Não basta ter um produto de boa qualidade e achar que, por si só, ele terá espaço no mercado. Ainda mais em ciclos inovadores ou em momentos nos quaiso objetivo é romper barreiras. O momento das construções com madeira é este: não basta colocar os produtos ou a ideia para vender. É necessário fazer com que eles efetivamente cheguem até o consumidor e que exista um entendimento sobre isto.
Neste sentido, o 5º Simpósio Madeira e Construção, promovido no dia 19 de setembro pela Associação Paranaense das Empresas de Base Florestal (Apre) em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), convidou duas especialistas nas áreas de marketing e empreendedorismo para dividir as suas experiências com os participantes.
A consultora de marketing Caroline Strobel proferiu a palestra “Como Comunicar Seu Negócio”, na qual enfatizou a importância de pensar sob o ponto de vista do público-alvo e como é possível tangibilizar o projeto para quem está interessado. Ela ainda salientou que a forma de se apresentar e de contar “quem sou eu” faz uma enorme diferença na hora de fechar o negócio, sempre com foco nas propostas claras e diferenciais bem estabelecidos.
“Para crescer seu negócio, é fundamental entender seu consumidor profundamente; seu mercado e seus concorrentes; e as melhores ferramentas de comunicação para você”, ressaltou. Por meio delas, é possível sair do conhecimento do possível cliente até a contratação, de acordo com Caroline, ainda mais em tempos de internet e redes sociais.
Marcela Milano, especialista em empreendedorismo e inovação digital, faz parte da equipe do projeto de apoio às startups do Sebrae Paraná. Ela levou um pouco deste “mundo de inovação” aos participantes do simpósio, mas fazendo uma relação com qualquer tipo de negócio.
Para isso, no lugar de repassar “dicas”, ela mostrou as principais falhas cometidas no processo de criação e maturação das startups, e que podem servir de lição. Entre elas estão “não ser atrativo para financiamentos e investidores”; “falha na expansão”; “perder o foco”; “ignorar os clientes”; “marketing pobre”; “produto sem um modelo de negócios”; “venda e custos incorretos”; “time errado”; “esbanjar dinheiro”; “produto sem necessidade no mercado”.
Uma das principais lições que ela deixou foi a seguinte: “errar rápido para errar barato”. “Não adianta insistir quando vê que aquilo não está dando certo. Isso vai consumir muito tempo e dinheiro”, comentou.
Evento
Promovido pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) e a Universidade Tecnológica do Paraná (UFPR), o Simpósio contou com o apoio institucional da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR), Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Conselho Regional de Arquitetura do Paraná (CREA-PR), Embrapa Florestas, Faculdade Estácio, Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná, Grupo Interdisciplinar de Estudos da Madeira da UFSC, Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), Universidade federal de Santa Catarina (UFSC), Unicentro e Unila.
Fonte: Joyce Carvalho para o Portal Madeira e Construção