A pouco menos de um mês de o novo governo assumir, o futuro presidente Jair Bolsonaro encerrou a indicação dos ministros com a escolha do advogado Ricardo Salles para o Ministério do Meio Ambiente. A decisão estava sendo aguardada pelo setor de florestas plantadas, após o anúncio da deputada federal Tereza Cristina para o Ministério da Agricultura.
Na avaliação da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), as indicações condizem com as propostas apresentadas durante a campanha pelo agora eleito Bolsonaro. “O setor produtivo anseia por um período de segurança jurídica. Estamos otimistas com o lançamento recente do Plano Nacional de Desenvolvimento Florestas Plantadas, e certos de que, nas condições ideais, poderemos contribuir muito para o desenvolvimento do país”, afirma o presidente da Apre, Álvaro Scheffer Junior. O objetivo do Plano é aumentar em dois milhões de hectares a área de cultivos comerciais em dez anos.
Na esfera do Ministério da Agricultura, a Apre defende a criação de políticas públicas direcionadas à base florestal, que trazem resposta à demanda crescente por produtos de madeira aliada aos impactos socioambientais positivos das florestas plantadas, como: Política Agrícola para Florestas Plantadas; incentivos fiscais à exploração de florestas plantadas; Política Nacional de Biocombustíveis Florestais; e Plano Estadual de Conservação e Cultivo Florestal.
Para o presidente da Associação Sul Brasileira de Empresas Florestais (ASBR), Marcílio Caron, a futura ministra da Agricultura tem uma relação próxima com o segmento de florestas plantadas. Ele lembra, ainda, que Tereza Cristina foi secretária de Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de Mato Grosso do Sul e, nesta época, foram instalados grandes empreendimentos no Estado, como a Eldorado e a Fibria.
“Ela tem um grande conhecimento sobre as necessidades do setor e, sobretudo, sobre o agronegócio, já que é uma líder, é produtora agrícola, é agrônoma de formação. A indicação não poderia ter sido melhor para o segmento, porque acreditamos que por ela conhecer o nosso setor, há a possibilidade de estarmos no mesmo nível de outros setores dentro do Ministério da Agricultura. Por isso, as expectativas são as melhores, e acredito que o segmento de florestas plantadas nunca vai estar tão bem representado”, declara.
Caron também adiantou que a ASBR e a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) encaminharam para a futura ministra uma sugestão para que o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) saia do Ministério do Meio Ambiente e passe a fazer parte do Ministério da Agricultura, para que se torne uma autarquia independente e possa ter autonomia.
Por Interact Comunicação e Assessoria de Imprensa