A prefeitura de Ponta Grossa pretende estimular o plantio de piuns em Ponta Grossa. A intenção surgiu após uma reunião com representantes da indústria Harima do Brasil, empresa com sede no Japão que possui uma unidade fabril em Ponta Grossa, às margens da PR-151, onde atua no setor químico. A intenção é contribuir para que a empresa obtenha mais matéria-prima na própria região, favorecendo a logística da empresa. O encontro ocorreu na sala de reuniões do gabinete da prefeita Elizabeth Schmidt, na prefeitura de Ponta Grossa, na última semana de outubro.
De acordo com o secretário municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, José Loureiro, desde que a empresa começou a produzir em Ponta Grossa, houve uma grande mudança quanto à disponibilização de matéria-prima, que ficou escassa na cidade e região. “Quando eles montaram a indústria, há cerca de 50 anos, tinha muito pinus, que é de onde sai a matéria prima, uma resina. Mas o que acontece que hoje há apenas dois fornecedores na região”, explicou Loureiro.
Diante da falta dessa matéria prima em Ponta Grossa e região, a empresa está comprando essa resina de produtores do Sul do Brasil. E as constantes altas do diesel está encarecendo o transporte, elevando os custos operacionais. “Eles estão pagando frete, e está ficando mais caro. Hoje essa matéria-prima está vindo do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina”, recordou o secretário.
Por esse motivo, diante da reunião, Loureiro informou que a prefeitura vai estudar uma forma de incentivar o plantio do pinus na cidade, inclusive discutindo possibilidades com o Instituto Água e Terra, do Governo do Estado. Até porque, informou o secretário, é mais recomendado o plantio de um tipo específico de pinus. “É preciso que seja uma espécie que dá mais resina. O pinus gosta de terrenos mais acidentados, que são lugares que os produtores geralmente não usam para a agricultura”, esclareceu Loureiro, destacando outras características que podem interessar aos produtores rurais. “Essa espécie, depois de plantada, leva sete anos para começar a dar resina. E o produtor pode ficar com a árvore por até 25 anos. É uma árvore que dá a resina em alguns meses no ano, e é preciso 200 árvores para dar uma tonelada da resina por ano”, conclui.
Diretor Presidente do governo de província esteve em reunião
Estiveram presentes na reunião, além de diretores da indústria, representantes do Governo da Província de Hyogo-Japão no Brasil, entre eles o presidente da Harima, Keiji Fukutsuka; o diretor executivo da indústria, Makoto Itaya; e o diretor presidente do Governo da Província de Hyogo-Japão no Brasil, Nobuyuki Nagata. Ao final do encontro, os representantes fizeram o convite para que representantes do executivo façam uma visita à planta fabril na cidade.
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