para a Embrapa Florestas, existe um interesse especial, porque se trabalha com as espécies tanto produtivas, como o eucalipto, que tem um mercado de sementes importante, como também na ideia de fomentar a produção, seja de soja, trigo, entre outros alimentos, a partir da manutenção da floresta”, explica.

Quem veio, aprovou

Vários professores consideraram a atividade produtiva e com temas afins ao currículo escolar. “Foi uma aula-passeio muito produtiva e de grande importância para o processo de aprendizagem dos alunos”, disse a prof. Andressa, do 3º ano do Ensino Fundamental.  “Vi como fantástica a iniciativa da Embrapa Florestas em abordar temas significativos e pertinentes ao nosso currículo. Parabéns, foi show!”, enalteceu o Prof. Izaías. “Hoje fomos contemplados com uma manhã maravilhosa. A visita nos oportunizou vivenciar conteúdos trabalhados em sala de aula, enriquecendo nossas aulas. Todo o trabalho e a pesquisa que a Embrapa Florestas realiza são de suma importância. Somos gratos por compartilharem seus conhecimentos conosco”, disse a Prof. Patricia.

Para os alunos, públicos-alvo da visita, a atividade valeu a pena. “Achei legal aprender sobre a natureza. O pessoal nos atendeu muito bem”, disse Nicoly, 9 anos. “Aprendi sobre o solo, abelhas, erva-mate e pinhão. Foi muito bacana”, afirmou Luiz, 8 anos. “Achei bem legal! Gostei da parte das abelhas que conheci. Muita coisa eu não sabia. Achei diferente como os profissionais trabalham com as árvores”, comentou Maria Eduarda, 8 anos, do 3° ano. “Gostei da parte dos eucaliptos, consegui compreender mais sobre o porquê de eles ficarem brancos. Foi legal e eu gostei de todos e tudo o que eles falaram”, disse David, 8 anos.

Durante o Dia de Campo, os estudantes foram acompanhados por Natália Vieira, Gerson Oaida, Edelberto Gebauer, Jairo Dantas e Marianne Bernardes, empregados da Embrapa Florestas; Ailson Loper, Ellen Cristina Alves de Melo, Gabriela Quinsler, Igor Martinello e Natalia Wistuba, da Apre; e Erika de Oliveira os Santos, Amalia Luiza Buss e Vitor Hoeflich, da UFPR. Para fechar, na hora do lanche, todos puderam experimentar um bolo feito com farinha de erva-mate.

Foto: Embrapa Florestas