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Formigas cortadeiras ameaçam setor florestal e APRE Florestas realiza curso para controle e prevenção

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Uma inimiga persistente desafia a produtividade e o equilíbrio das florestas plantadas no Brasil: a formiga cortadeira. Apesar de seu tamanho diminuto, essa praga representa um dos maiores riscos fitossanitários para o setor florestal, especialmente em cultivos de eucalipto e pinus, pilares da silvicultura brasileira.

As formigas cortadeiras, principalmente dos gêneros Atta (saúvas) e Acromyrmex (quenquéns), atuam de forma agressiva, cortando folhas, flores e brotos para alimentar seus fungos simbióticos, que são a base da alimentação da colônia.

Esse comportamento compromete o crescimento das mudas, provoca falhas nas plantações e pode exigir o replantio de áreas inteiras, gerando atrasos e custos adicionais para os produtores.

Prejuízos diretos e indiretos

Estima-se que o impacto econômico das formigas cortadeiras seja de milhões de reais ao ano em perdas diretas e indiretas, incluindo gastos com insumos e mão de obra para controle.

Dados técnicos apontam que as formigas podem dizimar até 30% de um novo plantio se não forem controladas adequadamente. Os prejuízos se acumulam em diferentes frentes: replantio, perda de produtividade, aumento no uso de defensivos, necessidade de mão de obra intensiva e atrasos no cronograma de colheita.
Elas estão entre as pragas mais difíceis de erradicar devido à sua grande capacidade de adaptação e à profundidade dos ninhos, que dificultam o controle total. Uma colônia de Atta pode abrigar até oito milhões de formigas e se estender por dezenas de metros abaixo da superfície.

Diante da ameaça constante, o conhecimento técnico torna-se uma ferramenta estratégica para o controle eficiente. É por isso que a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) promoveu, no dia 4 de julho, o Curso de Formigas Cortadeiras.

A capacitação foi conduzida pelo Dr. Wilson Reis Filho, especialista no tema, com programação que contemplou aspectos teóricos e práticos, com foco nos seguintes tópicos:
Biologia e comportamento das formigas cortadeiras;
Técnicas de identificação e caracterização de ninhos;
Monitoramento e controle integrado;
Métodos de aplicação e segurança no combate às colônias.

Com o avanço das pesquisas e a capacitação técnica de campo, espera-se reduzir os prejuízos provocados por essas pragas e fortalecer o manejo sustentável das florestas plantadas.