O crescimento do setor de biomassa florestal no Brasil tem impulsionado indústrias a crescerem. Nesse cenário, têm se destacado os pellets de madeira, combustíveis sólidos produzidos a partir de resíduos prensados de madeira proveniente de florestas renováveis e reconhecidos como uma importante fonte de energia. O material pode ser usado tanto para a geração de energia elétrica em plantas industriais bem como para aquecimento de ambientes residenciais e comerciais.
O Paraná tem se mostrado um estado estratégico para o setor de biomassa florestal, devido à grande disponibilidade de matéria-prima. A Vale do Tibagi, indústria de Telêmaco Borba que faz atividades de logística, serviços florestais e produção de pellets, está em uma localização privilegiada e tem acompanhado um crescimento do segmento nos últimos anos. Isso porque na região há indústrias madeireiras, que geram resíduos que podem ser a base para a fabricação dos pellets, como a serragem e maravalha.
Além da região, outro fator que fez com que a empresa crescesse foi a constante busca pela inovação e a parceria com o Instituto Senai de Tecnologia (IST) em Celulose e Papel, que possibilitou a abertura para o cenário de exportações. Miguel Eduardo Berguer de Almeida, supervisor da Vale do Tibagi, conta que a parceria começou há seis anos.
“Com os estudos do Senai, pudemos melhorar significativamente nossa qualidade, identificando os pontos de melhoria, garantindo nossa matéria-prima para a fabricação do pellet. Com isso, conseguimos manter um padrão de qualidade do produto, conquistando um importante espaço no mercado de exportações”, relata.
O Instituto Senai de Tecnologia (IST) em Celulose e Papel possui equipamentos para avaliação tanto da matéria-prima quanto dos produtos obtidos. A infraestrutura é importante para avaliar e alinhar as variáveis essenciais no pellet, como cinzas, poder calorífico, metais, etc. O conhecimento da equipe técnica sobre a fabricação do produto e o uso final foi essencial para direcionar as melhores rotas durante todo o processo.
Devido ao grande resultado da parceria com a Vale do Tibagi, a indústria possui um contrato efetivo com o Senai, que permite o acesso a toda a estrutura laboratorial e presença dos pesquisadores do IST no dia a dia da companhia, dando apoio para análises e melhorias dos equipamentos e processos.
“Apoiamos a empresa a encontrar a qualidade em seu produto, assim como a reduzir desperdícios no processo e utilizar o máximo de sua capacidade de produção. Nossa missão é apoiar empresas como a Vale do Tibagi a continuar em desenvolvimento, para que o setor de biomassa alcance todo o seu potencial de fornecimento de energia sustentável, nacionalmente e fora do país, com a grande possibilidade de exportação principalmente para a Europa”, acrescenta Elines Machado da Silva Mainardes, consultora de PDI do IST em Celulose e Papel.
Foto: Divulgação/Tecpar.