Nos 7 milhões de anos de existência da raça humana, cerca de 99,99% do tempo de nossa evolução se desenvolveu em um ambiente natural. Atualmente estamos rodeados de avanços tecnológicos por toda parte e atingimos um estágio em nossa sociedade onde a maioria dos objetos que vemos foram fabricados por humanos, e, embora seja verdade que esta revolução tecnológica significou uma ampla lista de benefícios para a humanidade , por sua vez, foi uma barreira imposta entre nós e o mundo natural ao qual pertencemos.

Como é um trabalho sedentário e dependendo das condições sanitárias actuais, o teletrabalho torna-se mais frequente na nossa sociedade, o tempo médio que a pessoa passa no interior aumenta, o que torna o design e decoração do ambiente interior cada vez mais importante. É aqui que a madeira, material impresso pela natureza, desempenha um papel fundamental, pois se sabe empiricamente que pode gerar uma sensação de conforto no ser humano.

Segundo pesquisas (Zhao 1997), a madeira tem a capacidade de nos aproximar da natureza, pois a textura da madeira estimula a percepção visual do ser humano e pode dar a sensação de ritmo de movimento e vida, a sensação natural de harmonia e fluidez para as pessoas, e fazendo com que se sintam confortáveis ​​e relaxadas, que segundo estudos podem diminuir a pressão diastólica em até 30%. Por outro lado, o estímulo olfativo que a madeira causa nas pessoas pode melhorar a atividade nervosa parassimpática, diminuir a frequência cardíaca, aumentar a atividade do sistema imunológico e pode contribuir para a diminuição da pressão sistólica.

Além disso, vários estudos têm sido realizados para avaliar a influência de determinados materiais no homem através do toque (ex. Nyrud e Bringslimark 2010), em cujos resultados, é evidenciado que materiais como o alumínio e o plástico causam aumento da pressão sistólica e cardíaca taxa, enquanto a madeira não causa grandes alterações nestes parâmetros. Isso se deve, entre outras razões, à baixa condutividade térmica da madeira em comparação com outros materiais, o que torna um material mais “quente”.

Hoje, os cientistas confirmaram que essa sensação de relaxamento e natureza se deve a uma redução da reatividade ao estresse em nosso sistema nervoso simpático e aos efeitos visuais dos materiais de madeira sobre as atividades nervosas autônomas. Isso é benéfico psicológica e fisiologicamente para quem está em contato com a madeira e a natureza.

Foto: Elconfidencial