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Estudo mostra que pinhão contém prebióticos, compostos benéficos à saúde

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Estudo recente realizado pela Embrapa Florestas (PR) em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Universidade Federal da Paraíba (UFPB) registrou a presença de dois grupos de prebióticos no pinhão: o amido resistente e o FOS (fructooligossacarídeos). Ambas as substâncias têm capacidade de estimular probióticos, ou seja, microrganismos benéficos presentes em um ecossistema intestinal saudável.

“Os relatos da presença de compostos fenólicos, amido resistente e minerais como fósforo, potássio e magnésio, no pinhão, já eram de domínio da ciência. No entanto, a presença de frutooligossacarídeos (FOS) na semente de Araucária é um novo e importante achado”, explica a pesquisadora da Embrapa Catie Godoy, coordenadora do projeto PINALIM, que deu origem à investigação. Até o momento, segundo ela, esses compostos tinham sido observados em outras fontes vegetais, como o yacon, alcachofras, aspargos, chicória e outros. A cientista acredita que a descoberta pode aumentar o interesse em consumir pinhão com foco em uma dieta saudável.

O estudo foi publicado na revista Food and Nutrition Sciences com o título Evaluation of the potential of araucaria angustifolia seeds as source of oligosaccharides, resistant starch and growth of probiotic bacteria. De acordo com Godoy, os resultados são otimistas e devem ampliar as pesquisas com a semente da Araucária, uma árvore pré-histórica, que se encontra na lista de espécie ameaçadas, limitando-se atualmente às populações remanescentes da Floresta Ombrófila Mista.

Diferença entre prebiótico e probiótico

Probióticos são bactérias e leveduras benéficas à saúde que vivem naturalmente no intestino. Eles ajudam na digestão dos alimentos e também a proteger o organismo contra doenças. Os probióticos também são encontrados em alimentos fermentados que contêm bactérias saudáveis em sua composição, como por exemplo o iogurte, o Kefir, o chucrute e a kombucha. 

Já os prebióticos são um tipo de carboidrato rico em fibras não digeríveis, que servem de alimento para bactérias e leveduras que vivem no intestino. Ou seja, prebióticos são alimentos que o organismo não consegue digerir e que são fermentados pelas bactérias presentes na flora intestinal. Exemplos de alimentos prebióticos são aqueles ricos em fibras como os vegetais, os grãos integrais e as frutas. Em resumo, probiótico é a própria bactéria e prebiótico é o alimento dela. Tanto o prebiótico quanto o probiótico ajudam a manter ou recuperar a saúde da flora intestinal, além de melhorar a digestão.