Diante de uma das maiores crises já presenciadas, o setor de árvores plantadas continua em crescimento. A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) divulgou que os investimentos seguem a todo vapor, com projeções de aportes de R$ 35,5 bilhões até 2023 destinados para florestas, novas fábricas, expansões, tecnologia e ciência.
Mesmo com investimento inferior feito no período entre 2016 e 2019, R$ 18 bilhões, a associação realizou levantamento do volume de árvores plantadas por dia para fins industriais, e o registro chegou à marca de 1 milhão de mudas. A indústria de base florestal fechou 2019 com US$ 10,3 bilhões de saldo na balança comercial.
Segundo maior produtor de celulose, em 2019, o Brasil possui mais de nove milhões de hectares de árvores plantadas, sendo responsável por 36% da produção de papel e celulose no país. Dos milhões de hectares no solo brasileiro, 7,4 milhões são certificados na modalidade manejo florestal. Em dados divulgados pela Ibá, essa quantidade de árvores plantadas, em sua maioria de eucalipto e pinus, absorve 1,88 bilhão de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera.
O plantio das árvores também é importante para evitar o desmatamento de habitats naturais, protegendo assim a biodiversidade. Além de serem fontes de energia renovável e contribuírem para a economia do Brasil, a celulose nacional chega às mãos de milhões de pessoas em forma de produtos como, livros, papéis higiênicos e embalagens. Das árvores cultivadas também são produzidos fraldas, desinfetantes, aromatizantes, colas, borracha sintética, etc.
“As florestas sustentáveis são de extrema importância não só para o futuro da indústria de papel e celulose, mas também, para todo o ecossistema”, afirma Guilherme Cunha Costa, diretor de Relações Institucionais da empresa Paper Excellence, que planta mais de seis milhões de mudas de árvores por ano e utiliza 100% da matéria-prima proveniente de florestas sustentáveis.
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