O setor florestal, baseado em florestas plantadas vem ganhando reconhecimento pela sua importância e contribuição ao desenvolvimento econômico, social e ambiental do País. As plantações florestais têm promovido mudanças em economias regionais e locais, o que tem provocado o aumento das oportunidades de trabalho e o aquecimento da economia. O setor também investe em projetos sociais que beneficiam agricultores familiares e comunidades locais. Além disso, é considerado um setor essencial para a população, pois produz matéria prima para a fabricação de vários produtos de embalagem, higiene pessoal, limpeza e de saúde, a exemplo do papel higiênico, papel toalha, frauda descartável, desinfetante e máscaras de proteção, tão necessárias e demandadas.
A participação das empresas de base florestal vai além das questões socioeconômicas. Restaurar florestas ambientais é uma atividade presente. As empresas já promoveram a restauração de cerca de 5,6 milhões de hectares em Áreas de Preservação Permanente – APPs, Reserva Legal – RL e Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN (IBÁ, 2018). Em média, a cada 100 ha de florestas plantas 72 ha são restaurados/conservados. O setor, de modo geral, destina cerca de 42% da sua área total para fins de conservação ambiental.
No Estado do Espírito Santo os indicadores de restauração e conservação são semelhantes quando comparados com os de nível nacional. O Estudo denominado “Atlas da Mata Atlântica do Estado do Espírito Santo” publicado em 2018, mostra que as áreas ocupadas por florestas nativas em estágio médio/avançado de regeneração tiveram um aumento efetivo de 27.179,5 hectares, considerando dois períodos avaliados (2007/2008 e 2012/2015). Isso equivale, em média, a um incremento aproximado de 3.883 ha anualmente. Destaca-se que o desmatamento nesse Estado é praticamente zero.
Uma parcela do crescimento da cobertura florestal nativa protegida, observada naquele estudo, pode ser atribuída às ações das empresas de base florestal na conservação e restauração de florestas naturais. Nas principais regiões de atuação das empresas de base florestal, encontram-se as maiores florestas regeneradas e conservadas do Espírito Santo (CEDAGRO, 2014).
As áreas reflorestadas ambientalmente e preservadas pelas empresas de base florestal contribuem com o equilíbrio ecológico, servido também como fonte de sementes e propágulos vegetativos para a regeneração natural de florestas. No Espírito Santo, essa contribuição é significativa, onde aproximadamente 61% do território capixaba apresenta alto potencial de regeneração natural (CEDAGRO, 2014)
Além da restauração, podemos citar o papel das florestas plantadas pelas empresas para a proteção do solo e recarga hídrica. Independentemente de a floresta ser nativa ou exótica plantada, sendo essa última a base de matéria prima para as indústrias de celulose, serrarias, entre outras, florestas protegem o solo e recuperam áreas anteriormente consideradas degradadas. Estudos mostram que em 1992 existiam cerca de 600 mil ha de áreas agrícolas degradadas no estado do Espírito Santo. No ano de 2012 as áreas degradadas reduziram para 393 mil ha, em função, principalmente, da substituição parcial de pastagens degradadas por eucalipto.
Nesse tema, podemos dizer que solo protegido é sinônimo de infiltração de águas da chuva, que alimentem o lençol freático. Esses fatores contribuem para minimizar os efeitos de eventuais déficits hídricos, preservação da fertilidade do solo, redução das áreas degradadas, redução de assoreamentos e melhoria geral do regime hidrológico das bacias hidrográficas.
Florestas plantadas, conservação de florestas e restauração ambiental são vertentes igualmente trabalhadas pelas empresas de base florestal. Com essa atuação, tem-se ganhos ambientais, econômicos e sociais para toda a nação brasileira.