O uso da tecnologia aliada na gestão dos riscos da produção agrícola será debatido pelos participantes do Agrohackathon 2019, entre os dias 11 e 13 de outubro, no Setor de Ciências Agrárias da UFPR, em Curitiba. No evento, estudantes de todo Brasil irão identificar problemas sobre o monitoramento da produção, seguro rural e Proagro, avaliação de riscos, e sinistros, desenvolvimento de produtos inovadores e integração de bancos de dados para a gestão da agricultura com a utilização de tecnologias como drones, equipamentos digitais, bancos de dados, aplicativos e plataformas digitais para o desenvolvimento de soluções que possam ser aplicadas na prática.
O Agrohackathon será realizado pelo Centro de Economia Aplicada, Cooperação e Inovação do Agronegócio da Universidade Federal do Paraná (CEA-UFPR), em parceria com o Campus Curitiba da Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR).
Para o diretor do Departamento de Gestão de Riscos da Secretaria de Política Agrícola, Pedro Loyola, que representará o Ministério da Agricultura, o Agrohackaton vai propiciar a interação das demandas das políticas do governo com as soluções da academia com pesquisas aplicadas. “Vamos contribuir também com a proposição de problemáticas reais do seguro e do Proagro para serem resolvidas durante o evento”, explica.
O professor Gilson Martins, coordenador do evento pelo CEA-UFPR, explica que o evento é importante para estimular a produção de soluções tecnológicas de acordo com as necessidades do mercado. “Trata-se de uma oportunidade para que os estudantes entendam às necessidade dos produtores, órgãos do governo e empresas privadas e utilizem seus conhecimentos para propor soluções tecnológicas práticas”, diz.
O evento deverá contribuir para a melhoria de programas como o seguro rural e Proagro, pois as tecnologias desenvolvidas poderão ajudar na redução de custos para o produtor e para a melhoria operacional dos programas do governo. O professor Roberto Cândido, da UTFPR, acrescenta que, por ser um evento multidisciplinar, o Agrohackaton é uma oportunidade única para fazer estudantes da tecnologia e das ciências agrárias trabalharem juntos.”
Para a vice-reitora da Universidade Federal do Paraná, a professora Graciela Inês Bolzón de Muñiz, a universidade deve sempre valorizar esse tipo de iniciativa. “É uma oportunidade de juntarmos a academia e os diferentes setores da sociedade e propormos soluções que gerem valor, unindo a criatividade, o conhecimento e as necessidades da economia”, diz.
O Sistema FAEP/SENAR e o Sistema Ocepar também apoiam a iniciativa, que deverá contar ainda com a participação de seguradoras e organizações do agronegócio.