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Fórum da ONU para as florestas discute tecnologias para manejo florestal

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Nesta terça-feira, 27/04, a Embrapa participou de uma reunião paralela à 16ª Sessão do Fórum das Nações Unidas para as Florestas (UNFF16). Organizado pela Missão Australiana, o evento discutiu tecnologias para manejo florestal e contou com a participação de representantes das Missões do Canadá, Coréia do Sul e Brasil. A Embrapa faz parte da Missão Brasileira na UNFF16 com a participação da pesquisadora Yeda Malheiros de Oliveira, da Embrapa Florestas. Os participantes da Missão contribuem com a delegação brasileira prestando apoio técnico às discussões.

A abertura do evento foi feita pelo Embaixador Australiano na ONU, que abordou a motivação de reunir missões diplomáticas em torno de apresentações de tecnologia, promovendo uma melhor visão sobre possibilidades de cooperação. Em seguida, Peter Kondo, técnico da Secretaria do UNNF, mostrou a aderência da questão florestal e tecnologias associadas ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 12 – Consumo e Produção Sustentáveis.

Erich Schaitza, pesquisador e chefe-geral interino da Embrapa Florestas, representando a empresa, falou sobre a experiência brasileira no uso de tecnologias para promover o manejo florestal sustentável. Em sua participação, Schaitza abordou tanto florestas naturais quanto plantadas, mostrando ações de pesquisa que permitem seu manejo sustentável. O chefe-geral mostrou que há boas práticas de manejo florestal no Brasil, e que as florestas plantadas do país são sustentáveis e integradas à paisagem rural e agrícola.

Os participantes puderam conhecer trabalhos de pesquisa da Embrapa relacionados a manejo florestal sustentável, melhoramento genético, integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e nanotecnologia à base de celulose e lignina.

Um dos pontos abordados foi a convergência de florestas com outros sistemas agrícolas, especialmente por meio da tecnologia de ILPF, em que o Brasil tem se destacado. “Há uma grande probabilidade de alguém, em algum canto do mundo, consumir um ‘bife’ com carne carbono neutro do Brasil, pois o sistema vem ganhando espaço e as árvores compensam emissões da pecuária”, exemplificou o pesquisador.

O palestrante Daniel Mazerolle, do Canadá, mostrou como o país organiza as informações florestais, tendo o governo como gerenciador de camadas de informação para uso do país, dessa forma baixando custos de empresas e aumentando produtividade.

Byungki Ahn, Diretor do Serviço Florestal Sul Coreano, mostrou o trabalho do país no controle de incêndios florestais. Com um orçamento anual de U$ 200 milhões, os sul-coreanos mantêmmantém um monitoramento constante de risco de incêndios, com salas de situação, drones e helicópteros para controle de incêndios.

Emma Hatcher, australiana da APEC EGILAT, mostrou o uso de blockchain na área florestal. Assunto de várias áreas, ganha ainda maior importância para a rastreabilidade de produtos em tempos de pandemia.

O evento finalizou com perguntas aos palestrantes e com a apresentação do Embaixador Brasileiro na ONU, Ronaldo Costa Filho, falando do Brasil e do processo da UNFF.