Nos dias 22, 23 e 24 de setembro, acontece a sétima edição do workshop organizado pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) e pela Embrapa Florestas. Pela primeira vez, o tradicional evento será transmitido pela internet, seguindo o protocolo de enfrentamento ao novo coronavírus para preservar a integridade física dos participantes. Nessa edição, o encontro vai discutir “Os cuidados com as florestas plantadas: proteção e sanidade”. As inscrições continuam abertas e custam R$ 450,00 para profissionais de empresas associadas à Apre; R$ 550,00 para profissionais de empresas associadas à Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR) e à Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor); e R$ 650,00 para profissionais de empresas não associadas.
A programação do evento foi dividida em quatro blocos: Questão das pragas em florestas plantadas; Efeitos da Matocompetição e a interação com as pragas na floresta; Monitoramento, estimativas e cenários de perdas não planejadas; e Como se organizar para proteção florestal – a experiência das empresas florestais. Como o evento será on-line, a interação entre os palestrantes e os participantes acontecerá ao fim de cada bloco, para possibilitar a troca de experiências e também a solução de dúvidas.
De acordo com os organizadores, o workshop Apre/Embrapa Florestas foi idealizado para tratar de um dos temas mais importantes no setor florestal, que é a sanidade das florestas plantadas. Por isso, as duas entidades convidaram referências no segmento de cuidados silviculturais com as florestas plantadas para discutir assunto.
Um dos palestrantes será Alexandre Coutinho Vianna Lima, engenheiro florestal, mestre em proteção de plantas e doutor em Ciências Florestais, que vai falar sobre “Tecnologias aplicadas no monitoramento e classificação de danos por pragas e doenças”. O especialista irá abordar questões relacionadas ao cenário de produtos fitossanitários registrados para controle de pragas em culturas florestais, técnicas utilizadas em monitoramento de agentes danosos, danos causados e medidas de manejo assertivo no manejo integrado de pragas. Lima, que também é diretor Florestal da MIP Florestal, vai mostrar aos produtores de florestas de eucalipto e pinus que “o monitoramento é a base de coleta de dados para tomar a melhor decisão e que as tecnologias estão cada vez mais presentes não só na agricultura, mas também no cultivo e manejo silvicultural”. Entre as novidades no mercado nessa área, ele destaca as técnicas de diagnóstico de danos por meio do monitoramento remoto, utilizando imagens de satélite e drones.
Para tratar da análise de riscos de pragas, importação de inimigos naturais e agrotóxicos no manejo de pragas florestais, o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento em Manejo Florestal da Bracell, José Eduardo Petrilli Mendes, irá discutir a necessidade de mudança do manejo integrado de pragas e das oportunidades que devem surgir nessa área. Segundo Mendes, hoje há uma maior disseminação das informações relacionadas aos riscos de introdução de novas pragas, as possibilidades e os entraves para a evolução no uso de inimigos naturais, além de novas regras para a classificação dos agrotóxicos nos âmbitos federal e de certificações florestais. Dessa forma, o objetivo da palestra “é informar sobre possíveis alterações do manejo integrado de pragas e engajar as pessoas para participarem ativamente dos processos de transformação do manejo integrado de pragas”.
Além de Lima e Mendes, outro palestrante que já adiantou o que irá abordar na palestra “Manejo Integrado de pragas – Integração de sistemas” foi Carlos Frederico Wilcken, diretor da Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp). De acordo com ele, a palestra vai focar no controle biológico, com apresentação de casos de pragas exóticas de eucalipto no Brasil e a abordagem do manejo integrado de pragas.
“Precisamos mostrar como está a situação das infestações de pragas em cada região e como estão controlando essas pragas, para promover o debate. Para isso, vamos atualizar as informações sobre o avanço das pragas florestais no Brasil e no mundo e os resultados recentes dos programas de controle biológico no Brasil. Hoje, há o risco de introdução de novas pragas, mas também existe a possibilidade de instalação de biofábricas de inimigos naturais e de bioinseticidas para o manejo das pragas florestais”, destaca.
Programação
Confira abaixo a programação completa, com os dias e horários de cada palestra:
Questão das pragas em florestas plantadas – 22 de setembro – 10h às 12h30
– Visão geral sobre pragas em florestas plantadas – Edson Tadeu Iede, especialista em Entomologia;
– Manejo Integrado de Pragas – Integração de sistemas – Carlos Wilcken/Unesp;
– Debate com palestrantes.
Efeitos da Matocompetição e a interação com as pragas na floresta – 22 de setembro – 14h às 17h30
– Resistência de plantas daninhas a herbicidas – Artur Arrobas Martins Barroso (UFPR);
– A influência do manejo de plantas daninhas no ataque de pragas na cultura de Pinus – Mariane Nickele (UFPR);
– Portfólio Futuragro – Francisco de Assis Solak;
– Análise de riscos de pragas, controles biológico e químico no MIP Florestais – Rafaela Freitas Pavani (Ibá);
– Debate com palestrantes.
Monitoramento, estimativas e cenários de perdas não planejadas – 23 de setembro – 14h às 17h
– Tecnologias aplicadas no monitoramento e classificação de danos por pragas e doenças – Alexandre Coutinho Vianna Lima (MIP Florestal);
– Precisão: o grande desafio no manejo de florestas plantadas – Julio Eduardo Arce (UFPR);
– Modelagem biológica e análises de impacto financeiro no suprimento de madeira – Cesar Junio Santana (Remsoft);
– Debate com palestrantes.
Como se organizar para proteção florestal: a experiência das empresas florestais – 24 de setembro – 14h às 17h30
– Monitorando o impacto sobre a produtividade – Eduardo Moré de Mattos (Geplant);
– Integração do sistema de monitoramento de pragas, doenças e de plantas daninhas – Mariane Bueno Camargo (Klabin);
– Mensuração dos danos e estratégias para redução de perdas – Áreas com Macaco prego – Dieter Liebsch (Arauka Ambiental);
– Aplicativo para o Manejo Integrado de Pragas (MIP) para formigas cortadeiras na região Sul do Brasil – Wilson Reis (Epagri e Embrapa Florestas)
– Debate com palestrantes
Serviço
7º Workshop Apre/Embrapa
Data: 22, 23 e 24 de setembro de 2020
Transmissão via web
Informações e inscrições: http://www.https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg.com.br/evento/7o-workshop-embrapa-florestas-apre/
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