Com tecnologias de produção sustentável, o Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, chamado de Plano ABC+, tem como meta reduzir a emissão de carbono equivalente em 1,1 bilhão de toneladas no setor agropecuário até 2030. As metas e tecnologias do Plano ABC+ 2020 – 2030 foram divulgadas na segunda quinzena de outubro pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
“A meta é expandir a área com tecnologias ABC para 72 milhões de hectares até 2030. Um incremento de 103% em relação à década anterior. Estabelecemos assim as bases para que, a longo prazo, a totalidade da área de produção agropecuária brasileira adote sistemas de produção sustentáveis e resilientes”, disse, na ocasião, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina.
Para a titular da pasta, trata-se de uma das mais ambiciosas políticas da agropecuária do mundo ao traçar metas ousadas para aprimorar a sustentabilidade da produção brasileira ao longo da próxima década e manter o agro na vanguarda dos esforços de enfrentamento da mudança do clima.
O plano
O Plano ABC+ é a segunda etapa do Plano ABC que foi realizado entre 2010 e 2020 e superou as expectativas mitigando cerca de 170 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente em uma área de 52 milhões de hectares, superada em 46,5% em relação à meta estabelecida. A nova versão incrementou as metas a serem atingidas para a mitigação de Gases de Efeito Estufa (GEE). Além de estimular a regularização ambiental e o cumprimento do Código Florestal, o documento promove o ordenamento territorial e a preservação da biodiversidade na propriedade, na região e nas bacias hidrográficas.
Foram incluídas novas tecnologias como bioinsumos, sistemas irrigados e a terminação intensiva de bovinos, que vão oferecer mais opções para o produtor aumentar sua resiliência, eficiência produtiva e ganhos econômicos, ambientais e sociais. Outra tecnologia proposta pelo ABC+ é a plantação de florestas numa expansão de 4 milhões de hectares para a recuperação de áreas ambientais e produção comercial de madeira, fibras, alimentos, bioenergia e produtos florestais não madeireiros tais como látex e resinas.
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